A forma "sumana" (ou "somana") encontra-se em falares populares e regionais de Portugal e também na Galiza.
É resultado da instabilidade das vogais átonas, típico da história do sistema dialetal galego-português, como observa o filólogo galego Manuel Ferreiro1:
«En contacto con consoante labial, a vogal átona [e] sofre unha forte tendencia á labialización, isto é, a sua conversión en [o], na lingua oral popular [...].»
O mesmo autor dá vários exemplos, além de somana: formento (fermento), lovar (levar), romédio (remédio). Estas variantes também se encontram ou encontravam dialetalmente em Portugal, segundo a Revista Lusitana (1887-1943). No dicionário de Caldas Aulete (1881) também se consigna somana como vocábulo arcaico e popular (cf. versão eletrónica). Em fontes mais recentes, refira-se o Dicionário Houaiss, que acolhe a entrada somana, classificada também como arcaísmo de uso informal, sinónimo de semana; e o mesmo ocorre no Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado.
Na língua mirandesa, sumana é igualmente a forma usada (cf. "Dicionairo" – Dicionário da Língua Mirandesa, no Portal de Miranda do Douro).
1 Ver Manuel Ferreiro, Gramática histórica galega: I. Fonérica e Morfosintaxe, Santiago de Compostela, Edicións Laiovento, 1996, pp. 48/49.