A preposição por, como outras, tem, em alguns casos, um valor que a aproxima das conjunções, pois introduz frases, ou orações, subordinadas infinitivas. Na expressão «por ser um devasso e um assassino de caçadeira», a preposição introduz uma frase subordinada infinitiva, cujo sentido é causal, ou, talvez melhor, explicativo.
Note-se, aliás, que podemos considerar que na expressão não existe apenas uma frase infinitiva, mas duas, estando, na segunda, omitido o verbo e também a preposição: «por ser um devasso e por ser um assassino de caçadeira». Esta interpretação justifica o facto de, contrariamente ao que é mais comum, a conjunção copulativa estar a relacionar elementos com valor semântico distinto como devasso e assassino.