Óptimo é o superlativo absoluto sintético de bom, grau equivalente ao superlativo absoluto analítico muito bom (ou extraordinariamente bom), correspondendo semanticamente a «excelente, magnífico» (Cândido de Figueiredo, Grande Dicionário de Língua Portuguesa, vol. III, Venda Nova, Bertrand, 1996).
Assim, penso que a expressão para se designar esse tipo de escala (para respostas óptimas) será a de escala de excelência, uma vez que não existe outro termo que corresponda a tal conceito, sem ser o da substantivação do próprio adjectivo óptimo. (Embora não seja muito vulgar essa utilização, ela surge, pelo menos, numa frase do domínio da oralidade: «o bom é inimigo do óptimo»). Visto que não existe a palavra “optimidade”, também não me parece muito correcto usar-se a expressão “escala do óptimo”, porque se associa óptimo a adjectivo – modificador do substantivo que serve «para caracterizar os seres, os objectos ou as noções nomeados pelo substantivo» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 17.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, 2002) – e não ao substantivo – com que «designamos ou nomeamos as noções, acções, estados e qualidades, tomadas como seres» (idem).
Como óptimo equivale ao adjectivo excelente, parece-me ser mais lógico utilizar-se o substantivo que representa tal qualidade – excelência, razão pela qual se propõe esta terminologia. Ainda neste domínio de um grau muito elevado, para além do de excelência (superioridade de qualidade), poder-se-á propor também o de excepcionalidade (para um nível ainda mais elevado, para designar aquele que faz excepção, o que tem qualidade de excepção).