Tanto quanto sei, os nomes próprios de autores ou escritores estrangeiros não são traduzidos, no entanto existe pelo menos uma notável excepção: Jules Verne, que em português é conhecido como "Júlio" Verne.
Gostaria de saber se existe alguma regra definida relativamente a esta matéria e se há outras excepções para além da que mencionei.
Na ilha das Flores, dos Açores, existe um lugar chamado "Quada" (ou "Cuada", ou "Coada"?) pertencente à freguesia da Fajã Grande, dessa ilha.
Qual será a grafia correcta, "Cuada", "Quada", ou "Coada", e qual poderá ser, em vossa opinião, a origem de tão estranha palavra?
Muito obrigada desde já.
N. E. – Manteve-se a grafia correcta, anterior à ortografia vigente (correta).
Na região balcânica da Europa oriental, há um país cujo nome é Bósnia e Herzegovina. Bósnia” e Herzegovina são, cada uma delas, regiões integrantes diferentes desse país.
A dúvida é a seguinte: como me referir a ele? Deverei dizer «visitei a Bósnia e a Herzegovina»? Ou então «visitei a Bósnia e Herzegovina»? Ou ainda «visitei Bósnia e Herzegovina»? O mais comum parece ser que se use a segunda forma, justamente a que me parece menos preferível, já que nela se usa um artigo definido no singular para um nome que, na verdade, tem duas partes.
Vale lembrar, ademais, que em Portugal parece existir a forma hifenizada: Bósnia-Herzegovina. Nesse caso, o mais correto parece ser que não se use artigo algum, ou seja, que se diga «visitei Bósnia e Herzegovina».
Que é que me dizem?
Bálcãs x Balcãs. Por que é que, enquanto em Portugal se usa a forma oxítona, no Brasil se usa a forma paroxítona?
Terá sido a escolha brasileira influenciada pela língua inglesa?
Muitos a pronunciam "Erliquia", mas entendo que o nome científico provém do cientista que a descreveu, Paul Erlich (1854-1915), e, portanto, deveria ser pronunciado como "Erlichia".
Procede o meu entendimento?
Obrigado.
No décimo sétimo capítulo de A Queda de um Anjo, de Camilo Castelo Branco, consta a seguinte epígrafe: «In Liborium». Após alguma pesquisa, não consegui destrinçar o significado do vocábulo latino «Liborium», pelo que vos peço esclarecimento e uma tradução, se possível. Muito obrigado!
Na conhecida oração ave-maria, uma saudação à Virgem Maria, não deveria o vocativo Maria estar separado por vírgula («Ave, Maria, cheia de graça! O Senhor é convosco…», em vez de «Ave Maria, cheia de graça…», como aparece em todos os textos?
O mesmo se poderia perguntar em relação àquela outra oração católica salve-rainha: «Salve, Rainha, Mãe de misericórdia…», e não, como vemos sempre, «Salve Rainha, Mãe de misericórdia…».
Sabendo nós que os imperativos latinos ave e salve se tornaram interjeições de saudação em português («Viva, Maria!», «Olá, Maria!»), poderemos considerar que a falta de vírgula nos textos das orações ave-maria e salve-rainha se enquadra no chamado «consagrado pelo uso»?
Como neste interessante artigo [de Gonçalo Neves], do Ciberdúvidas se refere, «é frequentemente citada (e até se encontra numa aventura de Astérix...) a frase com que os gladiadores, já na arena, saudavam o imperador antes de entrarem em combate: "Ave, Cæsar, morituri te salutant." É curioso notar que o tradutor Paulo Rónai se serviu de salve para traduzir este ave: "Salve, imperador, os que vão morrer saúdam-te..."»
É interessante notar que o dicionário em linha Infopédia regista o seguinte, devidamente virgulado: «do latim eclesiástico Ave, Maria, «ave, Maria!»”
Muito obrigado.
Li o comentário sobre a forma como deve ser pronunciado o apelido Félix, onde se refere ser mais correcto ¹ pronunciar-se ''Félicse", e não Félixe", como é prática do próprio.
É "errado" dizer-se da forma como ele (o futebolista João Félix – e respectiva família) o faz, é mais correcto pronunciar como "Félixe", ou são ambas aceites devendo, como tal, escolher-se na pronúncia por jornalista a praticada pelo próprio?
¹ Não uso o Acordo Ortográfico em escrita pessoal. Apenas quando sou obrigado a isso.
Obrigado.
Num índice onomástico, o que deve vir primeiro: Oakes ou O'Connor?
Obrigado.
Qual a origem da palavra Guimbra?
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