Gostaria de saber se donzela pode ser usado como sinônimo de senhorita, que é uma mulher jovem solteira.
Sempre tomei donzela como «mulher frágil», mas recentemente li em José Lins do Rêgo o seguinte: «Depois do ensaio ficavam conversando na rua. O presidente ia levar as donzelas em casa.»
E pergunto do masculino donzel: pode ser usado como sinônimo de senhorito?
Sei que, para designar um homem solteiro, não existe este vocábulo, mas a questão fica em pé.
Qual das frases se encontra correta: «O Joaquim está lá na Alemanha» ou «O Joaquim está lá para a Alemanha»?
Já ouvi bastantes vezes a preposição para juntamente com o advérbio de lugar lá, mas nunca tive a certeza de estar certa gramaticalmente.
«A luta por causas nobres exultava-o.»
A frase está correta?
A expressão «resolver o quanto antes» está certa ou é dialecto lisboeta?
N.E. – O consulente adota a ortografia de 1945.
Na frase «Começou a ajudar a missa teria talvez uns doze anos», porque é que o infinitivo ter é usado no condicional?
Não era melhor se utilizássemos gerúndio?
«Começou a ajudar a missa, talvez, tendo uns doze anos», ou bem «Começou a ajudar a missa, quando teria talvez uns doze anos»?
Obrigado pela disponibilidade.
No poema "A morte de Tapir" de Olavo Bilac, vejo os seguinte versos:
Quanta vez do inimigo o embate rechaçando
Por si só, foi seu peito uma muralha erguida,
Em que vinha bater e quebrar-se vencida
De uma tribo contrária a onda medonha e bruta!
Dúvida: a expressão «quanta vez» significa o mesmo que «quantas vezes»? Nunca a vi ser usada no singular. É possível isso? Qual é a interpretação correta?
Obrigado.
Face ao nome de uma série da Netflix sobre xadrez agora em voga, e à divergência quanto à acentuação da palavra, venho solicitar a seguinte informação: deve usar-se o termo "gambito" ou "gâmbito"?
Em «O leitor toma conhecimento apenas do que o detetive vê e ouve», «do que o detetive vê e ouve» é complemento nominal de conhecimento. O pronome relativo que é objeto direto, porque toma o lugar de «aquilo».
Mas se eu fosse analisá-lo dentro do complemento, poderia ainda usar a classificação de "objeto direto", ou há outra mais precisa?
Enquanto recitava Os Lusíadas, dei-me conta de que em alguns versos a sexta e décima silabas poéticas nem sempre são mais fortes, há versos em que a quarta, a sétima ou oitava, e a décima é que são mais fortes.
Mas há versos d'Os Lusíadas em que parecem ter métrica irregular.
Eu aprendi sobre metro sozinho lendo gramáticas (minha escola passou longe de poesia e fonética), e quando leio poesia, faço a coisa mais de ouvido e lembrando alguns conselhos gerais das gramáticas. Ex: «De Áfrico e de Noto a força, mais se atreve» Canto I, verso 212 o No também é pronunciado com certa intensidade, mas ficaria estranho: 5.ª, 6.ª e 10.ª.
Há alguma recomendação para o estudo correto de métrica e recitação (principalmente d'Os Lusíadas)?
Gostaria de saber se todas as frases seguintes estão corretas e, caso não estejam, qual a razão para isso.
Gostaria também de saber que diferenças de significado existem entre as diferentes frases, caso existam.
Por fim, gostaria que, se possível, apresentassem as regras gerais que determinam o uso destes três tempos verbais.
Muitíssimo obrigada por este maravilhoso serviço!
(1) Foi pena que os teus irmãos não pudessem vir ontem à festa. Foi pena que os teus irmãos não tenham podido vir ontem à festa. Foi pena que os teus irmãos não tivessem podido vir ontem à festa.
(2) Era possível que elas viessem ao ginásio. Era possível que elas tivessem vindo ao ginásio. * Era possível que elas tenham vindo ao ginásio.
*(Não está correta, mas gostaria de perceber a razão. Está relacionada com o uso do imperfeito do indicativo no início? Existe alguma regra geral que determine a impossibilidade de usar o pretérito perfeito composto do conjuntivo quando se usa o imperfeito do indicativo?).
(3) Por maiores que fossem os problemas, ele não desistiu. Por maiores que tenham sido os problemas, ele não desistiu. Por maiores que tivessem sido os problemas, ele não desistiu.
(4) Esperava que o teu irmão trouxesse a Joaninha. Esperava que o teu irmão tivesse trazido a Joaninha.
(5) Ele queria que tu fosses ao escritório dele ontem à tarde. Ele queria que tu tivesses ido ao escritório dele ontem à tarde.
(6) Mesmo que eles o vissem, nunca teriam podido falar com ele. Mesmo que eles o tivessem visto, nunca teriam podido falar com ele. Mesmo que eles o tenham visto, nunca teriam podido falar com ele.
(7) Foi pena que a Joana não viesse a nossa casa ontem. Foi pena que a Joana não tivesse podido vir a nossa casa ontem. Foi pena que a Joana não tenha vindo a nossa casa ontem.
(8) Talvez ele não tenha podido ir à reunião. Talvez ele não pudesse ir à reunião. Talvez ele não tivesse podido ir à reunião.
(9) Oxalá o Pedro tenha chegado antes da Paula, ontem à noite. Oxalá o Pedro tivesse chegado antes da Paula, ontem à noite.
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