Deixamos 24 novas respostas que se somam às 39 que foram sendo postas em linha ao longo dos últimos dias (ver Respostas de Hoje e Respostas Anteriores). Lembramos uma delas – Ainda a querela «centenas de milhar» “versus” «centenas de milhares» –, sobre o uso de milhar e do seu plural, tema a que voltaremos proximamente.
Como sempre, fizemos a actualização da Antologia, do Correio, das Notícias Lusófonas e do Pelourinho. Matérias, esperamos, que contribuam para a reflexão e o esclarecimento de quantos querem saber sempre mais sobre a Língua Portuguesa.
I
Como se efectua a divisão silábica da palavra "gasóleo"? É uma palavra grave ou esdrúxula? É que vi numa gramática a possbilidade de ser uma palvra grave,
considerando que o "eo" terminal é um ditongo crescente.
Obrigada.
Sílvia Ferreira
Professora
Torres Vedras
Portugal
II
A minha dúvida: as palavras "meia”, “dia”, “havia”, “macia”, “frio”, “história" em termos de translineação dividem-se como?
E se, por exemplo, a palavra "macia" se dividir assim: “ma-ci-a”, o ditongo "ia" é mesmo um ditongo ou como se se separa já não é considerado ditongo?
Obrigada pela atenção.
Maria Nobre
Portugal
Agradecia a vossa ajuda para saber quanto à correcção do seguinte: Quando quero incluir a possibilidade de ocorrência do singular ou do plural de determinada palavra, posso assinalar as duas opções da seguinte forma: «constitui(em)» ou «usado(s)», por exemplo. Mas estará certo recorrer ao mesmo método nos casos que se seguem? - «provável(eis)» - «poderá(ão)» É que até parece que estou a indicar que o plural, no primeiro caso, será "prováveleis". Os meus antecipados agradecimentos.
Como se divide a oração: «Tinha tanta fome, que comia tudo o que aparecesse»
a) tinha fome – subordinante
tanta... que comia tudo... – subordinada consecutiva
ou
b) tinha tanta fome – subordinante
que comia tudo... – subordinada consecutiva?
Obrigada.
Salsichas, lingüiças, chouriços são os chamados enchidos. Esta é a sua denominação em português. No Brasil, todavia, usa-se atualmente apenas o termo "embutido(s)" para denominar esses alimentos. Pergunto-lhes então: "embutido(s)" é termo legítimo da língua portuguesa ou se trata de um castelhanismo como cuido? Muito obrigado.
Tenho por hábito inventar palavras novas que, geralmente, não passam do círculo restrito de familiares e amigos, mas espanta-me o uso sistemático (por parte até de figuras públicas, leia-se políticos) de miríades de palavras que não constam dos dicionários, ou que até podem constar mas induzem uma aplicação noutros contextos. Da lista fazem parte verbos muito em voga como "elencar", "compaginar" e "plasmar" ou o mais do que inédito substantivo "implantamento", que ouvi outro dia numa reunião. Serão modismos, erros crassos ou sinal de que a língua portuguesa é uma língua viva, passível de ver o seu léxico engrossado com um ramalhete fértil de palavras novas e úteis? Passado o espanto, é de integrar ou excluir aquilo que muita gente pensa, por soberba ou ignorância, estar a pronunciar correctamente? Para já não falar de certos aportuguesamentos ("clicar" já existe?) e expressões da moda como "sendo que", verdadeira rival dos "portantos" de outrora. Outro aspecto tem a ver com a dificuldade em traduzir/inventar rapidamente palavras novas capazes de serem adoptadas pelo público em geral, para que não tenhamos, por exemplo, de passar uma boa parte da nossa vida a falar de "T-shirts" e a ter de escrever a palavra em itálico ou entre aspas.
A expressão oral "hum hum" é um bordão da linguagem, uma bengala, ou pode também simplesmente ser um vício linguístico, ou ainda um instrumento que ao ser usado por professores, interlocutores, assistentes de “call center”, psicólogos, psiquiatras, psicanalista, médicos, etc. se poderá chamar de escuta activa? Ou, se nenhuma destas definições se lhe aplica, então como faz a gramática? Obrigada.
Tendo o português como base o latim, língua em que eram inexistentes, qual a origem e o porquê da necessidade de artigos no português actual. Muito obrigada pelo esclarecimento.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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