A respeito da questão O uso do verbo catapultar, respondida em 22/10, para que não fique a impressão de que o termo catapulta refere-se apenas a uma arma arcaica, lembraria que o termo é atualíssimo, pois nenhum porta-aviões dispensa o uso de catapulta para "lançamento" de aeronaves de asa fixa. O curioso é que usa-se o termo "lançamento" para especificar a manobra de uso da catapulta, nunca a "catapultagem" dos aviões.
Sou um brasileiro e gostaria de saber como se diz rotunda no Brasil.
Queria saber por quê o português europeu é tão consonântico?
Em diversas leis brasileiras é corriqueiro o uso indistinto ora da expressão:
1 – «As medidas mais apropriadas para a gestão do sistema, com vista à melhoria da qualidade da educação básica...»
ou
2 – «Firmar contratos, acordos ou termos de parceria com vistas à realização de obras e serviços de engenharia...»
Assim, nos exemplos supracitados, qual a expressão correta, e também esclarecer quanto ao uso da crase.
1– «Com vista à», ou «Com vista a»?
2 – «Com vistas à», ou «Com vista à»?
Gostava de saber o significado de baril no dicionário. É uma palavra que se diz muito (e eu também a digo bastante), penso que sinónima de porreiro, mas que, ao contrário da segunda, não encontro dicionarizada...
Obrigado.
A respeito da pergunta de 7/9/2010, sobre a opção entre «meter gasolina» ou «pôr gasolina», no Brasil usa-se dizer «botar gasolina». A primeira opção traz conotações outras, que devem ser evitadas, e a segunda seria própria de um acadêmico do século XIX.
Gostava de saber quantas variedades "oficiais" de português há. Sei que há a de Portugal, a do Brasil e a de África, mas onde se enquadra as de Macau e Timor-Leste? Um livro de gramática da língua portuguesa (edição chinesa) refere que, para além das variedades do português dos três países mencionados em primeiro lugar, há ainda um "português na Ásia". Há efectivamente, uma "variedade asiática"? O mesmo livro refere ainda que o português do Brasil pode ser denominado de "português americano". É correcta essa designação? Ou melhor, é uma designação oficial? Em relação ao português falado em Portugal e nos arquipélagos, este é denominado primeiramente de português europeu, ou português de Portugal? E em relação ao português falado no Brasil? Diz-se "primeiro" português do Brasil, ou português brasileiro? Em relação a estes dois países, qual designação se contrapõe uma a outra? Português europeu – português brasileiro? Português europeu – português do Brasil? Ou Português de Portugal – português brasileiro? Português de Portugal – português do Brasil? No que toca a África, qual ou quais as designações oficiais? Sei que há o "português de África" mas também li algures "variedade africana". E "português africano" também é aceite (oficialmente) ou está errada? Espero que a apresentação das minhas dúvidas não seja demasiada confusa. Obrigado.
Qual a explicação para a não palatalização (ou pelo menos parcial) das consoantes d e t na região Nordeste do Brasil? Ao mudar-me de Pernambuco para o Sudeste da Bahia/Baía, percebi uma mudança sensível na pronúncia do d e do t que são lidas “dji” e “tchi”, assim como no Sudeste do Brasil; deparei-me, assim como vários conterrâneos, ainda por cima, com o preconceito e com a discriminação por não pronunciar as ditas consoantes com palatalização. Qual a explicação linguística para este fenômeno em ambas as regiões? Gostaria, outrossim, de saber se existe alguma regra que defina a pronúncia-padrão das vogais átonas (como, por exemplo, o e com som de i, ou o com som de u).
Por favor, eu gostaria de saber o que significa «quem é bacharel não tem medo de bamba», da música Feitiço da Vila, de Noel Rosa.
Muito obrigada.
Agradeço à equipa do Ciberdúvidas pelas respostas dadas anteriormente, e à senhora Ana Carina Prokopyshyn, por ter-me auxiliado na resposta 28 400.
Mas, ainda tendo algumas dúvidas, peço o vosso auxílio. Tendo em vista o que a senhora Ana Carina Prokopyshyn escreveu no trecho — «Estes desvios ou desarticulações são próprios da linguagem corrente, ou seja, são tendências do registro oral, mas devem ser evitados, principalmente na escrita, pois nos dias de hoje existem normas e convenções que devemos seguir» — ocorrem-me algumas questiúnculas.
No trecho «Estes desvios ou desarticulações são próprios da linguagem corrente, ou seja, são tendências do registro oral,» pode ser aplicado ao que se encontra na obra de Camões, Os Lusíadas, uma vez que se encontra formas como «ingrês»?
Em «Mas devem ser evitados, principalmente na escrita», isso levaria a uma inibição de novas formas fonéticas e estagnação na língua? Como ajustar esta conceção com as mudanças constantes que a língua viva sofre?
«Pois nos dias de hoje existem normas e convenções que devemos seguir.»
Por que as mudanças fonéticas ocorridas na passagem do latim para a língua portuguesa são aceitas e as que ocorrem dentro da própria língua não são aceitas, ou mal vistas, dependendo da classe social em que ocorrem? Só se considera uma forma legal e aceita aquela admitida na elite erudita que forma a língua? Mas quando nos recordamos que a língua portuguesa estruturou-se, tendo como base o latim vulgar, não entraria em contradição o pensamento cultivado pela norma culta de uma língua «perfeita»?
Ainda não consigo compreender as discussões e as dimensões das implicações que decorrem de críticas feitas à norma culta do português.
Vemos muitos argumentos em prol de mudanças na norma culta, mas que argumentos podem ser elencados para salvaguardar nosso patrimônio histórico e nossa tradição perpetuados na língua?
Agradecido pela atenção e consideração sempre prestada por todos vós.
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