Sou tradutor profissional e gosto muito do vosso trabalho, considerando-o extremamente útil e importante, especialmente para os tradutores profissionais. A minha pergunta é:
Qual das duas frases nos exemplos abaixo é correta? (refiro-me à preposição "de" ou "em" que precede a palavra "vídeo")
– Isilda Gomes dirige-se aos portimonenses em mensagem de vídeo;
– Não foi a única iniciativa do Papa, que também enviou uma mensagem em vídeo aos participantes.
As minhas tentativas de encontrar uma resposta convincente na Internet não deram resultado.
Desde já agradeço a atenção dada à minha pergunta.
Toda a vida usei e ouvi as palavras "besnico" e "cutomiço" para indicar uma criança muito pequena. Mas não as encontro em nenhum dicionário.
Agradecia os vossos comentários.
Obrigada
Habitualmente, considera-se rima rica aquela na qual as palavras rimadas pertencem a categorias gramaticais diferentes.
Ocorreu-me uma dúvida no que diz respeito às locuções. Por exemplo: um substantivo e uma locução adverbial terminada por substantivo seriam, para efeito de classificar uma rima, consideradas categorias gramaticais diferentes?
Em outras palavras, a rima de um substantivo com uma locução adverbial terminada por um substantivo é considerada rima pobre ou rima rica?
Por exemplo: a rima de colheita (substantivo) com «à direita» (locução adverbial) é considerada rima pobre ou rima rica?
Na frase «Ficámos ambos contentes», qual é o sujeito e o predicado?
Considera-se sujeito nulo ou a palavra ambos desempenha a função de sujeito?
Obrigada.
A propósito do misterioso objecto que tem, nos últimos dias, aparecido e desaparecido nos EUA reparei na grafia monólito, que me era até aqui desconhecida, uma vez que sempre disse/escrevi "monolito" — sem a tónica na segunda sílaba e sem acento agudo.
Pergunto se esta norma será recente já que trabalhos académicos que encontrei, em português europeu, usam da grafia "monolito". E, pela mesma lógica, escrevemos "monografia" e não "monógrafia" ou, se quisermos, "monocelha" e não "monócelha". "Megafone", e não "megáfone", etc etc.
Uma pedra/pedra única, mono + lito, "monolito".
O que me está a escapar?
O consulente adota a ortografia de 1945.
Por que razão catarse se pronuncia "catarZe" e não "catarSe"?
No conto a “A Lua” de Jacob e Wilhelm Grimm, encontramos «Velhos e novos alegraram-se quando a nova lanterna começou a estender a sua luz…».
Existe uma metáfora na expressão «a nova lanterna»?
Costumo aplicar o termo «grandes (ou pequenas) dimensões», no plural, para coisas mensuráveis em termos espaciais, já que a largura, altura, etc. corresponderiam, cada uma, a uma dimensão; e, por outro lado, «grande (ou pequena) dimensão», para coisas que não se medem dessa forma.
Por exemplo: «um móvel de grandes dimensões», mas «um ataque aéreo de grande dimensão».
Recentemente, tenho-me deparado com um uso diverso, nomeadamente um caso em que se falava em «contentores de lixo de grande dimensão».
Isto é correcto ou fazia sentido a distinção que tenho vindo a aplicar?
O consulente adota a ortografia de 1945.
Junto breve citação extraída do romance Terras do Demo, pp. 180-181, em que consta putreia:
«Ia para quatro meses que não sabia dela… é verdade. Por modos já não havia escrivães no povo! Terra de maldição! Os que aprenderam a rabiscar o nome navegavam, e o padre — esse sujaria as mãos se lhe pedissem duas regrinhas de graça. Ah! Deus tivesse na santa glória o tio Manuel Abade que não precisava que o rogassem duas vezes para escrever a um vagamundo. A malta do Rio, pelo que lhe dissera o Jaime Gaudêncio, ficava toda boa. Boa, mas o Rio já não era o Rio. O italiano e o espanhol tinham derrancado o trabalho. Depois, passagens caras e más. Viera no Malange, um mazombo de paquete que andava à tona como tubarão escaldado como abóbora. À passagem da linha, estivera a deitar a cama das tripas com o afocinhar do calhambeque. Perdesse o nome que tinha se aceitava mais algum dia viajar no francês! Uma putreia, comida para negros, beliches para condenados do Inferno. Boa Mala Real, mas para melhor o alemão. O alemão, batia a tudo o que andava no mar.» Terras do Demo, pp. 180-181
Contudo em Quando os Lobos Uivam e Casa do Escorpião já se lê como potreia.
Já agora, esta pequena dúvida: «comida para negros». Pretos é regionalismo para porcos. Será que Aquilino Ribeiro se referia a comida para porcos?
Aguardo o vosso comentário, sempre muito apreciado.
Em «Olegário só podia votar contra», é correto terminar a frase com a preposição? Aliás, fora este caso, há exceções para terminar frase com preposição?
Obrigado.
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