O linguista brasileiro Aldo Bizzocchi questiona, neste apontamento publicado no blogue Diário de um Linguista, de 7 de agosto de 2023, a ideia do «jeitinho brasileiro» de falar como legitimação para o mau uso do português.
O linguista brasileiro Aldo Bizzocchi questiona, neste apontamento publicado no blogue Diário de um Linguista, de 7 de agosto de 2023, a ideia do «jeitinho brasileiro» de falar como legitimação para o mau uso do português.
«Se o português falado no Brasil absorve, enriquecendo-se, o falado em Portugal segrega, murchando-se. O professor de Português do meu filho no colégio renomado de Lisboa dizia-lhe que ele tinha de aprender o português “correto”. A secretária estrangeira de uma multinacional confessou-me que prefere falar inglês porque os chefes portugueses não gostam que ela fale ao telefone em português com sotaque. Espalmamos o português para se tornar mais nosso.»
Considerações do economista Rodrigo Tavares sobre as atitudes existentes em Portugal quanto à diversidade da língua, neste artigo de opinião publicado no dia 20 de julho de 2023 no semanário Expresso.
Como o movimento feminista contra o «viés masculino na linguagem» virou um verdadeiro campo de batalha linguístico no Brasil, à volta do uso de «todes» em vez de «todos» e a recusa de termos masculinos que se refiram a grupos de pessoas de géneros distintos.
Trabalho da BBC News, com a data de 7 julho 2023. Transcrito integralmente do original, com a devida vénia.
«Que espaço há na língua portuguesa para mudança? Para mais inclusão? O Expresso foi ouvir especialistas em linguística sobre este assunto.»
Texto da jornalista Rita Monarca Almeida publicado na edição digital do semanário Expresso em 30 de junho de 2023.
«Como soaria Drummond de Andrade aportuguesado? E Fernando Pessoa abrasileirado? Há termos que desconhecemos?»
Artigo do jornalista português Nuno Pacheco, transcrito do Público do dia 14 de junho de 2023. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
«Todos conhecemos o famoso verso do Canto VII d' Os Lusíadas: «numa mão sempre a espada e noutra a pena», com que Camões se descreve a si próprio. A maior parte da pessoas pensa: ah, pois! O grande herói da Índia, dos Descobrimentos, do Império! A espada e a pena, as armas e as letras! Só que não é nada disso. A espada de que fala Camões é outra espada.»
Apontamento do professor universitário, classicista, tradutor e escritor Frederico Lourenço a propósito da passagem de mais um 10 de Junho e dos tabus que rodeiam a interpretação da obra épica de Luís de Camões.
«Referir Luís de Camões implica forçosamente falar da Língua Portuguesa, com o mal-estar que ressalta de ser ostensivamente tão mal-amada por “gente surda e endurecida” que se pavoneia pelo Poder e outros lugares. Confirma-o o privilégio dado ao texto utilitário em detrimento do literário, de que é exemplo o estudo do poeta, lírico e épico.» Considerações de Maria do Carmo Vieira, professora de Português, tecendo críticas ao que ela considera «o caos no ensino do Português», a propósito do Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas, festejado em 10 de junho. Artigo de opinião incluído em 8 de junho de 2023 no jornal Público. Transcreve-se aqui, com a devida vénia o texto, mantendo a norma ortográfica de 1945, seguida pela autora.
Vídeo do professor universitário, tradutor e divulgador de temas linguísticos Marco Neves, que propõe uma reflexão, com importantes esclarecimentos, sobre um tema que em 2023 tem concentrado as atenções: a investigação em inteligência criativa e as novas ferramentas surgidas, como o ChatGPT.
«Não gosto e reajo mal se o você me for dirigido por pessoa de elevado estatuto socioprofissional como são, entre muitos outros, os juízes, nos tribunais, ou médicos, nos centros de Saúde e hospitais. Nestas instituições a que o cidadão acorre em situação de debilidade, não só física, mas também e sempre, psicológica, esse você frio e distante, saído da boca do clínico, tantas vezes um jovem face ao doente, constitui um abuso desnecessário e feio.»
Apontamento do professor universitário português jubilado M. A. Galopim de Carvalho na sua página no Facebook, maio de 2023.
«Quanto à população em geral, são sobretudo os mais velhos e os culturalmente mais instruídos e menos influenciáveis que ainda consideram o pronome de tratamento você como uma forma menor, a ser utilizada quando existe alguma intimidade ou proximidade entre os interlocutores, e apenas em situações de “igual para igual” ou “superior para inferior”» – observa Yann Sèvegrand, docente de Português dos ensinos básico e secundário, no concelho de Montalegre, a propósito das atitudes e dos comportamentos subjacentes ao sistema de formas de tratamento do português em Portugal. Reflexão originalmente publicada no jornal eletrónico Diário Atual, em 11 de março de 2011.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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