Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Catarina Almeida Enfermeira Portugal 3K

Gostaria de saber o significado do provérbio «tenho uma gaveta, não sei que lhe faça nem sei que lhe meta».

Gostaria também de questionar se existem mais provérbios relacionados com o termo gaveta.

Obrigada.

Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz, Brasil 3K

Tenho percebido que o uso do vocábulo se assemelha a valores semânticos umas vezes próximos de adversativos, outras vezes talvez a condicionais como nos exemplos abaixo :

«Divirta-se bastante nestas festas juninas, faça de tudo, só não solte balão.» (não estaria exercendo o papel da conjunção mas ou então da conjunção condicional contanto que?)

«Todos quiseram o lanche. Só você [é] que não.» (não estaria neste caso exercendo o papel da preposição exceto?)

«Foi só terminar a aula, que o garoto começou a brigar com os colegas.» (não estaria neste caso exercendo o papel de uma conjunção temporal?)

Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz, Brasil 7K

Confesso que já procurei em algumas gramáticas referências sobre um possível uso da locução "uma vez que' como temporal mas sem sucesso.

Assim peço a vocês esclarecimento sobre o fato até porque é algo muito comum, corriqueiro de se ouvir ou mesmo ver construções do tipo:

1) Uma vez que chega o inverno, ele se retrai no interior de sua casa.

2) Uma vez que tomares este remédio, sentirás um intenso alívio.

3) Uma vez que a tocar, comece a dançar.

De fato, a norma culta alberga tais construções? Algum gramático faz referência? Algum dicionário ?

Desde já, bastante grato.

Florentino Santos Serranheira Professor Lisboa, Portugal 2K

Recentemente fui informado que a palavra reconceção e reconceber não se encontram dicionarizadas.

Ora, trata-se, no essencial, de «tornar a conceber». Há alguma razão para que este prefixo não possa ser utilizado, tornando a palavra como portuguesa?

Há muitos exemplos de palavras em que a (possível) utilização do prefixo não se encontra nos dicionários, todavia há palavras constituídas com o re que estão presentes, como por exemplo, o verbo rever («tornar a ver»), reconhecer («voltar a conhecer»).

Agradeço a atenção.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 3K

Considere-se a frase:

«É chegada a hora da partida.»

Qual a voz verbal desta oração? É possível existir voz passiva com verbo de ligação e intransitivo?

Obrigado

Vera Helena Alves Vieira Professora São Paulo, Brasil 2K

Atendendo às duas seguintes frases «O que você faz nos fins de semana?» e «Que tipo de coisa você faz nos fins de semana?», qual é explicação gramatical para na segunda frase o o ser omitido?

Obrigada, desde já, pela resposta.

Cristiano Honório . Portugal 2K

Gostaria de pedir mais informação relativamente ao excerto (que transcrevo) da seguinte resposta:

«A consulente apresenta também um conjunto de frases que incluem a estrutura «por mais que», que se pode considerar entre as introdutoras de orações concessivas. Neste caso particular, são apresentados dois tipos de concessivas: as factuais, como em (19) ou (29) , que apresentam o imperfeito ou o pretérito perfeito do conjuntivo na subordinada e o pretérito perfeito na subordinante: (19) "Por maiores que fossem os problemas, ele não desistiu." (20) "Por maiores que tenham sido os problemas, ele não desistiu". Já a frase que apresenta o mais-que-perfeito do conjuntivo é incorreta, porque o recurso ao mais-que-perfeito do conjuntivo na subordinada aponta para um valor contrafactual que exigiria o uso do mais-que-perfeito composto do indicativo ou o condicional na subordinante: (21) "*Por maiores que tivessem sido os problemas, ele não desistiu."»

Gostaria de saber a que se deve o valor contrafactual de «Por maiores que tivessem sido os problemas». Surge-me esta dúvida porque, segundo percebo, o mais-que-perfeito do conjuntivo pode ser usado em concessivas factuais.

Ex: Embora o tivesse visto, não o cumprimentou.

e a estrutura «por maiores que» também, tal como o demonstra a frase (20) da transcrição.

Sendo assim, é esta combinação concreta da estrutura «Por mais que»' com o mais-que-perfeito do conjuntivo que cria o valor contrafactual?

Poderiam indicar-me, por favor, outras estruturas que, juntamente com o mais-que-perfeito composto, criam este valor contrafactual?

Por outro lado, o imperfeito do conjuntivo admitiria, também, uma leitura contrafactual, caso se usasse o condicional ou o imperfeito do indicativo na subordinante?

Ex: Por maiores que fossem os problemas, ele não desistiria/desistia.

É possível afirmar-se que o imperfeito do conjuntivo tem, em geral, valor contrafactual nos mesmos casos em que o mais-que-perfeito do conjuntivo o tem?

Muito obrigado pelo serviço que o Ciberdúvidas presta, ao qual recorro frequentemente.

Bernardo Monteiro Estudante Porto, Portugal 2K

O segmento «agora estão ariscas, escapam-se por entre as mãos» veicula um valor iterativo ou habitual? Porquê?

Neste âmbito, surgiu-me outra questão. Li que os valores iterativo e habitual se podem conjugar. Podem-me explicar quando tal situação acontece?

Obrigado pelo vosso apoio!

Romana Vidal Produtora Gráfica de Comunicação Oeiras, Portugal 1K

Trabalho na area de design e comunicação, e estamos a desenvolver um projecto que vai endereçar a literacia de seguros/planos de saúde com o objectivo de descomplicar conceitos e termos. A nossa ideia é definir essa linguagem como “segurês”, e gostaríamos de saber se existem direitos de autor ou se poderia haver alguma implicação de futuro. 

 

Questão escrita de acordo com a norma ortográfica de 1945.

Malgorzata S. Professora Warszawa, Polska 3K

Gostava de conhecer a etimologia da expressão «tens cada uma».

Poderiam explicar-me, por favor, qual é a origem dela e os possíveis usos? Muito obrigada.