Em 2006, o Ciberdúvidas informou o seguinte:
«Pré-estabelecido e preestabelecido
[Pergunta] Tenho visto pelo menos três versões: pre-estabelecido (menos comum); pré-estabelecido; e um moderníssimo preestabelecido em documentos oficiais. Como devo escrever?
Aproveito para vos agradecer pelo vosso fantástico site. Tem sido preciosa a vossa ajuda!
Vanda Meneses Santos :: Professora :: Portugal
[Resposta] O prefixo tem duas formas: pré- (com hífen) e pre- (sem hífen). Poderia escrever-se pré-estabelecer, mas dicionários recentes (dois portugueses e um brasileiro, a saber, o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, o Grande Dicionário da Porto Editora, e o Dicionário Houaiss) registam só preestabelecer. Deste modo, porque já há uma forma dicionarizada e porque a pergunta é relativa ao particípio passado deste verbo, recomendo preestabelecido.
Carlos Rocha :: 06/04/200»
Minhas considerações:
Eu já usava preestabelecido antes mesmo de encontrar a resposta acima, e é a forma que considero mais adequada, prática, moderna, sem mencionar que ainda iria mais longe: escreveria "prestabelecido" (crase e + e), exatamente como falamos. Todavia, como fazer agora, após a recente Reforma Ortográfica? Afinal, a nova regra é sempre usar o hífen com pré, pró, etc.
Gostaria de saber se o plural de «terno bege» é «ternos "beges"», ou «ternos "bege"».
Costumo ouvir o programa Jogo da Língua, na Antena 1 [RTP, Portugal], e num concurso da minha escola, formulei num jogo uma pergunta que ouvi nesse programa, que foi a seguinte: «Como se diz? "Sabes que feriados vão haver?", ou "Sabes que feriados vai haver?"?» Lembro-me de que a resposta correcta dada na Antena 1 foi a segunda opção. Agora, alguns colegas de Língua Portuguesa disseram-me que a pergunta está mal formulada e que não é nem uma opção nem outra. Como sou professora de Matemática e não me lembro da explicação da professora Sandra Duarte, nesse dia na rádio, gostava de ficar esclarecida e perceber a razão de ser a segunda opção a correcta. Ou talvez tivesse ouvido mal.
Obrigada.
Os nomes dos cargos públicos do governo são naturalmente masculinos, pois em português prevalece o masculino em diversos casos. Assim temos o cargo de presidente, de governador, de prefeito, de vereador, de juiz, etc.
Assim sendo, devemos dizer que Maria Lúcia de tal foi candidata a "prefeito", ou "prefeita" de tal município? Um vez eleita, diz-se que ela foi eleita "prefeito" de tal município, ou eleita "prefeita" de tal município? Ela é uma "prefeita" ocupando o cargo de prefeito? Todavia não se dirá nunca «o prefeito Maria Lúcia», mas «a prefeita Maria Lúcia».
Não fica estranho um repórter perguntar a uma governadora em uma entrevista: «Quando a senhora foi eleita governador deste Estado, tinha ideia dos desafios que teria pela frente?» Num caso destes, seria mesmo “governadora” que se diz?
Outro caso: «Júlia passou no concurso para juiz.» É assim mesmo?
Se puderem apresentar outros exemplos esclarecedores e completantes, agradecer-lhes-ia muito.
Muito obrigado desde agora.
Leio sempre frases do mesmo tipo e sinto arrepios por saber que não está correta. Gostaria de sua explicação para onde ajudar a corrigir quando necessário. A frase em questão é: «Prestação de contas deve ser suportada por notas fiscais.» O verbo suportar neste caso está incorreto, certo? Qual o sinônimo que poderia substituí-lo?
Obrigada.
Primeiro agradeço pelas várias vezes em que fui atendido, em minhas dúvidas, pelo Ciberdúvidas.
Minha dúvida é a respeito da construção de uma frase que, aos meus ouvidos, não pareceu muito apropriada: «Professor, para favorecer que os alunos construam uma história pessoal de leitura...» Esse «para favorecer que os alunos» me pareceu agramatical, pois entendo que favorece-se alguém ou alguma coisa (inclusive procurei a construção em www.corpusdoportugues.org e não encontrei nada semelhante), de modo que, para mim, a construção adequada seria: «para favorecer os alunos a que construam (a construir) uma história...» Estou certo, ou a outra construção é possível?
Muito obrigado.
Há dias tive uma prova de Língua Portuguesa em que o professor pedia para fazer a análise sintática da seguinte frase:
«Esta sopa é de cenoura.»
Minha resposta para esta frase não foi correcta.
Na correção, o professor fez da seguinte maneira:
Sujeito subentendido — «ela»
Predicado — «é»
Complemento circunstancial de conteúdo — «cenoura».
Nunca tinha ouvido falar de tal complemento.
Procurei na gramática e pesquisei na Net e não achei nada a respeito do complemento circunstancial de conteúdo.
Gostaria que vocês me esclarecessem acerca deste complemento.
Obrigada.
Apenas para vos recomendar um novo termo a adicionar à língua portuguesa:
Hexacóptero.
Vede por favor:
Atenciosamente.
Gostaria que me esclarecessem uma dúvida. Hoje, ao ler um jornal desportivo nacional, deparei-me com uma dúvida, que em baixo transcrevo:
«Árbitro devia ter expulsado Luisão no lance com Liedson?»
A minha dúvida é: se neste contexto a palavra expulsado estará bem? Ou seria antes expulso?
Obrigado.
Em congressos, ouvimos a fonética de: "transamináses" ou de "transamínases". Qual a forma correcta?
De igual modo, sobre desfibrilhação cardíaca existe uma curiosidade: no Norte dizem "defibrilação", no Centro e Sul dizem "desfibrilhação". Qual a forma fonética correcta?
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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