DÚVIDAS

Tipos de texto, modos literários e géneros de textos
Há três anos que trabalho no departamento da supervisão pedagógica, e uma das minhas funções é apoiar os professores não só no domínio pedagógico como também no da Língua Portuguesa (gramática). Assim, gostaria que me esclarecesse sobre o tema referido, para que eu possa passar uma informação confiável para os meus colegas. Pois, há uma confusão em relação ao tema: tipos de texto; modos literários e géneros de textos. Agradeço antecipadamente.
Sobre a expressão onomatopaica pá-pá-pá
Tenho um colega que documenta a maneira como as pessoas falam em uma vila. Lá, há pessoas que costumam usar «pá pá pá». Elas fazem construções como: «Encontrei fulana no mercado e ela disse que está muito feliz, que seu filho estuda Medicina, que a namorada dele é linda e "pá-pá-pá".» Qual seria a melhor maneira de classificar este tipo de construção? Há alguma figura de linguagem que se enquadre nesse caso?
O uso do primeiro nome (ou só um dos apelidos)
de figuras públicas
Reparei que em algumas situações, de preferência nas manchetes e nos títulos das notícias, os media portugueses se referem ao Presidente da República português usando apenas o seu primeiro nome. Alguns exemplos: «Marcelo aposentado como professor universitário mas recebe apenas salário de Presidente» (Correio da Manhã); «Marcelo anuncia até Setembro de 2020 se concorre a segundo mandato» (Jornal de Negócios): «Marcelo quer ver a economia a crescer mais do que 2%» (RTP). Qual pode ser a origem desse costume? Muito obrigado pelos esclarecimentos.
O regionalismo quantal
Sou natural de Santa Maria da Feira e sempre utilizei a palavra "quantal", que exprime a ideia de «daqui a pouco», mas unicamente em situações hipotéticas, ou para efeitos de exageração, como no exemplo: «Dá de comer ao cão, que quantal o bicho morre-me de fome.» Gostaria de saber se este é uma palavra típica do Norte de Portugal e qual a forma correta de a escrever, no caso de haver uma: talvez se escreva "cantal".
O pretérito perfeito no discurso indireto
Porque é que nesta frase o discurso indireto é feito desta forma? «... a gente começou a conversar sobre a festa e ele disse-me que quando me ouviu a falar ... » Porque «ouviu», e não «ouvira»? Ou «quando te tinha ouvido a falar»? Esta frase causou muita confusão aos alunos, e eu também fiquei um pouco confuso. As regras são claras, mas aqui fugiu um pouco às regras. Muito obrigado
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa