Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Etimologia
Ana Paula Servidora pública São Paulo , Brasil 7K

Gostaria de saber se meu sobrenome «De Moura Telles» é composto e quando / onde se originou.

Obrigada.

Joana Branco Professora Lisboa, Portugal 2K

Há a possibilidade de, na evolução de totu- para todo, aceitar a dissimilação como hipótese de processo fonológico? Ou apenas a sonorização é válida?

Obrigada.

Erika Andreza Estudante Brasil 1K

Qual é a palavra dentro da língua portuguesa que representa o termo inglês eggcorn?

Parece que às vezes eles usam a palavra oronyms no lugar, mas oronyms em português é outra coisa.

Um exemplo deles para explicar esse fenômeno:

ex. 1: It seemed to happen all over sudden. (errado) ex. 2: It seemed to happen all of a sudden. (correto) [= «parece ter acontecido de repente»]

Um da nossa língua:

ex. 1: «Batatinha quando nasce esparrama pelo chão.» (errado) ex. 2: «Batatinha quando nasce espalha a rama pelo chão.» (correto)

Antonio Cabral Reformado São Brás de Alportel, Portugal 1K

Não encontro o significado de excramelgado.

Nos dicionários em linha InfopédiaPriberam, assim como no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, no Grande Dicionário de Cândido Figueiredo, no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e no Novo Aurélio Século XXI, não consta o termo em questão, e inacreditavelmente digitei a palavra excramelgado no Google, e a resposta foi termo desconhecido.

A seguir segue passo abonatório contendo a palavra em causa, na obra de José Dias Sancho, Deus Pan:

«Lavrador farto (só pra lavoira três parelhas), o excramelgado ajuntara uns vinténs com a corcha do Alentejo e, metendo em conta umas courelas que a mulher herdou para as bandas da Barracha, bem se podia garantir que era a sua uma das casas, mais aquelas da freguesia. O Manuel Tomé! Valha-o Deus… Não conheci eu outra coisa! Bastas vezes tive jeito de lhe falar e sempre com prazer lhe apertei a mão calosa dos amanhos.» “Manuel Tomé”, in Deus Pan e Outros Contos, p. 49.

Muito obrigado.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 36K

Podemos considerar a forma fadigado já como um arcaísmo, dada a prevalência do uso de fatigado?

Aliás, qual dos termos é mais antigo: fadiga ou fatiga?

Obrigado.

Luisa Barreiro Professora Lisboa, Portugal 2K

Gostaria de saber qual/quais (o) processo(s) fonológico(s) que se verificaram na evolução do latim REGNU- para reino.

Tenho dúvidas sobre se terá havido apenas uma vocalização do g ou, pelo contrário, uma síncope do g e uma ditongação do e por influência de rei.

Agradecia muito que me esclarecessem.

Maria de Fátima Ferreira Rolão Candeias Professora aposentada Maia, Portugal 1K

Relendo a Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires (1925-1998), encontrei na página 41 da 2.ª ed., a seguinte frase:

«Silêncio à volta perpassado de mil ruídos (...) o garolar duma cabra, (...).»

Nos meus dicionários, "garolar" não aparece.

Gostava de saber se foi termo inventado pelo autor, se é gralha, ou se o defeito é dos meus dicionários.

Obrigada.

Virginia Andrade Professora Lisboa, Portugal 2K

Gostaria de saber qual a forma correta: «no Algueirão» ou «em Algueirão»?

Cistiano Moreira da Silva Professor Lambari, Brasil 2K

A palavra mamãe é formada por algum processo de formação? Se sim, qual, por favor?

Agradeço!

Rui A. Ferreira Técnico Superior Lisboa, Portugal 2K

Li com curiosidade os esclarecimentos dados por José Mário Costa, no tocante ao termo inglês jeans e à sua incorporação na nossa linguagem comum. Mas resta-me uma (ciber)dúvida: feito este inevitável aportuguesamento de uma palavra destituída de género, na sua origem, como classificá-la, agora?

Substantivo masculino (como é corrente), ou feminino (como o género de roupa – «as calças» – a que pertence)?

As raízes francesas da palavra jeans são bastante plausíveis, tendo em conta a provável derivação do nome da cidade italiana de Génova, muito associada ao fabrico dos tecidos usados nesta roupa; derivação esta que tem a sua origem na designação francesa para a mesma cidade – Gênes.  Chegados assim a jeans, por corruptela de tradução, percebe-se que os franceses atribuam o género masculino à palavra, uma vez que ela se situa no grupo, também masculino, denominado pantalons.  Mas será esta influência razão suficiente para legitimar a atribuição do mesmo género à roupa que, entre nós, se insere no universo (feminino) das “calças”?

Eis a questão.

Cordial e reconhecidamente.