Estou a fazer a revisão de um artigo para uma revista científica e tenho uma dúvida em relação ao uso da contracção de + um, dum. Consultei o Ciberdúvidas e, apesar de ter confirmado a aceitação da contracção referida, parece-me que a mesma deve ser evitada em linguagem formal. Não encontrei nada que sustente esta minha opinião, por isso, pergunto: é aceitável esta contracção na escrita académica formal? Eis alguns exemplos retirados do artigo:
«(...) numa fase pré-universitária, e num contexto de capitalismo hedonista, vêem e utilizam o seu tempo livre como evasão, predominando uma dimensão de diversão, em detrimento duma mais relacionada com a procura de informação.»
«Possibilitadoras duma infinita acessibilidade, as tecnologias fazem com que os seus utilizadores se transformem através do seu uso.»
«O facto de a construção de sentidos se realizar a partir duma linguagem múltipla, desde sons a gráficos visuais, significa que o navegante do ciberespaço tem de contar com uma série de conhecimentos (...).»
No enunciado de um problema matemático consta a frase: «Qual é a fração que subtraída de 1/5 é igual a 1/6?», qual é a interpretação correta?
1 – a fração incógnita menos 1/5 seria igual a 1/6 ou
2 – 1/5 menos a fração incógnita seria igual a 1/6?
No livro texto de Matemática da 7.ª série que minha filha cursa, a resposta correta é a baseada na segunda hipótese, mas achamos que a primeira é a correta. Se houver uma única forma realmente correta, gostaríamos muito de ter uma fundamentação gramática e técnica. Desde já agradecemos.
Normalmente, em acções de formação, o formador leva consigo um objecto, que coloca à vista de todos os formandos, nos quais suscita grande curiosidade, porque não parece ter qualquer ligação com o conteúdo programático da acção de formação. O formador dá-lhe o nome de «obstáculo epistemológico». Porquê este nome?
No dia 21/03/2010, na Rede Gazeta de Televisão, no programa Prazer em Conhecer, o entrevistado é promotor de justiça, com pós-graduação, doutorado e mestrado segundo ele. Foi feita a pergunta pelo entrevistador se alguma das perguntas havia lhe ofendido, ele respondeu: «Das perguntas que foram feitas, nenhuma das questões me ofendeu.» Gostaria de saber se o verbo ofender neste caso fica mesmo no singular ou no plural.
A outra questão é: na revista Veja número 12, edição 2157, de 24/03/2010, pág. amarela, o escritor escreveu a palavra "benfeito", não encontrei no meu dicionário Houaiss. Gostaria de saber se está mesmo correto, ou foi equívoco, ou se escreve bem feito (separado).
Desde já meus sinceros agradecimentos.
Gostaria de saber se, nas três frases seguintes, há alguma impropriedade gramatical:
«E, já no semestre seguinte, o insigne mestre não falava de outra coisa que não Os Lusíadas, monumental e imorredoura criação do gênio de Camões.»
«E, já no semestre seguinte, o insigne mestre não falava de outra coisa senão Os Lusíadas, monumental e imorredoura criação do gênio de Camões.»
«E, já no semestre seguinte, o insigne mestre não falava de outra coisa senão de Os Lusíadas, monumental e imorredoura criação do gênio de Camões.»
Obrigado.
O verbo mudar, na acepção de «trocar de alguma coisa» (por exemplo, de casa), é reflexivo? Ouve-se muitas vezes a expressão «Ele mudou-se de casa», mas segundo dá a entender o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses, de Winfried Busse, não se trata, neste caso, de um verbo reflexivo, mas sim de um verbo transitivo indirecto não pronominal. Isto significa que a estrutura correcta é «Ele mudou de casa». Confirmam esta minha conclusão?
Grato pela atenção pronta que sempre dispensaram às minhas questões.
Respondida que está a questão sobre o uso de maiúscula quando «o País» subentende «o nosso país» (i.e., Portugal), coloco uma "subquestão": e se for um estrangeiro a dizê-lo?
Explicando melhor: entrevistei um cidadão brasileiro que me diz que, «em Agosto, o país pára». Ele refere-se ao nosso país, não ao dele. Deve ser colocado em maiúscula? E no caso inverso: se ele fizer a mesma afirmação, mas sobre o seu próprio país? Tem maiúscula?
Obrigado.
Gostaria de saber se se deve dizer "cribriforme", ou "cribiforme", ou se ambas são válidas.
Obrigada.
Podemos utilizar a expressão «em pé de igualdade» mesmo em textos que devem ser mais formais e necessariamente mais cuidados?
Gostaria de saber por que se pronunciam algumas siglas que formam palavra com mais de uma sílaba cuja letra final é o U como paroxítona, enquanto outras são pronunciadas como oxítonas. Exemplo: ONU (paroxítona) e SAMU (oxítona).
De maneira semelhante, aparecem as siglas terminadas em I. Na sigla INPI (que aqui no Brasil pronunciamos como paroxítona), não sería correto lermos de maneira igual a "tupi", palavra oxítona que designa etnias pré-colombianas brasileiras?
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