Segundo Ferrarezi Junior (2008, p. 157)*, «Nenhuma língua utiliza duas palavras ou expressões para dizer a mesmíssima coisa. [...] Por menor que seja a mudança, ela sempre ocorre quando trocamos uma palavra ou expressão por outra.» Partindo desse pressuposto, comecei a pensar sobre a existência ou não de sinonímia perfeita entre as locuções conjuntivas. Nas sentenças a seguir, por exemplo, todas as conjunções passam uma ideia de tempo; porém, parece-me que existe uma gradação de tempestividade (quão rápida a ação irá ocorrer).
O contexto é o seguinte: ao ser questionado sobre a data em que o edital de um concurso seria publicado, o governador afirmou: [1] «Quando tivermos a data correta, divulgaremos nos meios de comunicação.» [2] «Logo que tivermos a data correta, divulgaremos nos meios de comunicação.» [3] «Tão logo tivermos a data correta, divulgaremos nos meios de comunicação.» [4] «Assim que tivermos a data correta, divulgaremos nos meios de comunicação.» Essa hipótese está correta? Existiria uma gradação entre essas conjunções e locuções conjuntivas (não necessariamente nessa ordem)?
* Ferrarezi Junior, C. Semântica para a Educação Básica. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
Há tempo que não vos envio uma pergunta. Pois bem... vou direto ao ponto: o gramático Celso Cunha chama de prefixo conjuncional o vocábulo QUE que introduz orações optativas, como em «Que venha logo o verão!»
Gostaria de saber a classificação desse vocábulo, segundo outros estudiosos da língua, pois não encontrei nada além...
Muito obrigado!
Na frase «Senta-te, que vais sentir-te melhor.», como devo classificar a segunda oração: coordenada explicativa, subordinada adverbial causal ou subordinada adverbial final?
Obrigada.
Aprendi na aula que o pois é conclusivo somente quando estiver após o verbo da segunda oração. Fazendo exercícios, entretanto, percebi que bastava o pois após o primeiro verbo para que fosse classificado como conclusivo. Qual é a regra exata?
Exemplos:
1) «Ela estudava muito, pois desejava ser aprovada.»
2) «Ela estudava muito, desejava, pois, ser aprovada.»
Desde já, muito obrigada!
Tenho uma dúvida na divisão e classificação da seguinte frase: «Caso não possa comparecer, agradecemos que nos comunique antecipadamente».
«Caso não possa comparecer» – oração subordinante – «agradecemos que nos comunique antecipadamente.»
Posso dizer que existe ainda uma oração subordinada substantiva completiva em «que nos comunique antecipadamente.»?
Muito obrigada pela ajuda.
Quantas orações há na seguinte frase: «Isso está certo ou não?» Uma ou duas?
Minha dúvida tem a ver com a conjunção pois. Nas gramáticas normativas, nunca vi esta conjunção ser classificada como adversativa ou ser apresentada como uma conjunção de valor semântico adversativo. No entanto, em todos os dicionários que consultei (Houaiss, Michaelis, Priberam, Porto, Aulete, etc.), esse conectivo é também encarado como sinônimo de mas, porém, no entanto, etc. Devido a isso, fiquei com a pulga atrás da orelha: afinal, a conjunção pois é abonada por algum livro consagrado de gramática como sinônima de conjunções adversativas? Caso não encontrem a resposta a essa pergunta, mas creiam que o pois pode, sim, indicar oposição, gostaria que dessem exemplos (e os explicassem) para eu conseguir ensinar a meus alunos da melhor forma possível.
Na frase «Nem os professores queriam chorar nem os alunos mostrar a sua tristeza» estamos perante orações coordenadas copulativas ou disjuntivas?
Obrigada.
Como diferenciar as Conjuncões das Preposições e conjunções preposicionais ou preposições conjuncionais?
Na frase, «Penso, aliás, que tal intervenção terá de dispor de outras alternativas para além das atualmente existentes, que não são eficazes», o que, na segunda ocorrência, «que não são eficazes», é um pronome relativo ou uma conjunção causal?
Grata pelo esclarecimento.
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