Gostaria de saber como classificar a oração iniciada por "sem que" na seguinte passagem de um texto de Hélia Correia:
« Este Sermão revela-se um prodígio, um alto jogo de prestidigitação. Alegoria bem engendrada, sim, porém há muitas alegorias igualmente capazes. Todas servem para que se diga o que se quer dizer sem que se arrisque frontalmente o leitor.»
Parece-me estar presente uma ideia de concessão / oposição...
Estamos perante uma oração subordinada adverbial concessiva ou a uma coordenada adversativa ?
A seguinte frase, apesar de ter ponto de interrogação, é um pedido.
«Podes dar-me um beijinho?»
Como tal, considero imperativa.
O que me dizem?
Obrigada!
Na estrutura oracional «Não entendo: a palavra comissária vem de comissão, não é?», a oração que segue os dois pontos desempenha a função sintática de aposto?
Referir-se à pessoa que nasce no Brasil como brasileiro ou brasileira me parece um equívoco. Na verdade, remete a um tratamento pejorativo e que foi nacionalmente incorporado.
O termo tem origem na forma que o antigo português tratava seu patrício ao retornar a Portugal, vindo do Brasil. Na língua portuguesa, as palavras com sufixo -eiro ou -eira designam atividade laboral. São os casos de pedreiro, costureira, marceneiro, torneiro, e por aí vai.
Consultando dicionários, encontrei como principais gentílicos, brasiliano e brasílico. Há outros. As pessoas de língua inglesa tentam nos ajudar nos chamando de Brasilian. Os de língua espanhola também. Nos chamam de brasileños.
Vendo alguns gentílicos nacionais, vejo que na Bahia há maleiro, que é pejorativo. No Piauí há piauizeiro, que também é pejorativo. Ambos com sufixo -eiro.
Acredito que está na hora de nos recompormos e mudarmos a forma com que nos chamamos.
Grato.
Tenho visto utilizarem o portanto no lugar da expressão «tanto é que». Por exemplo:
«O Brasil é um país desigual, tanto é que existem favelas ao lado de condomínios de luxo.»
Eu vejo falarem «O Brasil é um país desigual, portanto que existem favelas ao lado de condomínios de luxo [sic]».
Esta forma soa tão mal para mim.
Gostaria de saber se há algum fundamento nesta utilização e se há algum sinônimo para a expressão «tanto é que».
Nesta frase de uma crónica do escritor brasileiro Luís Fernando Veríssimo «O homem perguntou se o que o garoto estava fazendo era ornamentos para os torreões do castelo», não teria de haver concordância entre o predicativo do sujeito e o auxiliar ser?
Grata pela ajuda.
No artigo "Reduções de palavras que não são abreviaturas" de 26-11-2020, João Nogueira da Costa afirma o seguinte :
«O adjetivo belo tem a forma reduzida bel que se usa unicamente com o vocábulo prazer: «fazer algo a seu bel-prazer.»
A minha pergunta é : por que é a palavra belver (ou "bel-ver"?) não é considerada uma forma reduzida como bel-prazer? .
Muito obrigada pela atenção
Qual é o tempo verbal mais adequado – presente do conjuntivo ou futuro do conjuntivo – às seguintes frases?
Caso seja possível usar ambos os tempos verbais, existe alguma diferença de significado entre as frases resultantes?
Quais as regras gerais de aplicação de um ou outro tempo verbal nas orações relativas?
Podemos discutir outras propostas que considerem melhores. Podemos discutir outras propostas que considerarem melhores
Podes escolher a casa que quiseres. Podes escolher a casa que queiras
Podes escolher uma casa que quiseres. Podes escolher uma casa que queiras
Aquele que quiser, pode vir comigo. Aquele que queira, pode vir comigo
Podes fazer o que queiras. Podes fazer o que quiseres
Fique onde eu lhe diga. Fique onde eu lhe disser.
Na frase, a expressão «a exemplo de» está usada corretamente?
«Espaço dedicado a informações da sua escola, a exemplo de mensagem do(a) diretor(a), proposta pedagógica, história, hinos, fotos.»
Estava ouvindo a música Tempo Ruim de Mandi e Sorocaba, cantores paulistas da segunda década do século XX.Eis um trecho:
Eu pegava em dez mirréis
E surtia a minha casa
Pagava tudo vendeiro
Em nada eu atrasava
Quando era fim da sumana
Mantimento sobejava.
Vejam que semana está pronunciado como "sumana". Queria saber se é algo específico do Brasil ou se encontra – ou, no caso, já se encontrou –algo semelhante em Portugal.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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