Em geral, as frases apresentadas são aceitáveis, embora alguns contextos de uso possam levar a considerar uma das opções preferível.
O conjunto de frases apresentadas enquadra-se no uso dos tempos do conjuntivo em orações subordinadas adjetivas relativas. Neste contexto, refira-se, de uma forma geral, que o conjuntivo só é utilizado com orações relativas restritivas, sendo o seu uso agramatical com orações relativas explicativas. Excetuam-se as orações que incluam expressões como talvez ou oxalá.
O uso do conjuntivo em orações relativas indica tendencialmente a apresentação de uma situação que não é dada como verdadeira, sendo, portanto, descrita como uma possibilidade.
Em muitas situações, os falantes usam de forma indistinta o presente do conjuntivo e o futuro do conjuntivo em oração subordinadas relativas1. Não obstante, de forma mais fina, poderemos afirmar que ambos os tempos localizam a situação num tempo posterior ao da enunciação. Todavia, o futuro do conjuntivo tem a capacidade de assinalar a situação como mais concreta e menos vaga, ao contrário do presente do conjuntivo, que aponta para uma interpretação mais vaga e universal.
Por esta razão, parece preferível a opção pelo futuro do conjuntivo da frase (1), se o falante tiver em mente uma situação mais específica e concreta.
(1) «Podes escolher a casa que quiseres.»
Já na frase (2), será preferível o recurso ao presente do conjuntivo uma vez que se refere uma situação mais vaga e genérica:
(2) «Podes escolher uma casa que queiras.»
Não obstante, diversos contextos poderão motivar o recurso a outro tempo verbal nas frases (1) e (2).
Também porque o futuro do conjuntivo assinala uma situação mais concreta, parece ser também preferível o seu uso em (3):
(3) «Fique onde eu lhe disser.»
Disponha sempre!
1. A propósito desta questão, veja-se também esta resposta.