A palavra manual é usada normalmente para pequenos livros que contêm instruções mecânicas ou técnicas. O termo sugere, portanto, o ensino e a aprendizagem de um procedimento, uma técnica ou certa capacidade (por exemplo, uma língua: «um manual de inglês»), encarados positivamente e fazendo parte das rotinas sociais. Mas as expressões muito curtas como «manual de corrupção» ou «manual sobre corrupção» são realmente ambíguas, porque associar manual à corrupção e à criminalidade organizada e económico-financeira, que constituem práticas e comportamentos criminosos, não sendo impossível, pode dar azo a leituras irónicas ou maliciosas. Assim, em relação aos livros de direito, deveremos usar outros termos que serão mais apropriados, como, por exemplo: «compilação ou colectânea de estudos jurídicos e legislação sobre corrupção, criminalidade organizada e económico-financeira».