Tenho assistido nos últimos anos àquilo que parece ser um fenómeno quando se trata da tradução de conteúdos da língua inglesa para a língua portuguesa.
Por exemplo, em português dizemos primeiro um nome e depois colocamos um adjetivo: «bola pequena», «árvore grande», «carro bonito».
Numa das sessões de atualização dos números da pandemia, um dos oradores diz a certa altura da sua apresentação: «(...) perniciosos problemas (...)». Num painel publicitário na rua li a seguinte frase: «infinitas histórias». Estes termos se lidos em inglês fazem sentido, dado que nesta língua prevalece primeiro o adjetivo e depois o termo. Em português, não concordo.
Assim, esta mensagem serve também para colocar-vos uma questão simples: este fenómeno é legítimo, ou seja, é natural fazermos uma tradução grosseira da língua inglesa para a portuguesa sem olhar às nossas regras? Ou será que estou antiquado?
Muito obrigado pela atenção.
Em «com animais que falam e têm sentimentos e comportamentos como os dos humanos», os é um pronome pessoal ou demonstrativo?
Qual é o certo: "quadros-resumo" ou "quadros-resumos"?
Obrigada.
No campo da informática em português, o termo "front-end" é deixado em inglês.
Como transpor então "micro front-end" para português?
Pode-se compor uma palavra com termos de línguas diferentes, ficando "microfront-end"? Não se tem de deixar a parte inglesa em itálico?
Muito obrigada pela vossa ajuda.
Li vários dos vossos artigos sobre próclise e ênclise, mas continuo com uma dúvida: numa locução verbal com o verbo "ajudar" como auxiliar, é legítima a próclise ao verbo principal?
Por exemplo:«Descubra recursos que ajudam a se preparar para o que aí vem.»
Ou só é correta a ênclise ao verbo principal, i.e., «Descubra recursos que ajudam a preparar-se para o que aí vem»?
Muito obrigado desde já.
Existe o verbo "coerctar", de coerciva, coercitiva, coerção, etc.?
No caso de não existir, há alguma alternativa suficientemente eficaz no sentido da "força", "objetividade" e "agilidade" do termo?
Agradeço a atenção.
Eu venho estudando a gramática italiana, e me deparei com o vocábulo italiano ovvero, «congiunzione disgiuntiva».
A respeito desse vocábulo italiano, o dicionário bilíngue Martins Fontes: Italiano–Português (São Paulo: 2012) apresenta como possíveis traduções: ou, «ou então».
Minha dúvida é esta: se pode usar a locução «ou então» no lugar da conjunção disjuntiva ou em qualquer oração?
Exemplos:
1. «Suas palavras podem ser sinceras ou (ou então) falsas.» (Dicionário: italiano–português, p.685)
2. «Ou (ou então) preste atenção, ou (ou então) saia.»
Caso contrário, como usar de modo certo «ou então»?
Em que situação usá-lo? Se não for pedir demais. Por favor, gostaria que explicasse de modo mais acurado.
Desde já, o meu muitíssimo obrigado.
O termo ainda é um advérbio utilizado para denotar tempo numa oração, como por exemplo: «Ele não voltou ainda.»
Entretanto, na oração «Ele cantou ainda melhor», o ainda exerce função de adjunto adverbial?
Agradeço desde já a atenção.
«Pois que adianta querer ser isto tudo se eu me vejo como um incompleto íon!»
Sobre esta sentença, tenho três indagações:
1. Nesta sentença, a locução "pois que" equivale a que tipo de conjunção? Ou ainda: qual o valor conjuntivo do termo "pois que"?
2. Caberia também um sinal de interrogação ao final desta sentença?
3. Caberia uma vírgula após a palavra tudo?
Obrigado.
A palavra bastante, além de poder classificar-se como adjetivo ou advérbio, pode aínda funcionar como pronome indefinido?
Obrigado.
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