O socioleto se distingue do dialeto por qual razão?
A propósito do bruaá à volta do termo empregado, numa entrevista à SIC Notícias, do responsável do programa eleitoral do PSD, Eduardo Catroga, gostava de saber:
1) Como classificar a palavra pentelho? Calão? Mera vulgaridade, ou é mesmo uma obscenidade?
2) Qual a sua origem?
Os meus agradecimentos.
Sabe-se que aqui no Brasil existe, penso que desde os finais da década de 50 e início dos anos 60, uma tendência de se pronunciar a letra L, em final de sílaba, como um /w/ ou U semivocálico. Fico sempre muito intrigado com esse fenômeno, pois vejo que é algo muito recente mas que já se espalhou por quase todas as regiões, e ocorre principalmente entre as pessoas mais jovens. Lembro que minha avó pronunciava os eles da maneira como se verifica na pronúncia do espanhol, pois não havia nenhum tipo de velarização. Ela dizia /bra'zil/ e não /bra'ziw/ ou /'alma/ e não /'awma/.
Qual a possível explicação para o surgimento deste fenômeno em tão pouco tempo?
Poderia me ajudar a identificar se o nível de linguagem do texto abaixo é coloquial ou culta? Justifique se possível.
Trata-se de uma composição do Renato Russo:
Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu,
Tá tudo assim, tão diferente.
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre, sem saber,
Que o pra sempre, sempre acaba
Mais nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém, só penso em você
E aí então, estamos bem
Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
Nem desistir nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa
Se alguém disser "antiguismo" em vez de antiquíssimo, pode-se considerar correcto, ou é claramente errado?
E ainda — «a sala está limpada» em vez de «a sala está limpa»! Também é disparate, não?
Muito obrigada.
Desde já vos felicito pelo excepcional serviço que prestam à língua portuguesa.
Tenho uma dúvida em relação a uma expressão coloquial de registo popular usada na zona onde moro, mas cuja grafia e origem me são desconhecidas. Nunca a vi escrita em lado nenhum e há tendência popular para deturpar certas expressões de uso oral. Assim, diz-se de pessoa oriunda de sítio remoto e subdesenvolvido que vem ou é «d´anhenha» (desconfio desta grafia).
Espero que me consigam elucidar e desde já vos agradeço pela atenção.
Quais são as regras que explicam a forma como pronunciamos os ss?
Aqui no Algarve é comum ouvir pessoas a pronunciar os ss como j no final das palavras, não só quando a palavra seguinte começa por consoante sonora, mas também quando começa por som vogal, em vez do som z que as outras utilizam.
Mas também reparei que, pelo menos aqui, a maioria das pessoas ocasionalmente utiliza a outra forma que não aquela que utilizam por regra. Facto que achei curioso, e que gostaria de saber se existe alguma explicação para essa variação ou se apenas aleatória, e já agora, se haverá alguma regra geral para a pronúncia do s, que possa indicar que forma é que deve ser utilizada na situação que enunciei.
Tenho-me deparado com a palavra usinagem em diversos textos de origem brasileira.
Sei que deriva de usina, palavra usada no Brasil e derivada do francês usine = «fábrica», mas julgo que não se pode traduzir simplesmente por fabricação. No dicionário online Infopédia aparece o seguinte:
«1. MECÂNICA operação que tem por objectivo dar forma à matéria-prima
2. MECÂNICA acabamento de uma peça metálica no torno mecânico»
Poderemos então utilizar como sinónimo a palavra conformação/conformar (dar forma) ou acabamento/acabar?
Obrigado pela atenção.
Tiro minhas dúvidas nesta página. Estou em São Paulo, Brasil. Nasci no interior do estado de São Paulo, portanto, muitas palavras usadas pelo povo de minha região trazem ainda usos arcaicos, que estão paradas no tempo. Acho essa particularidade fundamental para uma língua.
Parabéns pelos trabalhos.
Será possível descrever-me o dialecto estremenho? E dar-me exemplos deste?
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