A questão foi levantada no ano 2000, por outro consulente, mas ciente das variações da língua ao longo do tempo, pergunto, novamente, se: haverá alguma diferença de sentido entre ex-ministro e «antigo ministro»?
Ao responder à consulta, argumentava-se que a tendência actual é de empregar o elemento ex- seguido do substantivo, de preferência ao uso do adjectivo antigo. Contudo, faltará dilucidar se esta tendência tem respaldo de alguma justificação semântica mais substantiva. E, se, entretanto, a tendência se terá invertido.
O consulente segue a norma ortográfica de 1945.
Na frase «Os Estados Unidos têm a vantagem de estar(em) abertos ao mundo», devemos escrever o verbo flexionado ou no infinitivo?
Obrigado.
A estrutura «afigura-se pertinente/imperativo/...» está correta?
Ex: «Neste âmbito, afigura-se pertinente mencionar que a hipálage revela o espaço psicológico de Batola.»
Agradecido.
Gostaria de tirar uma dúvida: «subir à Torre Eiffel» ou «subir a Torre Eiffel» – qual é a forma correcta? Ou são as duas?
Muito obrigada.
Tenho problemas em explicar a falantes não nativos o uso de «ao fim»/«em fim»/«no fim (final) de», quais a principais diferenças entre eles e como usar uns e não outros.
Por exemplo:
«Em fim de tanto esforço, nada conseguimos.»/«Ao final de tanto esforço, nada conseguimos.»
«Em fim de jogo, já é difícil marcar golos./No fim de/o jogo, já é difícil marcar golos.»/«No final do jogo, já é difícil marcar golos./Ao final de jogo, já é difícil marcar golos.»
«O cão já estava ao/no final da vida.»
«Chego sempre muito cansada em fim de dia.»/ «Chego sempre muito cansada no fim do dia.»/«Chego sempre muito cansada ao fim do dia.»/«Chego sempre muito cansada no final do dia.»/«Chego sempre muito cansada ao final do dia.»
Alguns colegas brasileiros usam indiscriminadamente e dizem-me que são totalmente iguais, mas alguns exemplos parecem soar mal.
Qual é a explicação?
Obrigada pela ajuda!
Gostaria de pedir a vossa ajuda quanto ao seguinte: atualmente, há vários documentos oficiais e académicos que usam abundantemente o adjetivo "criterial", de modo a poder distinguir, por exemplo, uma avaliação criterial (baseada em critérios) de uma avaliação normativa.
Não encontrei referência a esta palavra em dicionários como o da Porto Editora (infopedia) ou o Vocabulário Ortográfico do Português. Há algum dicionário que a defina ou o seu uso é incorreto?
Grata pela atenção.
Nem associa-se em geral ao significado «e não», como no exemplo «Não tenho peras nem maçãs».
No entanto, como se justifica o uso de nem na seguinte frase: «Viajar é bom, mas nem todos temos dinheiro para isso»?
Em Auto de Filodemo, de Luís de Camões, há uma passagem coloquial assim:
«Dionísa: Cuja será? Solina: Não sei certo cuja é.»
Em linguagem hodierna, seria mais comum ouvir/ler «de quem será?», «não sei certo de quem é».
Esse uso de cujo lembra-me o uso de cujus no latim:
Cujus filius Marcus est? («De quem Marcos é filho?»)
Em seu livro, Tradições Clássicas da Língua Portuguesa, o Padre Pedro Andrião diz ser possível tal uso e dá-nos uma lista grande de exemplos nos autores clássicos, desde Camões, Sá de Miranda, a Garrett, Camilo etc.
Pois então, vos pergunto, que recomendam? É lícito o uso?
Na expressão cada um, qual a classificação de um?
Na frase «durante a primavera inteira aprendo os trevos», a forma verbal aprendo e o advérbio durante contribuem para a configuração de uma situação.
A minha dúvida é qual o valor aspectual? Será habitual ou iterativa?
Obrigado.
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