Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Arlene Matos Fernandes Estudante Vitória da Conquista, Brasil 2K

É possível usar o presente em lugar do imperativo?

Por exemplo, «tu, faze-lo!» em lugar de «tu, fá-lo» e «fá-lo tu».

Paula Guerreiro Professora Portalegre, Portugal 1K

Precisava de ajuda para esclarecer as funções sintáticas presentes na frase "Não percebo nada de informática."

Assim, pedia a vossa colaboração para responder às seguintes questões que surgiram em sala de aula:

1. O constituinte "de informática" é complemento oblíquo e "nada" (assumido como advérbio de quantidade e grau, tal como "muito" e " pouco") é modificador do grupo verbal?

Ou 2. podemos considerar que o complemento direto é a expressão "nada de informática", ainda que não possa ser substituída pelo pronome de complemento direto, (a frase "Não o percebo.", não sendo agramatical, não tem o mesmo significado)?

Parece-me mais ou menos claro que, se omitíssemos um destes constituintes e tivéssemos frases como:

1. "Não percebo nada."

2. "Não percebo de informática."

o constituinte "nada" seria o complemento direto, na frase 1. e "de informática" o complemento oblíquo na frase 2. Ou estarei enganada?

Agradeço, antecipadamente, a vossa colaboração. i

Bernardo Monteiro Estudante Porto, Portugal 2K

No que concerne ao valor aspetual, surgiu-me uma questão.

Se considerarmos a frase «Ele leu um livro», estamos perante um evento durativo ou não durativo?

Neste âmbito, o segmento em apreço suscitou-me a seguinte pergunta: um ato perfetivo é necessariamente não durativo? Ou pode ser durativo?

Agradecido pela preciosa ajuda!

Pedro Ludgero Professor Vila Nova de Gaia, Portugal 2K

Tomemos a frase:

«A minha avó beija como se estejam bombas a rebentar no quintal.»

Está gramaticalmente correta? Ou é forçoso usar "como se estivessem"?

Muito obrigado.

Flávio Gomes Instrutor de Inglês Pedro Leopoldo, Brasil 6K

Vi  [no Ciberdúvidas] que o verbo perguntar pede objeto indireto.

Porém. o Google apresenta um dicionário exibindo o mesmo verbo como transitivo direto na primeira entrada com o sentido de "fazer pergunta(s) a; interrogar", e cita como exemplo a frase "o detetive perguntou todos os suspeitos". (Para abrir a página, procurar por "dicionário perguntar".)

Gostaria que pudessem explicar o por quê da diferença.

Obrigado!

Carolina Gil Rostra Professora Valladolid, Espanha 1K

Sou professora de Português em Espanha e, com frequência, observo que os meus alunos elaboram frases como:

– Gostaste do filme? Sim, gostei dele.

– Pratico natação e como gosto muito dela, vou à piscina duas vezes por semana.

Produz-me muita estranheza este uso do pronome pessoal para substituir realidades que não são pessoas.

Nas minhas aulas, eu nunca uso o pronome pessoal nestas estruturas. Simplesmente respondo:

– Gostaste do filme? Sim, gostei. / Gostei, gostei muito.

– Pratico natação e como gosto muito, vou à piscina duas vezes por semana.

Porém os meus alunos fazem estas pronominalizações de forma natural. Duvido que seja por influência do espanhol, dado que a construção deste verbo é completamente diferente.

Penso que não é correto, mas, às vezes, já me fazem duvidar. Gostava de poder explicar bem o porquê e como não encontrei informação sobre o assunto, pensei que era uma boa questão para este espaço.

Antes de acabar, queria deixar constância do meu mais sincero agradecimento pela extraordinária ajuda que este site me oferece na preparação das minhas aulas.

Muito obrigada!'

Renato Rodriguez Cabral Ramos Geólogo Rio de Janeiro, Brasil 1K

Gostaria de saber o significado da palavra "trapulhar", que encontrei em uma carta de minha bisavó de 1902 na seguinte frase:

«A Deia manda-te dizer que tem sentido muita falta dos noivos para trapulhar.»

Envio a página da carta original onde se pode ver a frase que citei e o verbo misterioso (ver infra).

Santa Maria (da Boca do Monte), onde nasceu e viveu a juventude minha bisavó, é uma cidade do interior do Estado do Rio Grande do Sul, com maciça colonização alemã, bem como numerosa comunidade afro-brasileira.

Talvez o termo seja um "regionalismo", vá saber...

Agradeço a atenção.

Stephen Kourakis Administrador São Paulo, Brasil 6K

O verbo descer pode ser transitivo direto – e. g. «descer o lixo»?

Se não, qual verbo transitivo posso usar?

Luísa Costa Hölzl Leitora do Instituto Camões em Salzburgo Munique, Alemanha 2K

Nesta frase de uma crónica do escritor brasileiro Luís Fernando Veríssimo «O homem perguntou se o que o garoto estava fazendo era ornamentos para os torreões do castelo», não teria de haver concordância entre o predicativo do sujeito e o auxiliar ser?

Grata pela ajuda.

Sara Leite Professora Feira, Portugal 16K

Qual é o tempo verbal mais adequado – presente do conjuntivo ou futuro do conjuntivo – às seguintes frases?

Caso seja possível usar ambos os tempos verbais, existe alguma diferença de significado entre as frases resultantes?

Quais as regras gerais de aplicação de um ou outro tempo verbal nas orações relativas?

Podemos discutir outras propostas que considerem melhores. Podemos discutir outras propostas que considerarem melhores

Podes escolher a casa que quiseres. Podes escolher a casa que queiras

Podes escolher uma casa que quiseres. Podes escolher uma casa que queiras

Aquele que quiser, pode vir comigo. Aquele que queira, pode vir comigo

Podes fazer o que queiras. Podes fazer o que quiseres

Fique onde eu lhe diga. Fique onde eu lhe disser.