Diz o prof. Napoleão M. de Almeida, no §402, B de sua Gramática Metódica, o seguinte:
«Os verbos pronominais essenciais muito se aproximam dos verbos intransitivos, uma vez que exprimem ação que não pode passar para um objeto.»
Ora, se ambos os tipos de verbos indicam que a ação fica restrita ao sujeito, que diferença há entre eles, além de um indicar isso mediante pronome oblíquo da mesma pessoa que o sujeito (e.g.: Eu me queixei — Tu te arrependeste — Ele se orgulha), e o outro não indicar isso de modo algum (e.g.: Eu corri — Tu saíste — O pássaro voou)?
Obrigado
Na frase apresentada, perguntava se a mesma é aceitável.
«Os livros fazem perceberMOS a nossa cultura.»
Não se deveria ter optado pelo infinitivo impessoal («fazem perceber...»)?
Aproveito ainda para perguntar se a reformulação não poderia ficar nestes termos: «Os livros fazem-NOS PERCEBER a nossa cultura»?
Obrigado.
Queria pedir, por favor, uma resposta mais detalhada sobre a preferência por «ir-se embora» em detrimento de «ir embora». Há contextos em que o se me parece necessário, outros em que me soa desnecessário, mas não tenho uma justificação científica para tal.
Por exemplo: na frase «Depois ele foi embora», parece-me faltar o se. Falta? Porquê?
Muito obrigado.
Escreve-se «Na soleira da porta» ou «À soleira da porta»?
O contexto é o de uma pessoa que está nesse sítio, mas sinceramente soa-me muito melhor «à soleira».
Obrigado.
«Ler é fundamental NA evolução das pessoas. Ajuda-nos a compreender o mundo e EVOLUIR os nossos saberes.»
Relativamente a estas frases, a palavra fundamental pode reger e preposição em?
Por outro lado, para que a segunda frase tenha sentido, o verbo evoluir não deverá ser auxiliado, por exemplo, pelo verbo fazer?
«Ajuda-nos a compreender o mundo e a FAZER EVOLUIR os nossos saberes.»
Obrigado
Nas frases «O clube concede este diploma a fulano em reconhecimento à sua representação na personagem – Chico – no drama...» ou «O clube concede este diploma a fulano em reconhecimento pela sua representação da personagem – Chico – no drama...», devo escrever «reconhecimento à sua representação... » ou «reconhecimento pela sua representação...»? Ambas as construções estão corretas?
Obrigado antecipadamente pelo esclarecimento.
Qual a função sintática da expressão «do mundo» em «Dando os corpos (...) a perigos incógnitos do mundo»? Modificador restritivo do nome?
Grata!
Nos versos «Por isso vós, ó Rei, que por divino / Conselho estais no régio sólio posto» [est. 146, canto X, Os Lusíadas], o vocábulo divino desempenha a função sintática de complemento do nome?
Na frase «...e assim ardeu até ao fim.», o verbo «ardeu» é transitivo indireto (considerando que «até ao fim» é complemento oblíquo) ou é verbo intransitivo?
Obrigada.
Gostaria de saber se as expressões «antes de» e «depois de» são proclitores vinculativos ou opcionais.
Prende-se esta questão com o facto de ter alguns documentos de trabalho (do tempo da faculdade) que apontam para que haja opção, conforme o estilo. As frases que tenho nesse documento são:
«Antes de casarem-se, visitaram Vigo. Depois de casarem-se, foram a Roma.»
A par de:
«Antes de se casarem, visitaram Vigo. Depois de se casarem, foram a Roma.»
O texto resultava de uma investigação da professora de Sintaxe e Semântica do Português, mas, de facto, cada vez mais surgem alunos a usar a ênclise nestas situações.
Será gramatical a ênclise depois dessas locuções temporais?
Agradeço esse esclarecimento.
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