«O intervalo entre...» e a expressão «Por intervalos»
É correcto dizer-se «o intervalo "por entre" [ou só "entre"?] alguma coisa», ou é «o intervalo "de"» alguma coisa»?
«Intervalo entre as árvores/casas/etc.», ou «intervalo por entre as árvores/casas, etc.», alguma das formas é a mais correcta, ou trata-se de uma redundância, uma vez que intervalo já implica ser «entre» alguma coisa?
Muito obrigado.
O uso de «próxima vez»
Quais as diferenças semânticas e/ou de utilização de «a próxima vez», «da próxima vez» e «na próxima vez»?
Muito obrigado
A classe morfológica de um – II
Saúdo o regresso do nosso Ciberdúvidas. Ele faz falta a quem, diariamente, há anos, se lhe habituou à companhia.
1. Pequeno comentário à seguinte resposta vossa:
«a palavra queijo, apesar de não ter uma concretização lexical na segunda oração, acaba por estar presente de forma subentendida: «Eu comprei um queijo, e tu ainda me deste um [queijo].»
— Logo, aquele segundo um seria artigo indefinido, como o primeiro.
Não seguimos tal opinião. Os pronomes estão sempre em vez duma palavra que, ausente, poderia estar presente. Mas, porque o não estão, é que há pronomes.
Se fosse válido este princípio do Ciber, desapareceriam os pronomes possessivos, demonstrativos e muitos indefinidos. E eles fazem falta ao estudo da frase.
A análise categorial tem de ser capaz de atribuir categoria às palavras da frase — independentemente daquelas que lá poderiam estar.
2. Embora seja aceitável (?) a classificação daqueles um como determinantes artigos indefinidos, é minha opinião que se trata de dois quantificadores, sendo um adjectival e outro pronominal.
«Eu comprei um queijo, e tu ainda me deste um» [Fiquei com dois].
3. Porque tenho muito respeito pelo trabalho dos colegas, só discordo se propuser uma alternativa. É o que faço agora:
«Eu comprei um queijo...»
— um: quantificador adjectival determinativo (numeral cardinal)
«e tu ainda me deste um»
— um: quantificador pronominal (numeral cardinal).
Justificação:
Os quantificadores constituem uma categoria gramatical de cariz predominantemente semântico que, no entanto, lhes não cumula a função. Na realidade, eles desempenham uma função transversal a diversas categorias de palavras, e podem ser quantificadores adjectivais, pronominais e adverbiais.Na análise categorial, é nossa opinião que deveremos sempre referir a classe própria: quantificador, seguida da classificação categorial complementar.
Foi o que fizemos na descrição proposta.
Eu teria muito gosto em discutir esta análise com o Autor da resposta — eu não sou dono da Verdade! — mas não é — não tem sido — esse o entendimento do Ciber, e só me resta aceitar.
O ponto de interrogação numa frase introduzida por «o que»
«E o que é a vida, senão o bem maior a que o ser humano pode almejar?»
Há na frase acima a possibilidade de não se colocar o sinal de interrogação?
Obrigado.
A origem e o significado da expressão «Não há figos para ninguém»
Com os meus cumprimentos pelo vosso regresso.
Gostaria de saber a origem e o significado da expressão: «Não há figos pra ninguém.»
Maiúsculas e minúsculas em abreviaturas
Prevê o novo acordo ortográfico, na sua Base XIX, 1, f), que «A letra minúscula inicial é usada nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o Cardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa Filomena)».
A questão prende-se com o uso de abreviaturas nestes casos, quer quando obrigatórios, quer quando opcionais. Devem também grafar-se em minúsculas?, de onde teremos: «sr. dr. Joaquim da Silva», «s. António», etc.
Agradeço a atenção.
O feminino de apóstolo
Existiria a palavra "apóstola" como feminino de apóstolo?
Caso a resposta seja positiva, deve ser, suponho, uma palavra com o sentido de mulher cristã que evangeliza ou de mulher que propaga alguma ideia ou doutrina não necessariamente religiosa ou cristã.
Muito obrigado.
Maiúscula inicial em preposição a introduzir apelido
Sejam bem regressados!
Julgo que deva escrever-se «Da Vinci», «Van Gogh» ou «Da Silva», por exemplo (embora, naturalmente, «Leonardo da Vinci», «Vincent van Gogh» e «Agostinho da Silva»). Podem confirmar, por favor?
Obrigado.
O significado e a origem da expressão «trabalhar como um mouro»
Gostaria de saber qual a origem da expressão «trabalhar como um mouro».
Grata.
Sobre os neologismos sobrexpressar e subexpressar (em tradução)
Em linguagem científica é comum a falta de correspondência de termos estrangeiros (nomeadamente do inglês) para a língua portuguesa. Neste caso, a dúvida surge com as palavras overexpressed e underexpressed, que reflectem uma ideia de expressão anormalmente aumentada ou diminuída, respectivamente. Quais são as alternativas para o português?
