Ambas as possibilidades estão corretas. A escolha de uma ou outra posição está dependente de regras de cortesia ou de outra natureza.
A colocação do pronome eu em último lugar pode ficar a dever-se a uma regra de cortesia, que procura evitar uma atitude de imodéstia:
(1) «A Maria, a Rita e eu fizemos este trabalho.»
No entanto, esta preocupação com a cortesia pode deixar de ser pertinente se uma outra razão pragmática justificar a colocação do pronome eu em primeiro lugar. Cunha e Cintra referem, por exemplo, que o pronome deverá abrir a sequência «se, porém, o que se declara contém algo de desagradável ou importa responsabilidade» (Nova Gramática do Português Contemporâneo. Edições Sá da Costa, p. 289). Os mesmos apresentam como exemplo a frase:
(2) «Eu, Carlos e Augusto fomos os culpados do acidente.» (Ibidem)
Importa ainda referir que a presença do pronome de primeira pessoa condiciona a flexão verbal na primeira pessoa do plural («Eu, Carlos e Augusto» = «Nós»).
Disponha sempre!