Quando apareceu pela primeira vez essa palavra tão diferente das outras línguas latinas? Ela não poderia ter aparecido com a (hipotética) introdução tardia da ave pelos Árabes no Portugal? Na Grécia e no Médio Oriente, a palavra "frango/franj/frenk", derivada de "franc/franken", designou os invasores que vieram da Europa Ocidental com as primeiras Cruzadas. Foram eles a popularizar a criação de "frangos" em lugar de galinhas naquela região? De uma certa forma, essa explicação teria um paralelo na origem da palavra inglesa "turkey", ou seja "peru", ave originária das Américas. Obrigado pela atenção.
Agradecia que me informassem se a palavra “Caribe” e “Caraíbas” têm o mesmo significado e qual é a mais correcta. Vejo que existem referências a «Mar do Caribe» e «Mar das Caraíbas».
Gostaria que me respondessem sobre a etimologia das palavras paralelogramo e paralelepípedo.
Gostaria que fizessem a sintaxe da seguinte frase: «De dia, sentado num tapete, descansando as mãos nos meus joelhos de seda amarela, eu imaginava o mundo.»
Dizem-me que «sentado» e «descansando» são predicados das orações e que esta é uma frase complexa com três orações. Está correcta esta análise? Em que circunstâncias é o gerúndio e o particípio passado predicado numa frase?
Tenho dificuldade em distinguir o complemento determinativo (de matéria) do complemento circunstancial de matéria.
Consultei várias gramáticas e não cheguei a conclusões definitivas sobre o assunto. O Compêndio de Gramática Portuguesa de José Nunes de Figueiredo admite a existência do complemento circunstancial de matéria (ex.: «mesa de pinho»). Contudo, neste exemplo, eu poderia ver um complemento determinativo (de matéria). A mesma gramática apresenta a preposição «de» como indicativa da «matéria de que uma coisa é feita ou assunto de que se trata.../Taça de cristal./Falar de política.»
Recentemente encontrei a seguinte explicação na Gramática Universal de Língua Portuguesa de António Afonso Borregana: «Tanto a circunstância de matéria como a de posse e a de parentesco são complementos determinativos.»
Gostaria de conhecer a vossa opinião sobre o assunto.
Muito obrigada.
Como os inquiridores anteriores, também não encontrei qualquer referência, não só a esta palavra como a “etápico”, que supostamente também não existia (foi criada!) em português. Como está tão profusamente divulgada nos (vários) ministérios, pergunto: quem inventou a palavra e qual o seu verdadeiro significado? Suponho que as respostas anteriores eram meras suposições.
Agradecia que me esclarecesse se a frase seguinte está correcta quanto aos seguintes aspectos:
«Os passaportes eram vendidos por pouco mais de mil dólares, apurou a PJ que acredita ainda que pelo menos quatro indivíduos, de ambos os sexos, estejam ainda a monte.»
1 – «quatro indivíduos, de ambos os sexos» poderá levar a pensar em quatro indivíduos com características dos dois sexos? Pois a ideia que se quer transmitir é: dois rapazes e duas raparigas; ou, um rapaz e três raparigas, etc.
2 – o tempo verbal de «estejam» estará correcto? Ou deverá ser: «estivessem a monte»; «estão a monte»;«estariam a monte»?
Obrigado.
O mesmo advérbio poderá ser adjunto ou disjunto consoante o contexto? Se os advérbios adjuntos são internos ao grupo verbal e os disjuntos são modificadores de frase, no exemplo «E somos poucos, aqui, não mais de cinquenta» (J. R. Miguéis, Gente de Terceira Classe), o advérbio «aqui» parece-me menos ligado ao verbo do que à frase, tanto mais que está entre vírgulas. Assim, seria disjunto. Por outro lado, segundo a TLEBS, os antigos advérbios de lugar (como é o caso) são adjuntos. O advérbio «talvez», no exemplo «Talvez devesse antes dizer de infortúnio» (ibidem), parece-me adjunto, sobretudo porque o modo conjuntivo é solicitado pelo advérbio. Mas, de acordo com a TLEBS, os tradicionais advérbios de dúvida são disjuntos... Gostaria de obter um esclarecimento.
Grata pela atenção.
Gostaria de começar por lhes agradecer a ajuda que me têm dado na resolução das muitas dúvidas que a língua portuguesa levanta. Muito obrigada!
Entretanto, aqui lhes coloco mais algumas questões:
1. Não encontrei na nova Terminologia linguística o conceito de conjugação perifrástica. Deve continuar a ser considerado? Será que a análise do aspecto verbal e dos valores modais substitui o estudo da perifrástica?
2. Quando, numa frase, surgem os verbos modais dever e poder, estes devem ser encarados como meros auxiliares ou devemos vê-los como núcleo de um grupo verbal e seleccionando uma oração não finita como complemento directo?
Assim, a frase «Devo trabalhar» deve ser analisada como uma frase simples ou complexa?
3. Como analisar sintacticamente frases do tipo «Cansada, ela calou-se»?
Muito obrigada.
Dos dois dicionários que consultei verifiquei que registavam formas diferentes para a grafia de «pó de talco»: no Houaiss «pó de talco», sem hífens, e no da Academia «pó-de-talco», com hífens. Gostaria então de saber qual a forma mais acertada e porquê.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações