Agradece-se ao consulente a partilha da sua opinião, a qual parece ter pouco que acrescentar.
Se os Brasileiros não gostam do gentílico que herdaram e que é o usado mesmo oficialmente, a mudança poderá ser feita pela intensificação do emprego das formas alternativas mencionadas.
Note-se, porém, que no caso de brasileiro, o sufixo -eiro não é atualmente considerado depreciativo, nem tem de o ser, porque – e o próprio consulente assinala o facto – também ocorre em nomes relativos a funções ou atividades como madeireiro, mineiro, merceeiro, carteiro, enfermeiro ou banqueiro.
Além disso, brasileiro está amparado por outros gentílicos usados no Brasil como campineiro, «natural de Campinas», ou mineiro, «natural de Minas Gerais» (cf. Dicionário Houaiss).
Por outras palavras, a forma -eiro tem, em português, muitos sentidos (é polissémico), e a ela associam-se diferentes valorizações, razão por que poderá afigurar-se empobrecedor julgar a forma brasileiro apenas por uma das interpretações atribuíveis ao seu sufixo.