No português de Portugal, é verdade que as vogais se fecham (tecnicamente, fala-se em redução vocálica) quando se encontram em sílaba átona. Contudo, há muitas exceções, mesmo com palavras terminadas em ditongo ou vogal nasal tónicas:
esquecer – tem é aberto na penúltima sílaba, que é átona;
corar – tem ó aberto na primeira sílaba, que é átona;
inflação – tem á aberto na penúltima sílaba, que é átona.
Quanto a pecã, nada impede que a palavra siga a regra geral e se pronuncie (quase) como "p'cã", com o "e" mudo por estar em sílaba átona. No entanto, parece que a pronúncia mais generalizada é a que tem é aberto átono: p[è]cã.
Diga-se que pecã (ou noz-pecã, ou noz-americana) é o termo que designa o fruto da Carya illinoensis, ou seja, a nogueira- pecã, ou nogueira-americana (ver dicionário Priberam). Pecã tem origem no inglês norte-americano pecan, por sua vez, adaptação do francês americano pacane, que veio do algonquino, uma língua ameríndia (Dicionário Houaiss).