Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
José Saraiva Leão Estudante Ciudad del Este, Paraguai 262

Como se deve dizer «por descargo da sua consciência» ou por «descargo de sua consciência»?

Grato do vosso trabalho!

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo) , Brasil 632

Navegando pelas versões em inglês da Wikipédia e Wikcionário, encontrei algo sobre a «quarta pessoa gramatical».:

Minha dúvida é: esse conceito, ele poderá ser aplicável em português? Poderemos assumir a existência do termo «quarta pessoa gramatical» em nosso idioma?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!

José Saraiva Leão Estudante Ciudad del Este, Paraguai 426

É correto dizer «coisa na qual me lembro de que pensava»?

E é errado «coisa em que me lembro de que pensava»? Trata-se de um erro sintático ou eufónico?

E quanto a «coisa na qual me lembro que pensava?» É correta?

Muitíssimo obrigado.

Dina Moura Professora Emmenbrücke - Luzern, Suíça 494

Antes de mais, muito obrigada pela utilidade gigantesca desta página.

Uma vez que a palavra frio pode funcionar como adjetivo e nome, estou com dúvidas na construção desta frase comparativa:

Hoje está tanto/ tão frio como ontem.

Deve usar-se tão ou tanto? E será preferível utilizar quanto em vez de como?

Muito obrigada.

Eduardo Rodrigues Professor do ensino secundário Lisboa , Portugal 421

«Por mais bondoso que seja, ele não dá a camisa» pode-se dizer também assim «por mais bondoso, não dá a camisa»?

O site da Inteligência Artificial da Google (Gemini) diz que se pode "informalmente" e aparece na literatura. Que exemplos ?

Obrigado

Grace Montenegro Enfermeira Porto, Portugal 573

Votos de bom trabalho para toda a equipa do Ciberdúvidas, que tanto nos ajudam!

Tenho uma dúvida quanto ao verbo sair. Procurei se o mesmo se rege por alguma preposição, porém, não encontrei.

Na frase:

«Ao chegar a Campanhã, Carla pegou na maleta e saiu ao exterior /ao cais.» (referindo-se a uma passageira de um comboio).

O uso desta contração a+o está correto? Ou deveria ter-se empregado a preposição para?

«Ao chegar a Campanhã, Carla pegou na maleta e saiu para o exterior/ para o cais.»

Para mim, que não sou portuguesa nativa, muitas normas gramaticais deste tão bonito idioma geram-me imensas dúvidas.

Agradeço a vossa resposta.

Miguel Campos Funcionário Público Porto, Portugal 1K

Venho por este meio tirar uma dúvida quanto à forma correta de escrever o verbo "dar" numa frase escrita que encontrei:

«Se tiveres que dar os passos certos, DÁ-OS convictamente.»

Nesta frase, "DÁ-OS" está bem escrito ou deveria ser "DÁ-LOS"?

Agradeço desde já, o vosso esclarecimento a esta questão com a respetiva explicação para o uso correto do verbo dar nesta frase!

Aléxi Dinn Professor Moscovo, Rússia 403

Aproveito essa oportunidade para agradecer a toda a equipa do Ciberdúvidas o trabalho que têm desenvolvido incessantemente ao longo dos anos. A plataforma tornou-se um recurso mais que valioso para muitos seguidores da lusofonia e, sobretudo, permitam-me aqui uma nota, um meio de preservação e pesquisa de particularidades que destacam precisamente o português de Portugal, bastante e imerecidamente preterido hoje em dia em materiais didáticos estrangeiros e pela Internet fora.

Ao assunto.

1. Apareceu-me uma frase:

«[O sobrinho]… respondeu-me com o braço por cima dos meus ombros, cresceu quase meio metro a mais do que eu e tem gosto em sentir que nos protege (...)» (P., 18/08/24, por B.W.).

Embora eu tenha visto tal uso diversas vezes em edições precolendas portuguesas (Público, etc.), ouvido estar em plena circulação no português do Brasil e tenha sido o fenómeno registado em:

1. Dicionário Priberam

e 2. Infopedia – nos exemplos não verificados pelos editores e na descrição do verbete, sempre me deixa em dúvida a "convivência" das duas expressões, a meu ver, distintas: «qualquer coisa mais (do) que qualquer coisa» e «qualquer coisa a mais».

Na maioria esmagadora dos resultados que obtive ao pesquisar, a preposição a surgia na formação «a mais do que qualquer coisa», enquanto a regência verbal («... corresponde a mais do que metade...») ou nominal («referência/algo referente a mais do que...»), e não como parte da locução comparativa única. Ou, se ocorria «a mais», era seguida de um ponto final: «tantas vezes a mais»; «uns anos a mais»; «ficou com moedas a mais», etc. O mesmo acontecia a «a menos».

Se bem que isto não pareça apresentar uma agramaticalidade, se tanto, será que se precisa de a em «a mais do que» do exemplo exposto?

Em tese, podia (ou devia?) ser algo como: «...cresceu mais alto (do) que eu, ficou com meio metro a mais [ponto final]»?

Haverá cambiantes de acepção ou estilo tanto no contexto do português de Portugal como no âmbito brasileiro?

 Obrigado.

Guilherme Rodrigues Estudante Vitória, Brasil 1K

Fiquei com dúvida na seguinte estrofe constante de um soneto de Camões:

«Eu cantarei de amor tão docemente,
Por huns termos em si tão concertados,
Que dous mil accidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.»

Minha dúvida é: como funciona a concordância do verbo fazer na frase? Por que Camões utilizou o verbo no singular?

Obrigado!

Tiago Almeida Desempregado Porto, Portugal 531

No artigo "Modificadores de frase: grupos sintáticos e orações", não estou a perceber a diferença dos dois últimos exemplos, os quais passo a transcrever:

«(20) «Talvez os compradores estivessem certos.» – modificador de frase

(21) «Nunca tanta pressa vi.» – modificador de grupo verbal»

Talvez não seria também, tal como nunca, um modificador de grupo verbal, dado que também não é demarcado por uma vírgula?

Muito obrigado!