DÚVIDAS

Acerca da designação «ônibus espacial»
Certo gramático brasileiro, cujo nome não vou declinar, costumava criticar acerbamente a designação «ônibus espacial». Ele afirmava que isso equivalia a depreciar essa estupenda maravilha da ciência. Realmente, parece-me muito mesquinho chamar «ônibus» a um veículo espacial de tamanha envergadura. Esta mesquinhez só ocorre aqui no Brasil, pois em nenhum outro país tal invento é chamado «ônibus». O supramencionado gramático dizia que a expressão adequada a esse portento da tecnologia é «lançadeira espacial», devido ao fato de poder ir e voltar, como a lançadeira do tear. Estava certo o gramático? É tacanha e pobre a denominação «ônibus espacial»? Sempre muito grato!
A diferença entre dialecto e pronúncia
Qual a diferença entre dialecto e pronúncia? É só a diferença da fonia e pronunciação utilizada por um determinado tipo de população no diálogo, ou envolve também o campo lexical? Ex.: o inglês americano tem uma pronúncia diferente do inglês britânico? Ou na zona do Porto existe um dialecto diferente do de Coimbra, existindo também uma pronunciação diferente das palavras, ou simplesmente a pronúncia faz parte do dialecto?
Ainda a letra l em final sílaba (no Brasil)
Sabe-se que aqui no Brasil existe, penso que desde os finais da década de 50 e início dos anos 60, uma tendência de se pronunciar a letra L, em final de sílaba, como um /w/ ou U semivocálico. Fico sempre muito intrigado com esse fenômeno, pois vejo que é algo muito recente mas que já se espalhou por quase todas as regiões, e ocorre principalmente entre as pessoas mais jovens. Lembro que minha avó pronunciava os eles da maneira como se verifica na pronúncia do espanhol, pois não havia nenhum tipo de velarização. Ela dizia /bra'zil/ e não /bra'ziw/ ou /'alma/ e não /'awma/. Qual a possível explicação para o surgimento deste fenômeno em tão pouco tempo?
O nível de linguagem em texto de Renato Russo (Brasil)
Poderia me ajudar a identificar se o nível de linguagem do texto abaixo é coloquial ou culta? Justifique se possível. Trata-se de uma composição do Renato Russo: Mudaram as estações, nada mudou Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, Tá tudo assim, tão diferente. Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar Que tudo era pra sempre, sem saber, Que o pra sempre, sempre acaba Mais nada vai conseguir mudar o que ficou Quando penso em alguém, só penso em você E aí então, estamos bem Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está Nem desistir nem tentar agora tanto faz Estamos indo de volta pra casa
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