Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 15K

«Porquanto minha língua ainda se furtasse a seu ofício, permaneci calado.»

No período acima, a oração iniciada por conjunção é coordenada explicativa, ou subordinada adverbial causal?

Obrigado.

Ricardo Alves Engenheiro do ambiente Lisboa, Portugal 3K

Indescortinável existe (com o significado de «não descortinar qualquer coisa»)?

Riccardo Mura Foneticista Tempio Pausania, Itália 5K

Na pronúncia lusitana, as sequências de a mais outra vogal têm realizações oscilantes: às vezes a corresponde ao fonema aberto /a/, às vezes tende a fechar-se de um ou dois graus. Parece que esta variabilidade caracteriza seja os ditongos, como em paisagem, saudade, abaetar, caotizar, seja os hiatos, como em país, saúde, baeta, caótico, seja as sequências com o segundo elemento aproximante, como em maior, baiete, taoísmo (onde correpondem aos fonemas consonânticos /j/ e /w/).

Os senhores sabem algo a este propósito?

Outros exemplos:

abainho, abaiuco, abaixador, abalaustrado, abalaústro, abaulado, abaúlo, aedo, aéreo, aerifico, aeriforme, aeroporto, aflautado, agaiatado, agaiato
,, ainda, airoso, aivão, aiveca, ajaezado, ajaezo, alfaiataria, alfaiate, amainar, amaíno, amapaense, anaeróbio, apaixono, aplaudir, araucária, arcaísmo, arraigado, ataúde, atocaiado, atraiu, audácia, audiência, audiograma, augado, augúrio, aumento, auréola, aurífero, aurora, ausência, austero, austral, autêntica, automático, automobilismo, autonomia, autor, auxílio, ave-do-paraíso.

Alexandre Araújo Revisor/tradutor Vargem Grande Paulista, Brasil 11K

Várias vezes, ao traduzir, deparo-me com verbos de regências diferentes que têm o mesmo complemento, num mesmo período. Considere o exemplo a seguir: «E da mesma forma como você cuida e protege cada membro do seu corpo físico, deve também cuidar e proteger cada membro do corpo espiritual.» Temos os verbos cuidar (transitivo indireto) e proteger (transitivo direto), com o mesmo complemento: «cada membro do...». Então, pergunto: na língua portuguesa, a regência utilizada deve ser a do verbo mais próximo do complemento? Ou deve-se escrever o período de forma que seja aplicada a regência de cada verbo? Por exemplo: «E da mesma forma como você cuida de cada membro do seu corpo físico e protege-o, deve também cuidar de cada membro do corpo espiritual e protegê-lo?»

Obrigado!

Raquel Amado Tradutora Setúbal, Portugal 18K

Gostaria de saber que preposição utilizar com o nome proximidade (ver pergunta n.º 24 537) na seguinte frase:

«O hotel goza de grande proximidade...» — com/a?

E também gostaria que me indicassem qual é a preposição correcta para utilizar com o verbo brindar.

«O hotel brinda os seus hóspedes com...», ou  «O hotel brinda aos seus hóspedes...»?

Vi que faz referência ao Dicionário de Regimes Substantivos e Adjectivos, de Francisco Fernandes. Existe algum outro (bom) dicionário de regências que me possa indicar?

Maria Eugénia Teixeira Professora do 1.º ciclo Amarante, Portugal 9K

«Subi à cadeira, ela partiu por estar desgastada», ou «Subi à cadeira, ela partiu por estar gasta»?

Qual das frases está correcta?

Mariana Dias Estudante Porto, Portugal 2K

Na frase «O sôfrego do Miguel comeu tudo», a palavra sôfrego é um nome, ou um adjectivo?

Riccardo Mura Foneticista Tempio Pausania, Itália 2K

Em português do Brasil, arco-íris e "arco(-)botante" são pronunciadas com /-o-/, ou com /-u-/?

Thomas Schlemmermeyer Freelance para: aulas de alemão, tradução, reda{#c|}ção Curitiba, Brasil 5K

Domino o português como língua estrangeira. Há algum tempo, procuro entender as frases com gerúndio a partir de um ponto de vista pragmático, isso quer dizer que, sem cair no estudo da nomenclatura para diferentes orações subordinadas (onde o gerúndio se mostra importante), parto para o estudo simples do significado de cada oração com gerúndio que encontro. E eis que uma frase interessante cruzou o meu caminho, cito-a dentro do contexto:

«Turistas, há poucos na semana, só o suficiente pra dar ao pessoal que vive de conduzir charretes algo que fazer. Quase não se nota sua presença, tirando fotos e almoçando peixe frito.» (Paraíso em cativeiro, Cecilia Giannetti, Folha de São Paulo, C2, 21.10.2008)

O texto evidentemente está escrito em estilo não formal, como é indicado pela forma "pra" em vez de para.

Mas mesmo assim o uso do gerúndio aqui me intriga e me instiga. O que se quer dizer aqui me parece ser o seguinte: «Quase não se nota a presença dos poucos turistas que costumam tirar fotos e almoçar peixe frito.»

Mas a frase «Quase não se nota sua presença, tirando fotos e almoçando peixe frito» parece então recorrer ao gerúndio para referir-se a um substantivo («os turistas») de uma frase anterior. Mesmo sendo um estilo coloquial, toda a forma de "referenciar as coisas" nesta frase me parece um pouco solta, irregular e confusa demais? Ou estou eu errado, e esta frase está corretíssima no que tange os gerúndios e sua função sintática?

Morais Silva Reformado Amadora, Portugal 6K

Existe "conceitualizar"?

O FLIP [coorector ortográfico] diz que "conceitualiza" é presente do indicativo de "conceitualizar". Mas "conceitualizar", diz que não existe!