Porque será que Rogério Alves (ex-bastonário da Ordem dos Advogados) costuma pronunciar "proce(é)ssual", e eu com [e] átono mudo (ver v. resposta 10 822 quanto à pronúncia das vogais em português)?
Pronunciará, por razão semelhante, "unive(é)rsal", ou será que, pelo contrário, sou eu revelando-me esdrúxulo, isto é, esquisito, exótico?
Venho pedir o favor de me ajudar a resolver duas dúvidas.
1. O sentido da palavra surriada, na seguinte frase: «Todos sonhámos alguma vez salvar alguém de morrer nas águas, e eu, após ter esbracejado o melhor que sabia, tinha nos braços um boneco de plástico com uma careta de troça e o mecanismo interior duma surriada.» (J. Saramago, Manual de Pintura e Caligrafia)
2. O que quer dizer homem de um trabalho, na seguinte frase: «Mas eu não quis dar a volta ao Mundo, nem esta caligrafia seria capaz de levar-me tão longe, só projectei (homem de um trabalho) dar ao meu trabalho uma razão para continuar a ser.» (idem)
Agradeço desde já a vossa atenção e ajuda.
Uma pequena dúvida: sempre pensei que a palavra hediondo se escrevia assim, com agá na frente. Recentemente, ao ler um comentário num certo portal virtual onde um auto-intitulado professor de Língua Portuguesa criticava erros dos colegas contribuintes, me deparo com: «Estamos fazendo um verdadeiro crime mais ediondo do que o assassinato da menina Isabela.»
Bem, embora a qualidade da frase fale por si mesma (crime não se faz, se comete), resolvi de qualquer jeito pesquisar a grafia "ediondo" no Google Brasil, na improvável possibilidade de essa variante existir. E, para minha surpresa, encontro várias referências a "ediondo" em mais de um portal de jurisprudência brasileiro.
Mas não em meus dicionários.
Portanto, é "ediondo" um neologismo aceitável, ou hediondo erro de português mesmo?
Grato.
O pai chega para a filha e diz: «Que bom que você está a salvo.»
Não seria: «Que bom que você está a salva»?
Desde já agradeço!
«Mesmo que a função ECON HOLD esteja seleccionada, para arrancar em modo ECON, o último modo de condução seleccionado terá de ter sido ECON.»
Isto soa-vos correcto? A expressão «terá de ter sido»?
Não me soa bem, mas acho que é o correcto. Opiniões. Obrigado.
Como se escreve:
«Os pontos não serão "cumulativos"», ou «os pontos não serão "acumulativos"»?
Obrigada.
Estou a fazer a revisão de um artigo para uma revista científica e tenho uma dúvida em relação ao uso da contracção de + um, dum. Consultei o Ciberdúvidas e, apesar de ter confirmado a aceitação da contracção referida, parece-me que a mesma deve ser evitada em linguagem formal. Não encontrei nada que sustente esta minha opinião, por isso, pergunto: é aceitável esta contracção na escrita académica formal? Eis alguns exemplos retirados do artigo:
«(...) numa fase pré-universitária, e num contexto de capitalismo hedonista, vêem e utilizam o seu tempo livre como evasão, predominando uma dimensão de diversão, em detrimento duma mais relacionada com a procura de informação.»
«Possibilitadoras duma infinita acessibilidade, as tecnologias fazem com que os seus utilizadores se transformem através do seu uso.»
«O facto de a construção de sentidos se realizar a partir duma linguagem múltipla, desde sons a gráficos visuais, significa que o navegante do ciberespaço tem de contar com uma série de conhecimentos (...).»
No enunciado de um problema matemático consta a frase: «Qual é a fração que subtraída de 1/5 é igual a 1/6?», qual é a interpretação correta?
1 – a fração incógnita menos 1/5 seria igual a 1/6 ou
2 – 1/5 menos a fração incógnita seria igual a 1/6?
No livro texto de Matemática da 7.ª série que minha filha cursa, a resposta correta é a baseada na segunda hipótese, mas achamos que a primeira é a correta. Se houver uma única forma realmente correta, gostaríamos muito de ter uma fundamentação gramática e técnica. Desde já agradecemos.
Normalmente, em acções de formação, o formador leva consigo um objecto, que coloca à vista de todos os formandos, nos quais suscita grande curiosidade, porque não parece ter qualquer ligação com o conteúdo programático da acção de formação. O formador dá-lhe o nome de «obstáculo epistemológico». Porquê este nome?
No dia 21/03/2010, na Rede Gazeta de Televisão, no programa Prazer em Conhecer, o entrevistado é promotor de justiça, com pós-graduação, doutorado e mestrado segundo ele. Foi feita a pergunta pelo entrevistador se alguma das perguntas havia lhe ofendido, ele respondeu: «Das perguntas que foram feitas, nenhuma das questões me ofendeu.» Gostaria de saber se o verbo ofender neste caso fica mesmo no singular ou no plural.
A outra questão é: na revista Veja número 12, edição 2157, de 24/03/2010, pág. amarela, o escritor escreveu a palavra "benfeito", não encontrei no meu dicionário Houaiss. Gostaria de saber se está mesmo correto, ou foi equívoco, ou se escreve bem feito (separado).
Desde já meus sinceros agradecimentos.
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