DÚVIDAS

A pronúncia de príncipe e o uso de vós, de novo
Em primeiro lugar, desde já agradeço a resposta […]. Quanto à explicação que me foi dada, embora eu seja um ignorante nessa matéria, ela levanta-me dúvidas. Se o segundo "i" passou a "e" na fala por dissimilação e se manteve imutável na escrita, então porque é que vemos escrito "príncepe" e não "principe" em livros mais antigos, com cerca de cem anos ou até menos? Veja-se, por exemplo, o frontispício de qualquer volume da "Monarquia Lusitana". Mais explícito que isso é difícil. Não teria sido antes pelo contrário? Quanto à palavra "princesa", pode ter origem em francês, mas eu acho que seria mais lógico provir do latim, até porque é mais parecido com a forma portuguesa, mas isto já sou só eu a dar palpites, provavelmente errados. Havia um senhor que colocou há tempos uma questão acerca do uso de "vós" e de "vocês" e foi-lhe dito que ambas as formas eram correctas embora a segunda estivesse hoje mais vulgarizada. Eu não concordo e parece-me que qualquer pessoa que tenha alguns conhecimentos de gramática facilmente verificará que o uso de "vós" é o modo correcto porque o emprego de "você" e "vocês" constitui em si mesmo uma incoerência pelo facto de no singular se usar de modo formal e no plural de modo informal, isto sem falar no facto do uso de "vocês" implicar uma tremenda confusão de tempos e modos verbais. Assim sendo, gostaria que me forre explicado, se possível, qual a origem deste emprego e porque é que se diz que é tão correcto quanto o de "vós", embora eu não concorde. […]
O uso da forma “Eurosistema”
O Banco de Portugal e o Banco Central Europeu (BCE) utilizam a palavra "Eurosistema" para designar o conjunto dos bancos centrais da área do Euro (Banco de Portugal, Banco de España, Banque de France, Trapeza te Ellada, Banque Nationale de Belgique, etc.) mais o BCE. A expressão foi criada para distinguir do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC) que integra também os outros bancos centrais da UE que não têm o Euro como moeda nacional. Pergunta: Eurosistema é palavra bem formada (euro+sistema)? Não seria preferível Eurossistema ou Euro-sistema? Devo ler /euro sistema/ ou /eurozistema/?
A analogia na flexão verbal
Várias realizações da língua portuguesa são explicadas pela analogia. Vejam-se exemplos em «teu» e «seu», que se formaram por analogia com «meu» e não seguiram a evolução directa a partir de ‘tuum’ e ‘suum’. Ora no pretérito imperfeito do indicativo (como, aliás, noutros tempos) do verbo dizemos «cantávamos» (não "cantavamos") e «cantáveis» (não "cantaveis") por analogia com as formas anteriores do mesmo tempo verbal. Porque não fazemos o mesmo no presente do conjuntivo: *Cântemos, *cânteis? Muito grato ficaria com a vossa amável resposta.
Dúvidas sobre ortografia e pronúncia dos sons
Tenho estas dúvidas: 1) "Im", "om" e "um", no final de palavras, são considerados dígrafos? Ex.: “Assim” – “bom” – “atum” 2) Em "polens", o “en” é dígrafo vocálico nasal ou encontro vocálico fonético? Obs.: Todas as paroxítonas terminadas em ditongo recebem acento. E em "pólen", o “en” é encontro vocálico fonético? 3) Quais os encontros vocálicos de “radiouvinte?” 4) Em "quando", há ditongo (“uã”) e dígrafo vocálico nasal (“an”) ao mesmo tempo? 5) Em "expressar", “xp” é encontro consonantal? 6) Em "plausível", quantos encontros vocálicos fonéticos existem? (“au”, “el”) 7) Em "prefixo", quantos encontros consonantais fonéticos existem? (“pr”, “x”)
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