Na frase «Entre o Mato e a Roça é um nome que alude a um não lugar» não será mais correto ligar o não e o lugar com hífen?
A palavra «suprarreferido», segundo o Acordo Ortográfico, escreve-se com dois "r" a seguir à letra "a" ou só, unicamente, com um "r" – «suprareferido»?
Muito obrigado pela ajuda prestada.
No excerto «um país que, recentemente, em termos históricos, passou quatro décadas sob uma ditadura e que ainda exibe as suas cicatrizes», a palavra ainda contribui para a coesão interfrásica ou para a coesão temporal?
Na frase «Ele morreu em Lisboa», como se classifica o verbo e «em Lisboa»?
Obrigado.
Sou um estudante estrangeiro e ultimamente tenho estado a ler um livro de língua portuguesa e deparei-me com uma estrutura que me causa confusão: «Não a víamos, dela não aparecia um braço nem uma mão ao atirar as coisas.» A minha dúvida é por que razão se coloca dela no início da frase. Outra questão é se posso substituir «ao atirar as coisas» por «a atirar as coisas».
Espero que o Ciberdúvidas me possa ajudar.
Agradeço pela atenção.
Muito obrigada pelo magnífico trabalho que levam a cabo.
Gostaria de saber como se deve substituir o itálico e o negrito num texto escrito à mão.
Li algures que se pode substituir o itálico pelo uso de aspas, dado que o objetivo é o mesmo: destacar algo. Porém, tenho algum receio de que alguns textos fiquem com demasiadas aspas porque estas serão usadas para citar, para dar exemplos e ainda para indicar o sentido de algumas palavras. Por exemplo:
1) «São incompatíveis com operadores aspectuais como parar (de) ou acabar (de).»
2) «A situação descrita pela oração o João abriu a porta precede necessariamente a entrada da Maria.»
3) «Se for o tipo a ser avaliado, usa-se ser (cf. Bacalhau à Brás é muito bom).»
4) «Neste aspeto, ficar é praticamente sinónimo de permanecer.»
No caso de referências bibliográficas, vários estilos bibliográficos usam o negrito e o itálico. Como os deveríamos usar num texto escrito à mão?
Por último, gostaria de saber como deveria rasurar algumas partes de um documento (palavras ou frases), quando estiver a escrever à mão. Há normas?
Muito obrigada pelos esclarecimentos.
É igualmente correto dizer/escrever «parecido com» e «parecido a» («parecer-se com» e «parecer-se a»)? Não consigo encontrar uma resposta a esta dúvida nas gramáticas de português a que tive acesso.
Obrigada.
Gostaria de saber se o verbo «escarnecer» leva ou não a preposição «de». Os dicionários que consultei, apesar de unânimes em anotá-lo como sinônimo de «fazer escárnio (de)» ou «zombar (de)», não foram claros em relação ao uso da referida preposição. Se o contexto no qual pensei for de alguma ajuda, tinha em mente uma frase semelhante a «Quando tropecei, as pessoas, rindo-se, escarneceram de mim» (ou seria «escarneceram-me»?). Há, para este caso, uma forma preferível? Se ambas forem válidas, há alguma diferença de sentido?
Grato pela atenção.
Segundo Ferrarezi Junior (2008, p. 157)*, «Nenhuma língua utiliza duas palavras ou expressões para dizer a mesmíssima coisa. [...] Por menor que seja a mudança, ela sempre ocorre quando trocamos uma palavra ou expressão por outra.» Partindo desse pressuposto, comecei a pensar sobre a existência ou não de sinonímia perfeita entre as locuções conjuntivas. Nas sentenças a seguir, por exemplo, todas as conjunções passam uma ideia de tempo; porém, parece-me que existe uma gradação de tempestividade (quão rápida a ação irá ocorrer).
O contexto é o seguinte: ao ser questionado sobre a data em que o edital de um concurso seria publicado, o governador afirmou: [1] «Quando tivermos a data correta, divulgaremos nos meios de comunicação.» [2] «Logo que tivermos a data correta, divulgaremos nos meios de comunicação.» [3] «Tão logo tivermos a data correta, divulgaremos nos meios de comunicação.» [4] «Assim que tivermos a data correta, divulgaremos nos meios de comunicação.» Essa hipótese está correta? Existiria uma gradação entre essas conjunções e locuções conjuntivas (não necessariamente nessa ordem)?
* Ferrarezi Junior, C. Semântica para a Educação Básica. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
Uma dúvida, por gentileza: por que razão Luiza não leva acento e juíza leva o acento? É uma questão etimológica?
Obrigado.
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