Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Regência
Tiago Giraldes Advogado-estagiário Almada, Portugal 19K

Como se diz «em bom português»?

«Impõe-se concluir no sentido de que, no presente caso, toda a prova viu a sua eficácia precludida», ou «Impõe-se concluir no sentido de, no presente caso, toda a prova viu a sua eficácia precludida»?

Eu escreveria (e escrevo) como na primeira alternativa. No entanto, uma colega minha duvida do que lhe disse.

Muito obrigado pela atenção e disponibilidade.

Cláudia Soares Professora Braga, Portugal 8K

Como analisariam sintacticamente a frase «Ela envolveu-se numa guerra com a mãe»?

Ela — sujeito

envolveu-se — predicado verbal

numa guerra — complemento directo

Com a mãe — ????????

Supostamente seria complemento circunstancial de companhia, mas neste caso não possui lógica tê-lo, pois, se se envolveu numa guerra com a mãe, a mãe não seria "boa companhia".

Como resolveriam esta situação?

Agradeço a atenção dispensada.

Lurdes Pinheiro Agricultora Serpa, Portugal 12K

É correcto dizer-se: «estar à conversa com...»?

Válter da Silva Pinto Oficial de justiça Mogi das Cruzes, Brasil 9K

Com relação à resposta n.º 12527, gostaria de um pequeno esclarecimento: como foi citado, os complementos do verbo desculpar podem ser diretos e indiretos, conforme o exemplo «desculpem-nos a nossa falha», em que «nos» é complemento indireto e «a nossa falha» é complemento direto. No final, há outro exemplo com a regência a:

«Não posso desculpar ao amigo a intromissão na minha vida.»

Nesse caso, «ao amigo» seria complemento indireto, e «a intromissão na minha vida» seria complemento direto. Poderia escrever dessa forma: «não posso desculpar o amigo à intromissão na minha vida»?

A minha dúvida é se o complemento direto e indireto pode indistintamente ser a pessoa ou o motivo do pedido de desculpa.

Muito obrigado!

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 18K

«O presidente acusa o recebimento da seguinte preposição, para a qual designou o relator citado entre parênteses: Projeto de Lei n.º 489 (Deputado Carlos Feitosa).»

Existe alguma incorreção do ponto de vista gramatical na frase acima?1

Obrigado.

1 O consulente enviou dias depois um esclarecimento:

«A propósito do comentário do Professor Carlos Rocha à minha consulta, cumpre-me esclarecer que o meu reparo é feito à regência de relator. Não seria «da qual designou o relator citado a seguir», em vez de «para a qual...»?

Quem relata, relata algo; é relator de algo.

Peço na oportunidade desculpas por não ter sido mais específico.

Obrigado.»

Cleyton Santana Estudante Brasília, Brasil 145K

Na frase:

«capaz de atender às necessidades do presente»

— o emprego da crase é opcional por causa da transitividade dupla do verbo, ou pelo fato de o substantivo estar no plural e podermos omitir o artigo as?

— se a expressão fosse «capaz de atender à necessidade do presente», a crase seria obrigatória?

Alexandre Araújo Revisor/tradutor Vargem Grande Paulista, Brasil 12K

Várias vezes, ao traduzir, deparo-me com verbos de regências diferentes que têm o mesmo complemento, num mesmo período. Considere o exemplo a seguir: «E da mesma forma como você cuida e protege cada membro do seu corpo físico, deve também cuidar e proteger cada membro do corpo espiritual.» Temos os verbos cuidar (transitivo indireto) e proteger (transitivo direto), com o mesmo complemento: «cada membro do...». Então, pergunto: na língua portuguesa, a regência utilizada deve ser a do verbo mais próximo do complemento? Ou deve-se escrever o período de forma que seja aplicada a regência de cada verbo? Por exemplo: «E da mesma forma como você cuida de cada membro do seu corpo físico e protege-o, deve também cuidar de cada membro do corpo espiritual e protegê-lo?»

Obrigado!

Eduardo Freitas Sociólogo Lisboa, Portugal 4K

Dizer «uma população é relapsa a um certo hábito» equivale a dizer que essa população é negligente, relaxada, ou que é reincidente, obstinada, relativamente ao hábito?

Os dicionários consultados permitem os dois sentidos.

Agradeço os esclarecimentos.

Rosa Rodrigues Tradutora Heidelberg, Alemanha 5K

Uma das canções de José Afonso, O Que Faz Falta, começa com «Quando a corja topa da janela». Gramaticalmente correcto teria de ser «topa na janela», não é?

Wallace Grecco Publicitário Niterói, Brasil 7K

Recentemente, conversando com um amigo, disse-lhe que meu sogro tinha uma empresa de «fornecimento de navios». Que essa empresa fornecia todas as necessidades de um navio, tais como alimentos, bebidas, remédios, materiais de limpeza, etc. Ele me disse que, da forma como eu havia falado, tinha entendido que meu sogro «fornecia navios», ou seja, era um estaleiro. E que o correto seria dizer «fornecimento para navios».

Qual a forma ou formas corretas?