Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Gonçalo Elias Engenheiro electrotécnico Loures, Portugal 48K

Gostaria de saber se os nomes de espécies animais (nomeadamente de aves selvagens) devem ser escritos com maiúscula ou não. Já troquei opiniões sobre este assunto com inúmeras pessoas que se interessam pelo tema e tenho encontrado defensores das seguintes três hipóteses:

1 – O nome da espécie deve ser escrito com maiúscula em todas as circunstâncias (por ex.: "A Cegonha-branca é uma espécie comum em Portugal" e "Hoje vi um bando de 50 Cegonhas-brancas no Alentejo").
2 – O nome da espécie deve ser escrito com maiúscula quando a afirmação se refere à espécie em si mas não quando se refere a um conjunto de indivíduos dessa espécie (por ex.: «A Cegonha-branca é uma espécie comum em Portugal», mas «Hoje vi um bando de 50 cegonhas-brancas no Alentejo»).
3 – Escrever com minúscula em todas as circunstâncias (por ex.: «A cegonha-branca é uma espécie comum em Portugal» e «Hoje vi um bando de 50 cegonhas-brancas no Alentejo»).

Qual destas abordagens vos parece mais correcta?

Grato pela atenção.

Jaime Martins Brasil 6K

Esta expressão: "É uma marca criada pela ABRADE que visa estimular a produção do pensamento..." teve os seguintes comentários oriundos de um grupo de discussão brasileiro:

"Só não gostei, meu caro Tiecher, do 'visa estimular' em vez de 'visa à estimulação'. Parei aí e não li mais. Coisas escritas com erro de regência verbal não merecem leitura." [Imbassahy]

"Hoje em dia, vários escritores se utilizam do verbo visar na forma transitiva. Ele, no entanto, no caso citado, é relativo e não transitivo e, pela norma culta, pediria a preposição." [Zeca Magalhães]

Pesquisando na "Internet", com o motor de busca "Google", a expressão "visa estimular" tem-se acesso a 3460 referências ou ocorrências em páginas "Web". No caso da expressão "visa à estimulação" [Brasil] ou "visa a estimulação" [Portugal] tem-se acesso globalmente a 18 referências. Isto permite concluir que a expressão "visa estimular" é mais usada.

Gostaria, no entanto, de ser devidamente esclarecido sobre este assunto.

Maria Luísa Martins Vilaça Mesquita Portugal 7K

Sou licenciada em Português/Francês e julgo ter uma boa noção do funcionamento da língua e muita intuição em palavras menos usadas. Tal como acontece com o polémico plural de euro/euros, porque ao entrar no uso do português se tornou um substantivo, parece-me que o galicismo décibel seguiria a mesma regra e faria o plural como "papel" (decibéis). Acontece que, numa acção de formação em que o decibel era tema de estudo para cálculo do prejuízo que o ruído provoca no ouvido humano nos locais de trabalho, fui chamada a atenção pela formadora, em frente de toda a assembleia de formandos para o facto de que "decibel" não tem plural. Insistiu a formadora que se diz «um decibel, dois decibel». Discordei calada por não querer ser igualmente mal educada, mas dada a convicção da formadora, será que estou enganada? A formação continua na próxima semana, pelo que agradeço resposta o mais rapidamente possível.
Muito obrigada.

Ana Lúcia Rodrigues Portugal 3K

Ádax, nome de um animal em extinção, tem o plural com -ces? Ou mantém-se igual ao singular: ádax?

Maria Angélica Carneiro Tradutora Portugal 5K

Estaria agradecida se pudessem dizer-me como se diz em Portugal a palavra "flotador" (em espanhol), que significa aquela bóia para que as crianças brinquem na água.

É para uma tradução.

Desde já, muito agradecida.

Carlos Gama informático Portugal 3K

Sou informático e lembro-me de durante os meus tempos de faculdade me ter deparado com algumas traduções de artigos e livros em Inglês para português do Brasil (muitas vezes em editoras brasileiras de "renome") onde se abusava de termos como "escopo" onde na versão em inglês se refere a "scope". Tanto quanto sei tal palavra não existe em português, existindo uma outra bem conhecida e utilizada, creio eu, em ambos os lados do atlântico: "âmbito". Gostava de saber, em primeiro lugar, se estou ou não errado, e se o anglicismo "escopo" tem fundamento (à semelhança de outras palavras derivadas do inglês como "esporte" de uso corrente no Brasil). Tal como esta já me deparei em textos brasileiros com muitas outras palavras, como por exemplo, "revanche", ou "revancha" onde normalmente estaria à espera de encontrar qualquer coisa como "desforra". Com ou sem acordo ortográfico, existe de facto/fato alguma regulamentação da imprensa tanto em Portugal como no Brasil? I.e., há algum tipo de fiscalização e penalização para os prevaricadores e "inventores" deste tipo de termos?

Alberto Medeiros Portugal 5K

Qual é a forma aceite ou aceitável: cavado axilar ou escavado axilar?

O que me dizem?

Paulo Alexandre Santos Silva Portugal 9K

Qual é o feminino de Grão-mestre: Grão-mestre, à mesma, ou então Grã-mestra? Qual é o feminino de Grão-duque: Grão-duquesa, ou Grã-duquesa? De referir que o feminino de duque é duquesa.

João Marques Natal, Brasil 12K

«Gosto muito de assistir televisão» em vez de «Gosto muito de assistir a programas de televisão».

É fato notório que a maioria das pessoas preferem – movidas até pela lei do menor esforço – a primeira construção à segunda quando estão a se referir ao meio de comunicação denominado televisão, não a um canal de TV específico.

A questão é quanto à regência do verbo "assistir". Pelo que sei, dever-se-ia construir «Gosto muito de assistir a (sem crase) televisão». No entanto, não é o que tenho visto. Aliás, não me lembro de tê-lo visto uma vez só.

Noémia Lemos Professora Portugal 30K

Há dias perguntei-vos como se deveria dizer, se damos-vos (como eu sempre disse e escrevi) ou damo-vos como muitos colegas professores dizem que é, e eu vi escrito num panfleto de concurso chegado à escola. O Ciberdúvidas prontamente me respondeu, mas como eu não pedi que dissessem por que razão é assim, venho de novo pedir que me ajudem a argumentar. Eles certamente baseiam-se no «damo-nos», mas o meu saber é apenas intuitivo. Agradeço a ajuda.