Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
M. Botto Portugal 6K

Como se diz:

«Famílias obrigadas a pedirem ajuda» ou «famílias obrigadas a pedir ajuda»?

Diogo Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 16K

Diz-se «Dobrar uma folha ao meio» ou «Dobrar uma folha a meio»? A segunda formulação parece-me ser a correta, mas ouço quase sempre a primeira.

Muito obrigado!

José Fernandes Químico Palmela, Portugal 3K

Está à venda nas livrarias um livro da Editorial Presença com o título A História me Absolverá sobre o julgamento de Fidel Castro pelo regime de Fulgencio Batista em 1953. Se lermos este excerto que a editora disponibilizou, podemos concluir que este livro está escrito na versão europeia do português. O título não deveria ser A História Absolver-me-á? Ou a mesóclise não é obrigatória neste caso?

Lino Mendes Pensionista Montargil, Portugal 9K

«Existem exemplos de boas práticas relativamente ao registo do PCI por parte de grupos de folclore português (com a necessária e valiosa colaboração autárquica).»

Como considerar aqui a expressão «boas práticas»? E qual o significado «boas práticas», quando isolada?

Obrigado.

Luis Figueiredo "Marketing" Porto, Portugal 21K

Na última década, na televisão e de forma oral, a expressão «no final de...» tem começado a ser utilizada com abundância. Já encontrei artigos contraditórios sobre o uso de final em vez de fim neste tipo de situações. Como referência temos os exemplos de Fim a encerrar livros e filmes. Porque referir «o Final do filme»? Se uma situação tem um final, não deve também ter seu correspondente inicial? «O final do filme» e «o inicial do filme»? Qual é o sentido de se utilizar final de duas formas distintas em comparação com o seu antónimo inicial? Esta expressão deve ter origem no português do Brasil. Há referências para a utilização da expressão «Final do dia» antes do ano 2000 em Portugal?

Obrigado.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 3K

Em relação a uma pergunta referente ao tema acima, datada de 9/5/2014, a professora Sandra Duarte Tavares respondeu o seguinte:

«1) A única estrutura correta é "Vai demorar um pouco para eu ser profissional". O sujeito da oração infinitiva "para eu ser profissional" deve ter o caso nominativo, pelo que só é legítimo o uso do pronome pessoal eu. 2) Uma frase equivalente à anterior seria: "Vai demorar para que eu seja profissional." 3) Não, o sujeito do predicado "vai demorar" é toda a oração completiva "para eu ser profissional": "Isso vai demorar." 4) O uso de para é correto.»

A minha pergunta é: por que o uso de para nessa estrutura frasal com o verbo demorar (e também com o verbo levar) é correta, se sujeito nunca deve vir regido por preposição? Qual é a particularidade que existe aí?

Obrigado.

Daniel Marques Estudante Olhão, Portugal 2K

Com vista à corroboração da conformidade de frases passivas que integrem o verbo mandar com a norma-padrão, proponho a análise sintática de um período de um romance coetâneo, As Viúvas de Dom Rufia, de Carlos de Campaniço: «Uma cadeira foi mandada buscar para a prima Joaquina, (...)».

Por norma, quase todos os verbos transitivos diretos permitem uma formulação ativa e passiva. Contudo, estou em crer que, a despeito da elaboração romanesca, estejamos, provavelmente, perante uma inapropriada identificação, ensaiada pelo narrador, do complemento direto, como se este correspondesse a «cadeira», no lugar de uma oração subordinada substantiva completiva não finita, conforme pode ser ilustrado por uma construção ativa da mesma frase «Ela mandou ir buscar uma cadeira», em que «ir buscar uma cadeira» desempenha a função sintática de complemento direto, podendo ser substituído por isso ou, eventualmente, permutada por uma conjunção subordinativa completiva, procedendo-se, então, às alterações necessárias. Não obstante, não tenho a certeza de que estas cogitações da minha parte sejam completamente consentâneas, pelo que peço o vosso parecer.

Obrigado.

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 2K

Em respostas anteriores, diz-se que a regência do verbo «confrontar» é sempre «com». Mas, quando na passiva, não deve ser «pelo»? Por exemplo: «Ele foi confrontado pelo pai» (deveria ser «Ele foi confrontado com o pai»?).

Muito obrigado.

Rui Fontes Estudante Lisboa, Portugal 10K

Por que motivo linguista não leva acento, e linguística leva?

Carlos Miguel Gonçalves Moscavide, Portugal 4K

O substantivo revolta diz-se com o o aberto. Mas se se tratar do adjectivo revolta (como em «águas revoltas») não deveria dizer-se com o o fechado ("revôltas"), apesar de não ter acento circunflexo?