A seguinte construção frasal está gramaticalmente correta?
«Essas funções, com formas ainda desconhecidas, são combinadas aos campos B e Q, respectivamente, tal que as seguintes identidades são construídas:[...].»
Ou seria, «Essas funções, com formas ainda desconhecidas, são combinadas aos campos B e Q, respectivamente, tais que as seguintes identidades são construídas:[...]»?
As vírgulas entre parênteses nas frases abaixo não estariam quebrando uma relação do verbo com o seus complemento? Gostaria de saber como explico esse tipo de construção e se a pausa na fala tem alguma relação com o uso da vírgula nessas circunstâncias.
«Marcelo Odebrecht diz que (,) quanto mais fala, mais 'complica' Lula.»
«Você tem a impressão de que (,) quanto mais trabalha mais fica endividado?»
«Alguns dizem que(,)quanto mais preta é a fruta, mais doce é o suco.»
«Dermatologistas alertam que (,) quanto mais cedo começarem os cuidados, melhor.»
Agradeço a atenção.
Diz-se «abrir fogo contra» ou «abrir fogo sobre»?
Obrigado.
A minha dúvida está relacionada com a expressão «não me diga que...», e saber se o seu uso pressupõe uma dúvida (ou uma questão).
Se escrevo «não me diga que o acontecimento X teve lugar. (ponto final)», é correto (e habitual) pressupor que se está a questionar o acontecimento X?
Assim sendo, é legítimo afirmar que nem todas as questões têm necessariamente de terminar com um ponto de interrogação?
Desde já, obrigado.
Como tradutora, deparo-me muitas vezes com a estrutura "nome singular+nome plural" no inglês, como ad formats e bid adjustments.
Nesta pergunta relacionada, vocês mencionam "nomes contáveis e não contáveis". No entanto, não é explicado se a utilização de singular em vez de plural no segundo nome é efetivamente um erro gramatical na tradução.Ou seja:
1) "formatos de anúnciO" está incorreto em termos gramaticais? É obrigatório ser "formatos de anúnciOS", uma vez que "anúncios" é um nome contável neste contexto?
2) O mesmo se aplica a "ajustes de lance". "de lancE" ou "de lancES"? É obrigatório usar plural se o nome for contável? A utilização do singular é incorreta gramaticalmente?
A resposta dada na outra pergunta indica que os exemplos «máquina» e «refrigerante» "podem flexionar no plural", o que me pode levar a crer que não há uma obrigatoriedade em usar a estrutura "nome plural+preposição+nome plural" quando os dois nomes são contáveis.
Obrigada por esclarecerem esta questão.
No âmbito da gestão, encontro com bastante frequência a palavra "calculativo" associada ao modelo de Meyer e Allen, nas traduções para português. No entanto, fico com dúvidas se, na realidade, esta palavra existe em português, ou se é mais uma tentativa de tradução forçada de um termo estrangeiro, e se não seria mais apropriado utilizar-se o termo "calculista".
As minhas questões estão relacionadas com a subsequente frase:
«Ela falaz é tão quanto a Ilusão.»
Nesta frase, cuja ordem está invertida por motivos estilísticos, deverei manter o advérbio tão, o qual é usado em lugar de tanto antes de adjetivos e de advérbios, tendo em vista a ordem natural da frase «ela é tão falaz quanto a Ilusão», ou deverei mudar o tão para tanto por não se seguir um adjetivo ou um advérbio?
E, por igual nesta frase, deverei manter o quanto ou posso alterá-lo para quão, uma vez que está implícito um adjetivo, sendo «ela falaz é tão quão a Ilusão» equivalente a «ela falaz é tão quão (falaz é a) Ilusão»?
Obrigado desde já pela atenção.
A dúvida que se prende é com utilização da palavra gente, que por vezes pode revelar-se um pouco "traiçoeira". Na frase em consideração tenho alguma dificuldade em conseguir perceber se a mesma está ou não correcta[*]. Podem ajudar-me, por favor?
«(...) Gente mascarada em torno de uma fogueira de labaredas altas unia as vozes e num só cântico dançava, bebia, expurgava as suas almas como se estivesse possuída.»
Obrigado.
[*N.E. – Manteve-se a forma correcta, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990, no quadro do qual se escreve agora correta.]
Num artigo do consultório deparou-se-me a citação seguinte:
«A irritação ditava-lhe uma violenta resposta, mas já lho não permitia a consciência.» (Júlio Dinis, A Morgadinha dos Canaviais. 1860).
Esta frase suscitou-me a dúvida seguinte cujo esclarecimento antecipadamente agradeço.
Pergunto se, corretamente, não deverá antes escrever-se: «…mas já não lha permitia a consciência», isto é, escrever «lha» em vez de «lho», porquanto na 2.ª oração estamos referindo-nos à violenta resposta.
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