Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Maria Margarida Rolo de Matos Jornalista Coimbra, Portugal 2K

Contractura muscular e cãibra. Estes dois termos são sinónimos? A contractura é mais abrangente do que cãibra? Sempre pensei que a palavra contractura fosse um termo usado pelo senso comum e não um termo médico/científico. Já fiz algumas pesquisas e não fiquei esclarecida.

Obrigada.

Andreia Martins Marketing Lisboa, Portugal 5K

Pretendo compreender qual é a frase correta, ou saber se as preposições podem ser ambas utilizadas, nas seguintes frases:

«(...) origina uma atualização em X€ por cada novo posto.» ou «(...) origina uma atualização de X€ por cada novo posto.»?

Obrigada e continuação de bom trabalho!

Susana Gonçalves Marketing Lisboa, Portugal 3K

Qual seria a frase mais correta? E porquê?

«Mais uma vez lhe agradeço...», ou «Mais uma vez agradeço-lhe...»?

Obrigada.

Luís Lucas Várias Lisboa, Portugal 3K

Procurei informação sobre o tempo e modo seleccionados pela estrutura "não porque (...), mas porque" em algumas gramáticas, mas não encontrei informação sobre este caso específico. A minha dúvida prende-se principalmente sobre o modo seleccionado pela primeira parte da estrutura, que alguns manuais e sítios da Internet afirmam ter de ser o modo conjuntivo. Assim, seria possível dizer: Vou à praia, não porque me apeteça, mas porque me faz bem. Mas não seria correcto dizer: Vou à praia, não porque me apetece, mas porque me faz bem.

Agradeço antecipadamente a sua ajuda nesta questão.

 

[N. E. – Manteve-se a ortografia utilizada pelo consulente, a qual é anterior à atualmente em vigor.]

Lara Moutinho Tradutora Portugal 2K

Que género devemos utilizar para a palavra blockchain?

Celia Abreu Professora aposentada Mortágua, Portugal 12K

Por influência das telenovelas brasileiras, ouve-se cada vez mais, infelizmente, certas expressões, como «Ela chamou-o de burro». Antes de mais, sabemos que, neste exemplo, o verbo chamar não pede a regência da preposição de, nem está correto o uso do pronome pessoal forma do complemento direto o, devendo usar-se o pronome pessoal forma do complemento indireto lhe. Havendo, porém, necessidade de analisar uma frase deste tipo, em que o verbo chamar aqui seria transitivo direto e indireto, as minhas dúvidas são :

1. O pronome o, identificado como forma do CD, passa aqui a ter a função de CI?

2. Qual a classificação sintática de «de burra»?

Muito obrigada.

Manuel Mouro Estudante Lisboa, Portugal 2K

"Prelectivo" está correcto como adjectivação de prelecção? Se não, qual é o termo correcto?

Gastão Pinto Professor aposentado Lobão, Portugal 2K

Lobão é uma freguesia do concelho de Santa Maria da Feira. Como se designam os habitantes e/ou naturais de Lobão – "lobanenses" ou "lobonenses"?

Frederico Manuel Carvalhão Gil Investigador «freelancer» Lisboa, Portugal 10K

Na explicação sobre os apelidos portugueses [resposta n.º 33455], li a invocação de uma tradição portuguesa que não vi fundamentada em sitio algum que, argumenta o articulista, manda colocar primeiro o(s) apelido(s) maternos e depois os paterno(s), no final. De facto, lá pelos anos 30 do século passado, houve uma lei que, contrariando, precisamente algumas tradições lusas impunha essa regra. Mas foi lei de curta duração.

Quem se dedicar, mesmo como amador, à genealogia verifica que tradicionalmente a utilização de apelidos em Portugal foi sempre muito arbitrária. Há irmãos que possuem apelidos diferentes: uns ficam com o apelido da mãe, outros com o apelido do pai (não raro as filhas ficavam com o apelido da mãe e os filhos com o do pai, mas não era imperativo e as excepções são muitas, o que até faz supor que são regras nalgumas famílias). Não raro se veem apelidos que se "suspendem" por algumas gerações e que depois vêm a ser "recuperados", bem como se transmitirem por via feminina e depois se transmitem por via masculina.

Também é de referir, pelo menos nalgumas zonas da Beira Baixa, a concordância de género entre o apelido e a pessoa que o utiliza. Assim, por exemplo, Leitão-Leitoa, Silveiro-Silveira, Carrasco-Carrasca, Lourenço-Lourença, etc. Registo, para ilustrar, um caso de uma pessoa, do sexo masculino, natural de Caria, Belmonte, que é Silveira, nascido no final do séc. XVII, a filha casa-se numa localidade onde se faz essa concordância de género, sendo, pois, natural que a filha e a neta, sejam Silveira, mas o trisneto passa a ser Silveiro e aí nasce esse apelido Silveiro. Porém, esta concordância de género terá já caído em desuso no século XX.

Há tradições que não "traditam", perdem-se, vão progressivamente caindo em desuso, mas, algumas, ainda não morreram. E a lei vigente não a limita. Autoriza-a.

Susana Félix Designer Vila Nova de Gaia, Portugal 2K

Qual a frase mais correcta: «Sonhos? Devora-os a todos.» ou «Sonhos? Devora-os todos.»? Fico a aguardar o vosso esclarecimento.

Muito obrigada.