Desculpem-me, desde já, se o Ciberdúvidas não for o sítio certo para esta pergunta. Embora saiba muito pouco sobre o assunto, sempre me pareceu interessante tentar perceber como se formam os sons no aparelho vocal, na medida em que isso ajuda a entender a evolução da nossa língua. Recentemente, a minha curiosidade foi espevitada pelo facto de o meu filho, de 13 meses, estar a descobrir a "fala" e de me parecer que lhe é difícil articular o som "i", de “li”, “vi”, “ti” ou “ni”. A criança tem alguma facilidade em dizer palavras que me parecem mais complexas (como “orelha”, “pente”, “água”, “põe”, “pão” ou “banana”), mas nota-se que faz um esforço adicional, mesmo a nível físico, quando tenta dizer sons como “li”, “pati”, “atchim”, “pita” ou “menina”. No caso de "li", sai-lhe apenas o som "i" e, nos seguintes, diz "pata", "atcha", "pota" e "menena". No entanto, diz facilmente “mãe”, “pai”, “cai”, “caí” e outras palavras em que o som "i" se segue ao "a", aberto ou fechado. Em resumo: a formação do som "i" no aparelho vocal é mais exigente, em termos físicos, do que a dos restantes sons correspondentes às vogais?
Gostaria de saber se o correto é conforme o dicionário, "gaita de foles", ou "gaita-de-fole". Caso seja o primeiro, por que então noutros idiomas próximos, como em Galego, Espanhol, Francês e Italiano, as derivações do Latim "follis" perderam a terminação e no Português teria se mantido? Há quem diga inclusive que "gaita de foles" é uma corruptela moderna, sendo "gaita-de-fole" o tradicional. A dúvida abrange também o uso dos hífens.
Obrigado.
Quais os significados do verbo «descentrar»?
A minha professora de Português disse que a expressão «era uma vez» era um início, um incipit. O que é isto?
Sou professora e tenho seguido, atentamente, a introdução da TLEBS, valendo-me frequentemente da vossa preciosa ajuda. E para não fugir à verdade, lanço-vos mais uma dúvida:
1. de todos os documentos que li, e a lista já vai extensa, não encontrei nada que tenha a ver com os níveis de língua (corrente, popular, cuidado...).
A questão é se desapareceram ou foram substituídos pelas variedades.
Nas frases «São os meus cromos.» e «São os lápis deles.», "meus" e "deles" são determinantes ou pronomes possessivos? E na resposta à pergunta «De quem é o livro? É dela.», a palavra dela é um determinante possessivo ou um pronome possessivo? Na minha opinião, trata-se de um pronome uma vez que está a substituir o nome “livro”. Mas não tenho a certeza absoluta. Parabéns pelo trabalho desenvolvido.
Gostaria de saber por que os verbos “ser” e “ir” tem a mesma forma no pretérito perfeito. Obrigada.
Por favor, queiram enviar-me o significado em português da expressão em latim "obligatio in solidum" e em que contexto se pode aplicar.
Em primeiro lugar, obrigada pelo trabalho que prestam na divulgação da língua portuguesa (costumo recomendar o vosso "site" a toda a gente que conheço, sejam portugueses, sejam estrangeiros). Gostava que me dissessem, se possível, qual a origem da expressão "à trocha-mocha" e qual o seu significado. Muito obrigada.
No Grande Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora encontra-se a palavra “média” a significar «meios de comunicação de massas”. Sabendo que a palavra latina ‘media’ está na origem da forma portuguesa, estará correcto aportuguesá-la, colocando-lhe um acento agudo, e usá-la como um plural? Não vai isto contra as regras da morfologia portuguesa? Não é verdade que essas regras prevêem que se faça o plural com o acrescentamento de um -s às palavras?
Muito obrigado.
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