A palavra entendimento tem de ser seguida por «de que», porque de é a preposição que introduz o seu complemento, seja este uma expressão nominal ou uma oração:
1) o entendimento do estado da garrafa;
2) o entendimento de que a garrafa está cheia;
3) o entendimento de a garrafa estar cheia.
Em 1), temos um complemento realizado por uma expressão nominal, enquanto, em 2) e 3), temos, respectivamente, uma oração finita e uma oração de infinitivo (não-finita).
Contudo, vale a pena lembrar que, com substantivos que têm regência, a omissão da preposição antes de uma oração finita é muito frequente e até aceitável (cf. João Andrade Peres e Telmo Móia, Áreas Críticas da Língua Portuguesa, Lisboa, Editorial Caminho, 1995, págs.122/127). Mesmo assim, do ponto de vista da estrita observância da norma, recomenda-se sempre a presença da preposição nesse contexto.