Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Grace Montenegro Enfermeira Porto, Portugal 326

Quando queremos referir uma diferença num fuso horário, qual é a forma mais correta de o escrever?

(1) «Aqui, são seis horas menos que no Porto.»

ou:

(2) «Aqui são menos seis horas do que no Porto.»

(3) «Aqui são menos seis horas que no Porto.»

A minha dúvida eterna: que/ do que, existência ou não da vírgula, correta posição do advérbio menos.

Obrigada!

Luís Maria Vicente Estudante Lisboa, Portugal 258

Seria possível que me esclarecessem acerca da função sintática do constituinte «satírica» na frase «opostamente às Cantigas de Amigo e de Amor, as de Escárnio e de Maldizer envolvem a temática satírica»?

Obrigado.

Carla Cavaco Professora Costa de Caparica, Portugal 474

Na frase «Ao ouvirmos as histórias sobre Pessoa, é como se o conhecêssemos verdadeiramente:», o segmento «como se o conhecêssemos» é uma oração subordinada adverbial comparativa?

Quando a escrevi para colocar num exercício, assumi que era de facto uma adverbial comparativa. Porém, tendo em conta que as orações adverbiais têm função de modificador e o segmento parece desempenhar a função de predicativo do sujeito (ou não?), fiquei com dúvidas e considerei tratar-se de uma oração substantiva relativa. Será que podem ajudar-me a esclarecer?

Agradeço a ajuda.

Geobson Freitas Silveira Funcionário público Bela Cruz, Brasil 396

Seria correto classificar o vocábulo que no contexto abaixo como advérbio de exclusão equivalendo a , somente?

«Não estuda outra coisa que geografia.»

Guilherme Oliveira Professor Igarapava, Brasil 346

Nos versos a seguir:

«Dois amigos numa aldeia
Viviam; – um a cantar;
O segundo, volta e meia,
Descontente, a suspirar.»

poderia comentar sobre o uso do infinitivo com a preposição a? Seriam classificadas como orações subordinadas? De que tipo? Teriam o mesmo valor do gerúndio cantando e suspirando?

João Estêvão Estudante Brasil 570

Li, na Gramática de Napoleão M. Almeida, que o pronome se só pode indicar impessoalidade quando acompanha um verbo intransitivo, transitivo indireto, ou um transitivo direto cujo complemento é preposicionado (e.g.: Louva-se aos juízes).

Ele diz que, não preposicionando os objetos nos verbos trans. diretos, «elas [as palavras que têm essa função] forçosamente passariam a funcionar como sujeitos [i.e. a construção passaria a ser passiva]», e que construções como «Louva-se os juízes», onde o objeto não é preposicionado, seriam galicistas, por atribuírem ao pronome se a função reta.

Qual é o motivo do pronome se não poder indicar impessoalidade com os verbos transitivos diretos sem que o objeto destes seja preposicionado? E por que na construção «Passeia-se bem do Rio de Janeiro» o se não seria sujeito, ao passo que em «Louva-se os juízes» erroneamente se lhe atribuiria a função reta?

Obrigado.

Maria Bolton Professora Londres, Reino Unido 612

«Às vezes, o verão pode ser demasiado quente, e "às outras vezes" pode chover demais»

«Às outras" não me parece correto. Não seria melhor " noutras vezes", "outras vezes", "outras?

Muito grata!

Diogo Maria Pessoa Jorge Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 602

Deve escrever-se «Tive permissão de aí entrar» ou «Tive permissão para aí entrar»?

Suponho que, sendo possível escrever das duas formas, dependerá do contexto – e, se assim for, peço o favor de me esclarecerem quando devo usar de e quando devo usar para.

Obrigado.

Grace Montenegro Enfermeira Porto, Portugal 394

No sentido de abrir caminho, ouvi algumas vezes a expressão «abrir alas». No entanto, não sei se será muito correto. Se o for, rege-se por alguma preposição?

Ou seja, na frase: «A temperatura estival parecia abrir alas para a multidão de pessoas que se aglomerou no Palácio de Cristal.»

Desconheço se faz ou não sentido, contudo, poderia substituir-se por: «A temperatura estival parecia abrir alas à multidão de pessoas que se aglomerou no Palácio de Cristal.»

Uma vez mais, quero reiterar os meus genuínos parabéns a toda a equipa que nos ajuda a aperfeiçoar este tão belo idioma de Camões.

Jaroslav Dobias Professor Bratislava, Eslováquia 477

Sei que o conjuntivo é usado com verbos de opinião na forma negativa, como «não acho que...». Mas também é possível usá-lo em perguntas?

Por exemplo, «Achas que ele fale português»?

Também gostaria de saber se é usado quando nos referimos ao passado. Por exemplo, «Achas que ele fosse a casa?», em vez de «Achas que ele foi a casa?».

Ou depende do grau da incerteza?

Muito obrigado.