Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Discurso/Texto
Maria João Dias Estudante Porto, Portugal 7K

Gostaria de saber se os advérbios certamente, efetivamente, realmente e decerto pertencem à subclasse dos advérbios de afirmação.

Obrigada.

Ferdinand Le Tout Estudante Rio de Janeiro, Brasil 6K

Tenho um colega que documenta a maneira como as pessoas falam em uma vila. Lá, há pessoas que costumam usar «pá pá pá». Elas fazem construções como:

«Encontrei fulana no mercado e ela disse que está muito feliz, que seu filho estuda Medicina, que a namorada dele é linda e "pá-pá-pá".»

Qual seria a melhor maneira de classificar este tipo de construção? Há alguma figura de linguagem que se enquadre nesse caso?

María Avilés Estudante León, Espanha 5K

«Os países nórdicos voltam a estar no topo das classificações, de acordo com a ONU. Felicidade está relacionada com apoios sociais e governação por parte dos Estados.»

Gostaria de saber porque é omitido o artigo antes de «felicidade» e em que casos é possível fazer o mesmo.

Muito obrigada.

Mateusz Walczuk Tradutor Varsóvia, Polônia 4K

Reparei que em algumas situações, de preferência nas manchetes e nos títulos das notícias, os media portugueses se referem ao Presidente da República português usando apenas o seu primeiro nome. Alguns exemplos: «Marcelo aposentado como professor universitário mas recebe apenas salário de Presidente» (Correio da Manhã); «Marcelo anuncia até Setembro de 2020 se concorre a segundo mandato» (Jornal de Negócios): «Marcelo quer ver a economia a crescer mais do que 2%» (RTP). Qual pode ser a origem desse costume?

Muito obrigado pelos esclarecimentos.

Ana Oliveira Médica Viseu, Portugal 3K

A utilização  expressão «Ouve lá» pode ser entendida pelo interlocutor como desrespeitosa? É-lhe atribuído algum sentido pejorativo?

Grata.

João Pereira Estudante Santa Maria da Feira, Portugal 3K

Sou natural de Santa Maria da Feira e sempre utilizei a palavra "quantal", que exprime a ideia de «daqui a pouco», mas unicamente em situações hipotéticas, ou para efeitos de exageração, como no exemplo: «Dá de comer ao cão, que quantal o bicho morre-me de fome.» Gostaria de saber se este é uma palavra típica do Norte de Portugal e qual a forma correta de a escrever, no caso de haver uma: talvez se escreva "cantal".

Paulo Sérgio Fernandes Silva Professor de língua portuguesa para estrangeiros Frankfurt am Main, Alemanha 4K

Porque é que nesta frase o discurso indireto é feito desta forma?

«... a gente começou a conversar sobre a festa e ele disse-me que quando me ouviu a falar ... »

Porque «ouviu», e não «ouvira»? Ou «quando te tinha ouvido a falar»?

Esta frase causou muita confusão aos alunos, e eu também fiquei um pouco confuso. As regras são claras, mas aqui fugiu um pouco às regras.

Muito obrigado

Manuela Salvador Cunha Professora aposentada Porto, Portugal 2K

Na frase «Se o perceberá a pobre da mãe!» (Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa) que exprime duvida, qual é a classe morfológica do se?

Obrigada pela vossa colaboração.

Antonio Serdoura Reformado Tomiño - Pontevedra, Espanha 17K

Considero a expressão «acho que», utilizada como sinónimo de «penso que» (ou «considero que»), uma mediocridade linguística, infelizmente, muito em voga em Portugal. Será moda de telenovela ou influência daquela coisa denominada «acordo ortográfico de 1990»?

Cordiais saudações.

Rodrigo Monteiro Engenheiro Coimbra, Portugal 9K

Sou frequentemente corrigido desde que decidi – de acordo com o plasmado no livro de português adoptado para o 7.º ano de escolaridade – utilizar o pronome obliquo tónico com preposição consigo na presença dos pronomes pessoais você/ele/vocês/eles. Gostaria de saber se nas frases que se seguem o uso do pronome em causa está correcto:

1. Você viu o Agnelo, o meu filho mais novo? Eu presumi que ele estivesse consigo!

2. Vocês são responsaveis por estes dois casais de idosos. Eles deverão permanecer o maior tempo possível consigo aqui na sala de estar.

3. Patrão, eu entreguei a guia de transporte ao Mascarenhas, tenho a certeza!A guia tem de estar consigo.

4. Eles são os peregrinos mais obstinados e asseadinhos que conheço! Vou para todo o lado consigo...Lourdes, Compostela...

Em meu entender apenas será consensual porque coloquial usar o consigo na primeira frase, usando-se na segunda frase o «com vocês», na terceira o «com ele» e na quarta o «com eles». Gramaticalmente será correcto usar o "consigo" nas quatro frases?

Muito obrigado, desde já.