«Flores: O presente que toda mulher gosta.»
Frequentemente, frases como a apresentada acima são proferidas em conversações informais. Para um texto escrito, no entanto, a frase não está adequada. Me explique o problema e reescreva a frase de acordo com a língua culta.
Como se diz «em bom português»?
«Impõe-se concluir no sentido de que, no presente caso, toda a prova viu a sua eficácia precludida», ou «Impõe-se concluir no sentido de, no presente caso, toda a prova viu a sua eficácia precludida»?
Eu escreveria (e escrevo) como na primeira alternativa. No entanto, uma colega minha duvida do que lhe disse.
Muito obrigado pela atenção e disponibilidade.
Como analisariam sintacticamente a frase «Ela envolveu-se numa guerra com a mãe»?
Ela — sujeito
envolveu-se — predicado verbal
numa guerra — complemento directo
Com a mãe — ????????
Supostamente seria complemento circunstancial de companhia, mas neste caso não possui lógica tê-lo, pois, se se envolveu numa guerra com a mãe, a mãe não seria "boa companhia".
Como resolveriam esta situação?
Agradeço a atenção dispensada.
É correcto dizer-se: «estar à conversa com...»?
Com relação à resposta n.º 12527, gostaria de um pequeno esclarecimento: como foi citado, os complementos do verbo desculpar podem ser diretos e indiretos, conforme o exemplo «desculpem-nos a nossa falha», em que «nos» é complemento indireto e «a nossa falha» é complemento direto. No final, há outro exemplo com a regência a:
«Não posso desculpar ao amigo a intromissão na minha vida.»
Nesse caso, «ao amigo» seria complemento indireto, e «a intromissão na minha vida» seria complemento direto. Poderia escrever dessa forma: «não posso desculpar o amigo à intromissão na minha vida»?
A minha dúvida é se o complemento direto e indireto pode indistintamente ser a pessoa ou o motivo do pedido de desculpa.
Muito obrigado!
«O presidente acusa o recebimento da seguinte preposição, para a qual designou o relator citado entre parênteses: Projeto de Lei n.º 489 (Deputado Carlos Feitosa).»
Existe alguma incorreção do ponto de vista gramatical na frase acima?1
Obrigado.
1 O consulente enviou dias depois um esclarecimento:
«A propósito do comentário do Professor Carlos Rocha à minha consulta, cumpre-me esclarecer que o meu reparo é feito à regência de relator. Não seria «da qual designou o relator citado a seguir», em vez de «para a qual...»?
Quem relata, relata algo; é relator de algo.
Peço na oportunidade desculpas por não ter sido mais específico.
Obrigado.»
Na frase:
«capaz de atender às necessidades do presente»
— o emprego da crase é opcional por causa da transitividade dupla do verbo, ou pelo fato de o substantivo estar no plural e podermos omitir o artigo as?
— se a expressão fosse «capaz de atender à necessidade do presente», a crase seria obrigatória?
Várias vezes, ao traduzir, deparo-me com verbos de regências diferentes que têm o mesmo complemento, num mesmo período. Considere o exemplo a seguir: «E da mesma forma como você cuida e protege cada membro do seu corpo físico, deve também cuidar e proteger cada membro do corpo espiritual.» Temos os verbos cuidar (transitivo indireto) e proteger (transitivo direto), com o mesmo complemento: «cada membro do...». Então, pergunto: na língua portuguesa, a regência utilizada deve ser a do verbo mais próximo do complemento? Ou deve-se escrever o período de forma que seja aplicada a regência de cada verbo? Por exemplo: «E da mesma forma como você cuida de cada membro do seu corpo físico e protege-o, deve também cuidar de cada membro do corpo espiritual e protegê-lo?»
Obrigado!
Dizer «uma população é relapsa a um certo hábito» equivale a dizer que essa população é negligente, relaxada, ou que é reincidente, obstinada, relativamente ao hábito?
Os dicionários consultados permitem os dois sentidos.
Agradeço os esclarecimentos.
Uma das canções de José Afonso, O Que Faz Falta, começa com «Quando a corja topa da janela». Gramaticalmente correcto teria de ser «topa na janela», não é?
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