Em 12/12/2008, a RTP noticiava o seguinte: «Guilherme Silva, deputado do PSD e também vice-presidente da Assembleia da República, afirmou em entrevista à jornalista Maria Flor Pedroso, que a falta de deputados esta manhã no Parlamento, ausências que levaram ao cancelamento da reunião, se trata de uma situação inadmissível e inaceitável.»
Na generalidade, os dicionários da língua portuguesa dão os adjetivos «inadmissível» e «inaceitável» como termos sinónimos. No entanto, a expressão frequentemente ouvida, «inadmissível e inaceitável», parece fazer transparecer que os dois termos não apenas se reforçam, mas que também se completam, pois terão significados próximos, embora diferentes. Se for o caso, como explicar a sinonímia que os dicionários lhes atribuem? Não sendo, estará essa expressão incorreta?
A utilização do verbo acordar no sentido de «chegar a acordo» não carece de preposição? Ou seja, as frases «Os contratantes acordam colaborar na venda» e «As partes acordam que o ato é inválido» estão corretas?
Tenho ouvido e lido cada vez mais a expressão o porquê, que sempre achei estar errada, por se estar a pôr um artigo definido num advérbio interrogativo. No entanto, soube recentemente que se começa a defender o uso de porquê como substantivo, justificando o artigo. Isto é mesmo assim? É possível usar advérbios interrogativos como substantivos? Posso passar a dizer o onde ou o quando ou o como ou, claro, o porquê?
Muito grato pela atenção e muitos parabéns por esta plataforma e pelo excelente trabalho desenvolvido.
Aprendi na aula que o pois é conclusivo somente quando estiver após o verbo da segunda oração. Fazendo exercícios, entretanto, percebi que bastava o pois após o primeiro verbo para que fosse classificado como conclusivo. Qual é a regra exata?
Exemplos:
1) «Ela estudava muito, pois desejava ser aprovada.»
2) «Ela estudava muito, desejava, pois, ser aprovada.»
Desde já, muito obrigada!
A expressão «Ah, tá!» é uma locução interjetiva ou são duas interjeições separadas?
Obrigado mais uma vez.
Gostaria que me ajudassem com a análise da transitividade do verbo ser acompanhado de expressões do tipo de mim, dele em frases como as que se seguem: «Que seria desses meninos se lhes faltassem os pais?» — «Que será de mim se não...?»
Desde já, obrigado.
Existe pleonasmo vicioso na expressão «exaltação violenta»?
Obrigado.
Tenho uma dúvida na divisão e classificação da seguinte frase: «Caso não possa comparecer, agradecemos que nos comunique antecipadamente».
«Caso não possa comparecer» – oração subordinante – «agradecemos que nos comunique antecipadamente.»
Posso dizer que existe ainda uma oração subordinada substantiva completiva em «que nos comunique antecipadamente.»?
Muito obrigada pela ajuda.
Na frase «Quem manda sou eu.», partindo do princípio de que «quem manda» é o predicativo do sujeito, como é que devemos classificar esta oração?
Não tenho total certeza do significado do termo «descarga de consciência», mas entendo que significa ter a certeza de que estou de consciência tranquila. Por exemplo, penso que é como quando vamos para a rua e nos lembramos se deixámos a porta de casa bem fechada, e então voltamos atrás somente para ter a certeza de que, de facto, deixámos mesmo a porta fechada. Mesmo se antes de voltar atrás, temos a noção de que fechámos a porta. Resumindo, julgo que descarga de consciência é mesmo para estarmos seguros de que estamos mesmo de consciência tranquila. É como se fosse um comprovativo. É como um carimbo. Pergunto também se é descarga (com a) ou descargo (com o) de consciência.
Agradeço o vosso esclarecimento.
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