Na frase «Dê Vossa Reverença lição de esgrima», a expressão «Vossa Reverença» (que não está entre vírgulas) é sujeito do verbo "dê" – no imperativo – ou é um vocativo?
Se alterarmos a ordem da frase para «Vossa reverença dê lição de esgrima», talvez pareça mais sujeito do que vocativo... O vocativo poderá aparecer sem estar isolado por vírgulas? Há exceções?
Grata pela vossa atenção
Durante as férias, enquanto lia Kafka, deparei com esta frase que me deixou sobressaltado, não se desse o caso de que não soubesse que fazer, sequer dizer, quanto à concordância. Senão, vejamos: «As crueldades que está na sua natureza eles cometerem.» A fim de que resolvesse esta incongruência, primeiro, elaborei outra frase que pretendia análoga: «Está na sua natureza eles cometerem crueldades.» Não considerei pertinente, pois, introduzir o determinante artigo definido feminino plural.
Obrigado.
Podemos afirmar: «Eu vou ao cinema.» Mas quando estamos a responder a uma pergunta: «Há alguém que vá ao cinema?» > «Eu vou» > «Vou eu». Existe alguma diferença gramatical entre as duas respostas? Estão ambas corretas?
Na frase «um amigo meu frequenta o Clube de Leitura da nossa escola», meu é um determinante, ou pronome possessivo? Penso que devemos classificar como determinante, uma vez que especifica o substantivo a que se refere. Contudo, a sua posição causa-me algumas dúvidas.
Muito obrigada e parabéns pelo trabalho que desenvolvem!
Na expressão «aristocrático pessimismo», qual é o valor do adjetivo?
Na frase «Carinhosa, a avó mostrou o álbum de fotografias à neta», qual a função sintática desempenhada pela palavra carinhosa?
Obrigada.
Pode-se dizer «ainda não lá fui» em vez de «ainda não fui lá»?
[Nos comentários a um artigo num blogue], estamos a discutir qual a forma correta «leite em pó desnatado», ou «leite desnatado em pó»? «Leite em pó» é um substantivo, e magro, o adjetivo que o classifica? Qual é a forma correta? Ou serão as duas corretas?
É frequente assinalar-se o que do verso «Que eu canto o peito ilustre lusitano» como causal.
No entanto, na pergunta 31 499, o que do exemplo «Empresta-me o teu dicionário, que deixei o meu em casa» é classificado como explicativo.
Não são as duas frases semelhantes? Nesse caso, poderíamos classificar a oração desse verso d´Os Lusíadas como explicativa?
Confesso que a noção de orações coordenadas explicativas aplicada a estes dois exemplos me causa alguma dificuldade. Compreendo perfeitamente o exemplo dado no Dicionário Terminológico, mas não tenho a certeza.
A indicação, dada em várias fontes, de que a coordenada explicativa não pode ser colocada no início da frase não está, por outro lado, de acordo com a explicação dada a uma pergunta já de 1/03/2007, com o título A função do que. Nessa questão, é apresentado o exemplo da frase «passámos a tarde debaixo do chapéu, que o calor era insuportável», tendo sido sugerida a classificação da oração iniciada por que como subordinada causal. Ora, não me parece que esta oração pudesse iniciar a frase: *«que o calor era insuportável, passámos a tarde debaixo do chapéu».
Agradeço, desde já, a vossa resposta e todo o trabalho que têm vindo a realizar.
Li, com muito interesse, a peça de Sandra Duarte [intitulada "Apresente-se sem nódoas linguísticas!"].
Apesar disso, no final, fiquei com dúvidas sobre a regência de preocupar-se e sobre a colocação do pronome reflexo em «se apresentar»: «Por conseguinte, preocupe-se não só em construir um bom CV, mas também em se apresentar com rigor e sem nódoas linguísticas!»
Agradecia a vossa prestimosa opinião.
Obrigado.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações