Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Júnior Lima Dias Estudante de Direito Maceió – AL, Brasil 99K

«Hoje ele é consultor de leitura rápida e memorização, e acredita que o número de livros que lemos é, SIM, importante.»

Gramaticalmente, o uso da vírgula para isolar o sim no meio de frases é obrigatório?

«Eu gosto, sim, de você.» Correto?

Grato!

Júnior Lima Dias Estudante de Direito Brumado - BA, Brasil 4K

Em D. CasmurroMachado de Assis escreve:

«Vi-lhe fechar o cofre.»

em vez de «vi-o», por conta da transitividade direta.

Achei a seguinte explicação em um site:

«Orações subordinadas objetivas diretas reduzidas de infinitivo permitem o lhe quando seguidas por um verbo que possui regência direta. Exemplo: "Vi-o fechar o cofre." "Vi-lhe fechar o cofre."»

Qual é a razão para tal uso? Encontra-se respaldo na norma culta?

Grato!

Ana Salgueiro Consultoria de comunicação Lisboa, Portugal 3K

Gostaria de saber se pode ser usado o termo "presunteria" ou "presuntaria" para definir produtos da classe de presuntos, tal como existe o termo charcutaria para outros do género. Este conceito linguístico existe? Pode ser utilizado?

Aguardo as vossas recomendações, que muito agradeço, desde já.

Susana Maria Cordeiro Ladeiro Professora Carcavelos, Portugal 29K

Devo dizer «Há um monte de pessoas que não são...» ou «Há um monte de pessoas que não é...»?

Dália Conceição Professora Évora, Portugal 5K

O termo inglês gig, introduzido no meio musical, em português é considerado um nome do género masculino ou feminino?

Se traduzirmos como «concerto/ espetáculo musical» dizemos «o gig»?

E se traduzirmos como «atuação/ apresentação musical», dizemos «a gig»?

Será indiferente usarmos o masculino ou feminino?

Alexandra Castro Arquiteta paisagista Seixal, Portugal 5K

Diz-se «cada um de vós fazei uma pirueta» ou «cada um de vós faça uma pirueta»?

Obrigada!

Joaquim Fernández Tradutor Barcelona, Espanha 3K

Estive a rever o Acordo Ortográfico devido a uma dúvida de tradução e fiquei com a sensação de que «príncipe-consorte» deveria estar unido com um hífen, mas a verdade é que na imprensa portuguesa encontro a expressão sobretudo sem ele.

Podem esclarecer-me, por favor?

Muito obrigado!

Júnior Lima Dias Estudante Brumado - BA, Brasil 6K

«Eu posso determinar o valor das forças relativamente fácil.»

Ouvi essa frase em um curso de Astrofísica, veio-me a dúvida: colocar «de forma» antes de «relativamente» constituiria uma redundância ou seria necessário? A frase está gramaticalmente correta?

Obrigado!

Maria Morais Professora Anadia, Portugal 34K

Posso dizer «Eu e os meus amigos», ou «Os meus amigos e eu»?

Uma falante da língua francesa disse-me que em francês não pode existir a segunda possibilidade[1], mas na língua portuguesa não me soam mal ambas as hipóteses supracitadas. Estarei errada?

Grata pela vossa atenção.

 

[N.E. (1/07/2019) – Trata-se de um equívoco, porque em francês, por uma questão de delicadeza, o recomendado é «mes amis et moi» (= «os meus amigos e eu»), ou seja, o pronome de 1.ª pessoa vem depois da referência a outras pessoas – «ma femme et moi» (= «a minha mulher e eu»), e não «moi et ma femme»). Cf. moi na versão em linha do Dictionnaire Larousse)].

Carlos Martínez Sánchez Tradutor e intérprete Múrcia, Espanha 3K

Tenho uma dúvida sobre esta frase, a qual julgo que está mal construída. Não sei o que quer dizer: «É tão cedo ainda e já tão tarde o que sei.»

Aparece na canção "No dia seguinte", interpretada por Paulo Brissos (Festival RTP da Canção 1993), com letra de Nuno Gomes dos Santos e música de Jan Van Dijck.

Contexto: «Era tão certo o amor que eu inventei/Estava tão perto e, mesmo assim, não sei/Se fui eu que bebi demais, se fui eu que entornei/Este copo de água da sede que não matei/Se fui eu que bebi demais, se fui eu que entornei/Este copo de água da sede que não matei/É tão cedo ainda e já tão tarde o que sei.»

Obrigado.