A frase «eu sou o pão vivo, que desci do céu» [João 6, 51] soa-me sempre mal, mas fico na dúvida se em português é possível fazer esta construção ou se, pelo contrário, seria obrigatório que o verbo da oração relativa ficasse na terceira pessoa, concordando com o antecedente do relativo – «o pão vivo».
Fico com a ideia de que em latim, por exemplo, esta frase não resultaria problemática porque o que declinado indicaria a sua relação com o eu da oração subordinante, equivalendo a «eu, que desci do céu, sou o pão vivo», sendo então esta a única formulação em português que se poderia aceitar como correcta, obrigando a que o relativo esteja mesmo sempre a seguir ao seu antecedente.
É assim?
N. E. (07/04/2020) – Manteve-se a forma correcta, que é da norma anterior ao Acordo Ortográfico de 1990.
Tenho lido na imprensa espanhola a palavra cotianidad, umas vezes, e cotidianeidade, outras.
Como seria em português: "quotidianidade" ou "quotidianeidade"?
Confesso que preferiria sempre usar outras expressões mais correntes na nossa língua – tipo, "dia a dia", "normalidade", etc. –, mas fiquei curioso em saber da sua aceitação em português.
Qual o plural de «par de jarras», significando esta expressão «duas pessoas que andam sempre juntas» (linguagem coloquial)?
«O par de jarras» ou «os par de jarras», sendo que em cada uma das expressões nos queremos referir a apenas e só duas pessoas: qual é a forma correcta?
Possíveis usos:
a) «Desde que começou a quarentena, estou sempre a ver o par de jarras a deambular por aí»; ou b) «Desde que começou a quarentena, estou sempre a ver os par de jarras a deambular por aí»?
c) «O par de jarras vai ao baile»; ou d) «Os par de jarras vão ao baile»?
Obrigado!
Qual destas possibilidades está certa? Encontrei as duas possibilidades, fiquei na dúvida sobre qual das duas possibilidades corresponde ao Português Europeu. No caso da primeira também ser possível em PE, a possibilidade decorre da presença do conetor ou de mecanismos enfáticos ou outra possibilidade, claro. Obrigado 'Ao lhe cortarem as tranças, a menina ficou muito triste' ou 'Ao cortarem-lhe as tranças, a menina ficou muito triste'.
Gostaria de saber se a palavra bem-ensinado se escreve com hífen e mal ensinado se escreve sem hífen, e, se assim for, qual a justificação.
Obrigado.
Minha interrogação está relacionada com o substantivo comum e masculino zóster.
Zóster significa «zona, faixa, cintura ou cinta» e também pode ser uma abreviação de herpes-zóster, que é uma «afeção caracterizada por erupções vesiculosas da pele, localizadas no trajeto dos nervos da sensibilidade».
No entanto, a minha questão tem a ver com o plural de zóster. O dicionário Infopédia e o Portal da Língua Portuguesa enunciam que o plural de zóster é "zósteres", palavra proparoxítona ou esdrúxula. Já o dicionário Priberam afirma que o plural de zóster é zosteres, palavra paroxítona ou grave.
Dar-se-á o caso de alguém estar errado quanto ao plural de zóster ou existirá uma pluralidade de plural, ou seja, dois plurais possíveis ("zósteres" e "zosteres") para a mesma palavra?
Agradeceria que me esclarecêsseis nesta minha incógnita.
Na frase «olá a todos», qual é a função sintática de «a todos»?
Neste caso, devo ou não colocar uma vírgula entre a interjeição e os restantes elementos?
«A história da dança tem sido escrita há séculos».
Esta frase está correta?
Tenho dúvidas porque, por um lado, há pode ter um significado de duração (ex: trabalho nesta empresa há oito anos), mas, por outro, nesta frase, parece-me que há remete para uma localização temporal no passado, com o sentido de «foi escrita há séculos». «A história da dança tem sido escrita ao longo de séculos» soa-me melhor, mas não posso afirmar que a outra esteja incorreta. Gostaria que esclarecessem esta questão, por favor.
Obrigada pelo vosso trabalho.
Como se escreve: "sináptica", ou "sinática"?
Qual o plural de «braço dado»?
Grato!
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