[...] Gostaria de saber o que é mais correto: se escrever-se conforme se diz, ou não usar a contração/apóstrofe no caso que a seguir descrevo.
É só correto escrever «em declarações a O Alcoa» (o nome do nosso jornal tem o determinante, assim como O Jogo, A Bola), ou se pode-se refletir a oralidade na escrita e escrever "em declarações a'O Alcoa?
Muito grata!
O Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa «determina legalmente a ortografia da língua portuguesa», e é igualmente o «recurso oficial de referência para a escrita do português». Da mesma forma, o seu Vocabulário Toponímico tem também essas funções. A minha questão é se a grafia dos topónimos estrangeiros incluídos no referido Vocabulário Toponímico se torna assim obrigatória e exclusiva, não permitindo grafias alternativas, mesmo quando estas estão consagradas pelo uso. O caso mais atual é o termo Listenstaine, em contraposição com "Lichtenstein".
O ponto utilizado na abreviatura de uma palavra é dispensado quando a palavra abreviada termina uma frase, servindo o ponto final da frase para abreviar essa mesma palavra. Em resposta a pergunta anterior, ficou claro que o mesmo não se passa se a frase terminar com um outro sinal de pontuação diferente. No entanto, é comum ver-se o uso da abreviatura de "observações" normalmente seguida de dois pontos, sem o ponto da abreviatura da palavra [Obs:]. Isto é aceitável?
Gostaria de saber se há algum documento que comente que a manutenção do h em Bahia foi uma reivindicação dos baianos, conforme o escrito [na resposta "Bahia e baía: porquê?].
É certo e sabido, a partir das vossas respostas, que se escreve «Península Ibérica», com maiúsculas iniciais. E «Península Itálica», também? É que seria estranhíssimo lermos num mesmo parágrafo, como acabo de ler, «Península Ibérica» e «península itálica»...
Obrigado, desde já.
Estou a fazer uma investigação sobre um fruto exótico originário da América tropical e subtropical. A minha dúvida é se em português o correto é utilizar "pitaia" ou "pitaya".
Obrigada.
Gostaria de saber como os símbolos de €, £, e $ devem ser escritos – antes ou depois do número – na linguagem padrão da língua portuguesa. Por vezes, percebo que o euro se encontra à direita do valor, como em «30 €». Como não me refiro às outras moedas com tanta frequência, surgiu a dúvida de como escrevê-las corretamente. Alguém sabe?
Grata desde já.
No novo acordo ortográfico, deve escrever-se "editor-executivo" ou "editor executivo"? A mesma pergunta faço para "editor-executivo-adjunto". Já vi a vossa resposta relativamente a "diretor-executivo", mas na minha redação surge permanentemente esta dúvida com a grafia dos editores...
Muito obrigada.
Com o novo acordo ortográfico (1990), «América do Norte» e «América do Sul» devem ter norte e sul em caixa alta ou baixa? Não encontro resposta nas referências à grafia de pontos cardeais no novo acordo.
Obrigada!
[...] O símbolo informático «@» é usualmente conhecido com o nome de «arroba» somente em dois países: Portugal e Brasil. No resto do mundo diz-se «at», querendo a preposição de língua inglesa significar, neste caso, que em qualquer endereço de correio electrónico, as letras situadas antes do símbolo «@» designam o nome pelo qual o usuário do email é conhecido (mesmo que não seja o nome próprio); e as letras a seguir ao «@» informam-nos acerca do servidor no qual o email desse usuário está alojado. Assim, a utilização do símbolo informático «@» em contexto de escrita (quer dizer, fora da utilização estrita da finalidade de assinalar o email) é um exemplo extremo da devastação linguística, neste caso do politicamente correcto da «ideologia de género», que utiliza o argumento da neutralidade sexual como pretexto para danificar a língua portuguesa.
A utilização do «@» não deve confundir-se com empréstimo de palavras de outras línguas. Do francês, no passado, e do inglês mais recentemente, particularmente do inglês relativo ao contexto informático («hardware», «software», «mouse» etc.). Docentes universitários, inclusive, intoxicados pela epidemia intelectual e cognitiva da «ideologia de género», já começam a dirigir-se aos alunos escrevendo «tod@s», querendo significar «todos e todas» (pelos vistos, já não chega escreverem «todos/as»). Estamos em presença de um erro desvairado e monstruoso de escrita.
A propósito: alguém sabe como é que se pronuncia «tod@s»? Como reagir face à generalização da utilização linguisticamente errada do símbolo «@» na escrita? Apelar aos linguistas conscientes para que denunciem esta monstruosidade? Apelar para a Academia das Ciências?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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