Adquiri recentemente um livro com questões de concursos públicos realizados aqui no Brasil, e o gabarito de uma delas me deixou em dúvida:
«A alternativa que apresenta uma palavra do texto com separação de sílabas incorreta é:
a) pro-pri-e-tá-rios
b) es-pe-ci-a-li-da-de
c) vê-nia
d) con-se-qüên-cia
e) ce-re-bra-is»
O gabarito indica como resposta a letra "e". Mas não estaria incorreta a letra "b"? Afinal, a sílaba tônica em "especialidade" é "da", e portanto "ia" classifica-se como ditongo, diferente da palavra que lhe dá origem, "especial", e na divisão silábica não se separam ditongos.
E já vi em alguns livros alguns autores afirmando ser correta a divisão de ditongos crescentes finais, como em "sé-ri-e" ou "má-go-a", embora não aconselhado no português contemporâneo; o que não ocorre em "cerebrais", visto que o ditongo final da referida palavra é decrescente.
Está realmente certo o gabarito do livro?
Gostaria de saber por que razão a palavra «álbum» tem acento, e «nuvem» não tem, apesar de serem ambas graves e terminarem em «m».
Obrigada.
Morfologicamente, podemos dizer que, em termos de regra geral, os verbos em português recebem acento na vogal temática, na última vogal do radical ou na vogal morfemática?
Gostaria de saber o motivo pelo qual as consoantes do alfabeto português são consoantes.
Não foi hoje que descobri esta utilíssima página que sempre me ajudou, mas sim é esta a primeira vez que coloco uma dúvida de "estudiosa estrangeira" do português:
Poderia aceitar-se, ou melhor, algum linguista aceita a pronúncia do "u" como mudo em "tranquilizar"?
Obrigadíssima pelo vosso contributo.
Queria saber a razão de a palavra "indústria" ser acentuada, e "industrial" não.
Como é que se chama, em português, a principal língua do Afeganistão?
Costumo ver grafado em inglês «Pashto» ou «Pushtu». Segundo um americano que eu conheci, e que viveu um ano no Afeganistão, pronuncia-se na língua própria o que em português corresponderia a «pâ-chtô» (acentuado na última sílaba).
Em primeiro lugar, desde já agradeço a resposta […].
Quanto à explicação que me foi dada, embora eu seja um ignorante nessa matéria, ela
levanta-me dúvidas. Se o segundo "i" passou a "e" na fala por dissimilação e se manteve imutável na escrita, então porque é que vemos escrito "príncepe" e não "principe" em livros mais antigos, com cerca de cem anos ou até menos? Veja-se, por exemplo, o frontispício de qualquer volume da "Monarquia Lusitana". Mais explícito que isso é difícil. Não teria sido antes pelo contrário? Quanto à palavra "princesa", pode ter origem em francês, mas eu acho que seria mais lógico provir do latim, até porque é mais parecido com a forma portuguesa, mas isto já sou só eu a dar palpites, provavelmente errados.
Havia um senhor que colocou há tempos uma questão acerca do uso de "vós" e de "vocês" e foi-lhe dito que ambas as formas eram correctas embora a segunda estivesse hoje mais vulgarizada. Eu não concordo e parece-me que qualquer pessoa que tenha alguns conhecimentos de gramática facilmente verificará que o uso de "vós" é o modo correcto porque o emprego de "você" e "vocês" constitui em si mesmo uma incoerência pelo facto de no singular se usar de modo formal e no plural de modo informal, isto sem falar no facto do uso de "vocês" implicar uma tremenda confusão de tempos e modos verbais.
Assim sendo, gostaria que me forre explicado, se possível, qual a origem deste emprego e porque é que se diz que é tão correcto quanto o de "vós", embora eu não concorde. […]
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações