Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Grace Montenegro Enfermeira Porto, Portugal 691

Gostaria de saber se os verbos adiar e agradecer se regem por alguma preposição. Consultei várias fontes e não consegui encontrar. Desta forma, deve dizer-se:

(I) Não faças ainda o relatório. Acho que o podes adiar uma hora.

ou:

(II) Não faças ainda o relatório. Acho que o podes adiar por uma hora.

Quanto ao verbo agradecer:

(III) Com amabilidade, o empregado de mesas levou-lhe a fatura e agradeceu-lhe a generosa gratificação.

ou:

(IV) Com amabilidade, o empregado de mesas levou-lhe a fatura e agradeceu-lhe pela generosa gratificação.

Obrigada!

Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz, Brasil 472

Seria correto dizer que, no contexto abaixo, o verbo fazer é classificado como verbo de ligação?

«O uso da crase se faz necessário na locução à noite.»

Diogo Maria Pessoa Jorge Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 494

«Do que depender de mim, ninguém ficará a saber nada» ou «Do que depender de mim, ninguém ficará a saber de nada»?

Isto no sentido de a pessoa prometer que vai guardar segredo.

Obrigado.

Ramiro Veronese Engenheiro mecânico Porto Alegre, Brasil 452

Consideremos os seguintes exemplos:

«Bebi dois fardos de refrigerante.»

«Cortei três quilos de lenha.»

«Comprei dois litros de água.»

Nestes três casos, fardos, quilos e litros parecem todos serem substantivos que não possuem existência independente (litros de quê?), portanto, seriam substantivos abstratos. Diria mesmo que não possuem sentido independente. Parece-me intuitivo, portanto, que «de leite», «de lenha» e «de água» sejam complementos nominais, respectivamente, dos três substantivos citados, pois além de completarem os sentidos dos mesmos, possuem eles mesmos sentido passivo .

Entretanto tradicionalmente são considerados substantivos abstratos aqueles que representam qualidade, estado, ação, conceito ou sentimento; não é mencionada quantidade ou ordem de grandeza nessa definição.

Minha dúvida é se se substantivos desse tipo são de fato abstratos, ou se são concretos. Nesse último caso, «de leite», «de lenha e «de água» seriam adjuntos adnominais, o que me soa "insuficiente", pois aí seriam termos acessórios; os substantivos citados parecem requerer obrigatoriamente um complemento.

Muito obrigado desde já!

Madalena Mateus Ferreira Professora Odivelas, Portugal 452

Na frase «Mensagem teve as suas provas revistas pelo próprio autor, mesmo após o livro ter sido posto à venda», o segmento «mesmo após ter sido posto à venda» pode considerar-se uma oração subordinada adverbial concessiva?

Sara Calisto Docente Lisboa, Portugal 482

Na frase «[...] homem magro, pálido, com aspeto de quem não vai ter muita vida para viver», que função sintática desempenha «de quem não vai ter muita vida para viver»?

Complemento do nome?

Por que razão «aspeto» pede complemento?

Em que categoria de nome se integra para o pedir?

Grata.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 317

Pergunto-vos se o verbo suplicar admite esta ocorrência:

«Ele suplica QUE queria ver a pessoa DE QUEM ele estaria gostando.»

Aproveito, ainda, para se a expressão «de quem» está correta.

Obrigado.

José Rosario Estudante Cascais, Portugal 369

Gostaria que me ajudassem na identificação de uma função sintática.

Na frase «Estes textos chegam a milhares de olhos.», qual a função sintática do segmento «a milhares de olhos»?

Grata pelo vosso apoio.

Dora Silva Professora Horta, Portugal 306

Gostaria de saber qual a função sintática da palavra financeira na seguinte frase:

«D. Fernando (...) teria recebido dele um país em excelente condição financeira.»

A dúvida é se se trata de um modificador restritivo do nome ou de um complemento do nome.

Muito obrigada.

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 425

Priberam diz-nos que bacanal só pode ser do género feminino.

Infopédia diz-nos que é de dois géneros mas que, no sentido de «festa licenciosa», só pode ser masculino.

Para baralhar ainda mais, o Dicionário da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa diz que o termo é de dois géneros mas que, no sentido de «festa religiosa», só pode ser feminino.

Em que ficamos? E porquê?