DÚVIDAS

Modificadores apositivos
Na frase «o presidente do conselho de administração da Infortecnol, empresa do sector das tecnologias de informação e comunicação, Pedro António Manuel, também conhecido por Pedro Manico, chega hoje à minha terra natal», verifica-se que a expressão «o presidente do conselho de administração da Infortecnol» é complementada por três elementos, todos separados por vírgula, que dão informação adicional. Nesse sentido, podem as expressões «empresa do sector das tecnologias de informação e comunicação», «Pedro António Manuel» e «também conhecido por Pedro Manico» ser classificados, conjuntamente, como modificadores apositivos? Se não, que função sintáctica caberá a cada uma delas? Grato pela atenção.
Omissão da preposição com orações coordenadas
Há erro gramatical, sendo obrigatório o acompanhamento da preposição em todos os objetos indiretos; ou apenas falta de paralelismo, na frase «Gosto de dançar, cantar e pintar»? Nessa e em outras estruturas, pode-se omitir a preposição depois de inseri-la no primeiro objeto, quando estes se referirem ao mesmo verbo e à sua mesma regência? Nessas locuções a seguir, apesar de não haver objeto, também há obrigatoriedade de replicar a preposição? «Eles passaram a imitar e caçoar.» «Eles passaram a imitar, caçoar.» Grato desde já.
A terminação -om no português europeu regional
Sou criticado amiúde por familiares por pronunciar -om em vez de -ão, nomeadamente, na palavra coração. Já me disseram que se deve dizer algo que somente posso transcrever como "coraçáum", distintamente de nação ou paixão. Esta posição, embora me pareça absurda, tem algum fundamento? Além disso, existirá realmente uma diferença regional entre as pronúncia dos vocábulos terminados em -ão? Há algo que julguem ser pertinente sobre a questão que deve ser dito? Auxiliem-me. Agradeço a dedicação inexaurível de quem se vem ocupando com a manutenção desta página. Bem hajam!
A conotação sexual de solicitar
Há séculos, era crime o homossexualismo em Portugal, de modo que os homossexuais masculinos portugueses eram condenados ao degredo perpétuo no Brasil, então uma colônia portuguesa. Nos documentos relativos a esses homens, era dito que foram condenados «por solicitar». Tenho curiosidade de saber o que significaria o verbo solicitar nessa acepção, se seria solicitar sexo de outros homens, ou se seria um eufemismo. Parece que os dicionários da língua portuguesa atuais, mesmo os melhores e maiores, não consignam essa acepção, digamos sexual, do verbo solicitar, razão pela qual recorro ao Ciberdúvidas pedindo-lhe um esclarecimento sobre este tema, citando, se for possível, o verbo solicitar nessa acepção com a sua respectiva definição em algum dicionário. Muito obrigado.
Oração reduzida de gerúndio: «aprendi meu ofício trabalhando»
Minha dúvida é sobre a análise desta frase: «Aprendi meu ofício trabalhando.» – «Aprendi meu ofício» = minha oração principal. – «trabalhando» – confesso que fiquei em dúvida na hora de classificá-la. No meu entendimento há duas possíveis de classificações: – «trabalhando» = oração subordinada adverbial proporcional / modal reduzida de gerúndio. Mas, busco uma opinião profissional de vocês. Como posso classificá-la? Como proporcional ou como modal? Obrigado!
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