Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Controvérsias
Polémicas em torno de questões linguísticas.

1. Não estaríamos a ter esta discussão pública, e eu não estaria a intervir nela, se a Nomenclatura Gramatical Portuguesa de 1967 tivesse sido substituída por uma Terminologia Linguística em 2006. É bom que haja consenso, no interior de uma comunidade especializada, sobre a terminologia e os conceitos que utilizam. O problema (e ele não pode nem deve ser escamoteado, porque é de fundo) começa no momento em que uma Nomenclatura Gramatical Portuguesa é substituída por algo que se auto-in...

      Caro Eduardo Prado Coelho, esclareça-me, por favor. Onde podemos encontrar «esse amplo movimento de opinião a manifestar-se contra a terminologia [TLEBS]»? Refere-se aos opinadores de cátedra fixa nos média, auto-autoridades sobre todos os assuntos sobre que discorrem? Contei uma meia-dúzia. Ah!, e o Ricardo Araújo Pereira, que parece que também tem qualquer coisa a dizer. Nenhuma destas pessoas alguma vez produziu fosse o que fosse sobre gramática (tradicional ou ...

A Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS) transformou-se num assunto do dia, com apoiantes e detractores que escrevem como paladinos em defesa da sua dama, por vezes com afirmações que não traduzem a realidade, como, por exemplo, algumas de Maria Alzira Seixo (“Visão”, 26/11/2006), de Vasco Graça Moura (“Diário de Notícias”, 1/11/...

     O meu cão é um ser estranho de classificar. Geneticamente apto para caçar – o chamado “cão de parar” – , é pouco cão e pouco de parar. Em vez de “parar”, prefere perseguir e afugentar a caça, porque acha que, se eu o solto no campo, é para caçar para ele e não para mim. Afora isso, também tem mais de humano do que de cão – conforme já me tinha avisado o Manuel Alegre quando lhe contei que tinha um «épagnol bretton» («Cuidado, o tipo vai achar que é pessoa e que pert...

Governo admite recuar nos novos termos gramaticais

O Ministério da Educação promete tomar uma "decisão final e definitiva" sobre o futuro da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS) quando terminar o actual ano lectivo, não excluindo para já "qualquer cenário", desde a generalização dos novos termos gramaticais ao seu abandono ou reconversão total.

 

O Monstro [da TLEBS] está entre nós
«Para obrigar os nossos filhos a odiar a língua e a literatura»

«Tinha decidido passar ao largo da TLEBS , o Monstro criado no Ministério da Educação para obrigar os nossos filhos a odiar a língua e a literatura. Que podia uma pequena crónica contra tão medonho Golias? Mas vi num "site" do Ministério o que o Bicho fez a uma indefesa estrofe de Os Lusíadas, a quem chama (pobre estrofe!) "corpo linguístico ambíguo".»

Crónica do jornalista, peta e escritor Manuel António Pina (1943 – 2012), publicada originalmente no Jornal de Notícias de 23 de novembro de 2006, escrita segundo a norma ortográfica de 1945.

Escreve João Costa, e a propósito do [primeiro] artigo de Helena Matos: «Contudo, como a referência ao regulamento de concursos televisivos mostra, Helena Matos confunde, de novo, programas, manuais e textos de opinião». Não sei se Helena Matos folheou atentamente os novos programas e os manuais, mas eu fi-lo, e é com conhecimento de causa que continuarei a a...

Num site do Ministério da Educação, pode encontrar-se a TLEBS [Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário] aplicada à análise de uma estrofe de Os Lusíadas (II, 12), destinada aos alunos do 9.º ano e qualificada como «corpo linguístico ambíguo». O facto de o ministério ter acolhido o trabalho feito numa escola básica na sua página da rede fala por si.

 

      Ao longo da semana foi o PÚBLICO dando a conhecer diversas cartas dirigidas ao director deste jornal a propósito da crónica que dediquei à Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS).      

Podemos discutir interminavelmente as vantagens e desvantagens da nova terminologia. Pessoalmente considero-a confusa, desadequada e prolixa. Pode objectar-se que a terminologia substituída pela TLEBS também padecia dos me...

A Comunicação Social tem vindo a divulgar com insistência a questão da terminologia linguística. Julgo que a explosão de artigos sobre a TLEBS não vale tanto pelo que neles é afirmado mas sim pelo tom exaltado com que se apresentam os argumentos e pelo que o seu conteúdo indicia.